Fanfic: Sonhos... | Tema: Demi Lovato e Sterling Knight

Mais uma vez, forcei um sorriso. Já estava praticamente virando uma profissional em falsificar sorrisos. Não havia outro jeito, sentei-me ao lado de Sterling Knight. Joguei minha mochila ao meu lado e me aproximei da bancada, tentando ao máximo não olhar para Sterling que, até o momento, parecia estar indiferente a minha presença.

O professor entregou uma folha com vários exercícios para respondermos depois da prática sobre soluções. Eu peguei aquela folha e acho que, nesse instante, minha cara se transformou em uma bela expressão de confusão.

– Isso é grego para mim... - eu disse baixinho, quase sussurrando. Sterling deve ter ouvidos biônicos, pois ele riu levemente. Devia estar me zuando. Revirando os olhos, coloquei as folhas de volta na mesa. Ele pegou a folha, olhou por menos de 3 minutos e a recolocou no lugar, com um sorriso enorme no rosto.

– Legal! - ele disse super animado. Agora, eu me pergunto: por que EU sou chamada de nerd e zuada por isso?

A prática começou e, como sempre, eu derrubei algummaterial na mesa e quebrei um vidro.

– Por sorte, - Sterling limpava a bancada - não é nada tóxico. - ele ria. Eu só não conseguia saber se ele estava tirando sarro de mim ou se achava aquilo realmente engraçado. - Se afaste da bancada... não quero mais bagunça por aqui.

Eu me afastei e ele terminou de limpar tudo. Ainda bem que ele já havia conseguido observar tudo.

– Obrigada. - disse entre um tímido sorriso, me aproximando novamente da bancada, agora limba. Peguei a folha de exercícios e um lápis. Eu realmente estava disposta a tentar resolver ao menos um exercício.

– É a letra D.

– Por quê? Como você sabe? - eu disse. Ele nem ao menos estava olhando para o papel.

– Eu só sei. Marca aí e pára de reclamar.

Com uma cara feia, marquei a resposta que ele havia falado. Eu não sabia responder mesmo, então não faria diferença.

O sinal tocou. Ainda não havíamos terminado os exercícios, mas Sterling guardou a folha na mochila. Eu fingi que não vi, afinal, não seria nenhum sacrifício deixar que ele fizesse os exercícios.

Eu estava saindo quando ouvi ele chamar meu nome. Eu não me preocupei em responder, somente virei a cabeça para trás para poder olhá-lo, com uma expressão de quem estava com pressa.

– Ahm. Tchau né?! - ele parecia me condenar por não ter me despedido.

– Até. - é, realmente Demi. "Até"? Ah, por favor, criatividade mandou lembranças.

Eu saí da sala de química e me apressei para a próxima aula.

O dia até que passou relativamente rápido. Percebi que Selena havia faltado hoje. Senti sua falta, apesar de estarmos brigadas. Sentada no ponto de ônibus, eu tentava lembrar o porquê de termos brigado. Porém, eu estava completamente apavorada com a ideia de pegar um ônibus. Não que eu fosse uma daquelas filhinhas de papai ou algo do tipo, mas sempre tive ou minha mãe ou Dallas ou minhas pernas para me levarem aonde que que eu fosse. Mas, enfim. Eu realmente não conseguiria lembrar o motivo de minha briga com Selena.

Quando meu ônibus chegou, percebi que ele estava lotado. Só havia um lugar para sentar. Era ao lado de um cara muito estranho, mesmo com o ônibus parado ele continuava cambaleando, sentado. Bom, eu me sentei e logo percebi que o bando de rabo que sempre seguia a Tiffany Thornton estava no ônibus.

Ótimo. Agora eu tinha um bêbado quase vomitando em mim e as líderes de torcida da minha escola. Realmente.

As meninas fofocavam e olhavam para mim. Provavelmente planejando a piadinha de amanhã. Mas, isso já era rotina. Todos os dias era um apelido novo: nerdzinha, Lovato Alone, Demi - a estranha, menina sorriso, etc. Mas, era estranho, pois, por mais que já fosse rotina, aqueles apelidos e bricadeiras ainda me magoavam. Sentia uma pontada de dor que parecia me consumir.

Eu estava realmente fora de mim, completamente aérea. O ponto no qual eu desci não era muito longe de casa. Na primeira esquina em que eu virei, acabei tropeçando, pois não havia visto um buraco no chão e acabei caindo.

Não gritei, mas foi quase. tentei me levantar, mas não conseguia. Meu pé estava torcido.

– Demi? Demi, você está bem? - alguém dizia, correndo em minha direção. Eu não conseguia ver quem era, pois seus cabelos loiros voavam, batendo em seu rosto. Além disso, tinha o sol batendo em minha visão.

– Sim, só não consigo me levantar direito.

– Vem, deixa que eu te ajudo - levantei minha cabeça para ver quem era. Sterling. Ele estava com a mão estendida para me ajudar. Sterling.

– Ah, por que aquele sonho?

– O que? - ele estava abaixado ao meu lado, confuso.

– Nada, só me ajude aqui. Ok?!

Sem responder, ele me ajudou a levantar, pegou minha mochila e a colocou em seu ombro, como se fosse sua.

– Ahm. Obrigada. Mas, pode me dar a mochila. Eu consigo levá-la.

– Não, minha mãe está em meu carro logo ali atrás e...

– Ow, como assim? - eu não entendia o que ele queria dizer.

– Você vai ao hosppital. Tem que tirar uma chapa de seu pé. - ele disse lentamente, me guiando para seu carro. Eu não conseguia reagir. Não daria para sair correndo com um pé só funcionando direito. Entao, não tinha como protestar.

Entrei em seu carro, contra a minha vontade. Ainda estava em silêncio, buscando um argumento para eke deixar-me em paz.

– AH, obrigada aos dois, mas... Minha mãe ficará preocupada... - SIM! Esse seria o argumento perfeito.

– Fique tranquila, querida - a mãe de Sterling me respondera - depois ligamos e contamos a ela o que aconteceu... - Droga!

– Aí! - Um grito de dor rompeu um repentino silêncio dentro do carro. Era meu. Minha cabeça doia muito... - Deve ser o cansaço....

– Demi - Sterling me chamou.

Eu somente olhei para ele.

– Deite-se aqui, descanse. - Ele disse, colocando minha cabeça em seu colo.