Fanfic: Sonhos... | Tema: Demi Lovato e Sterling Knight

– Demi. Demi? Demi...

Tentei abrir os olhos, mas eles estavam quase como que colados para ficarem fechados.

Senti uma mão gélida, mas macia tocar em meu rosto, tirando algumas mechas que cismavam em ficar desalinhadas. Meus olhos finalmente se abriram, vacilantes. A voz que me chamara era da mãe de Sterling. Minha tentativa de reconhecer o local onde eu estava foi frustante. Não por eu não conseguir reconhecer onde eu estava, mas sim porque eu esperava encontrar-me num parque. Com Sterling. De repente, um grito inaudível rompeu o silêncio do carro. Percebi qu esse grito era meu quando me vi tampamdo a boca. Eu me assustara ao perceber que eu estava deitada no colo de Sterling.

– Demi, o que há com você? - Sterling mantinha uma expressão de extrema confusão em seu rosto.

Sonhos. Mais um... sonho. Chegar a essa conclusão não me foi satisfatória. ELE estava no meu sonho novamente.

Bufei um tanto quanto alto, o que chamou a atenção da mãe de Sterling, senhora... qual é o nome dela mesmo?

– Querida, chegamos.

Somente balancei a cabeça, concordando. Aonde? Aonde havíamos chegado?

Procurei ansiosamente por onde eu estava. Minha cabeça realmente doia; e meu tornozelo não deixava por menos. Percebi que estavamos no estacionamento do hospital.

Levantei-me finalmente do colo de Sterling e fitei-o. Ele me olhava fixamente, com um sorriso.

Sai do carro cambaleando e quase cai novamente, mas a mãe de Sterling, qual é o nome dela?,estava ao meu lado, me apoiando em seu ombro.

– Obrigada - eu mirei seu rosto enquanto sussurrava. Dona... ok, eu não lembro o nome dela, mantinha uma expressão decepcionada, talvez até incomodada.

Olhei para o carro e vi... bom, na verdade, foi o que eu não vi que me deixou desanimada. Não vi Sterling descer do carro. Ele estava lá, deitado no banco do carro com os pés apoiados no painel, seu cabelo esvoassava com o vento que soprava.

No hospital, ocorreu tudo bem... é, `bem` relativamente, porque eu saí de lá com meu pé engessado.Ao menos minha cabeça parou de doer. Quando saí da sala de exames, a senhora-mãe-do-Sterling estava no telefone, eu deduzi que fosse com minha irmã, visto o rumo que a conversa tomava:

– Claro, claro. Assim que a liberarem, eu a levo para a ... - senhora Dayla, hah! lembrei o nome dela, dizia - Mas, ainda não sei se... Com certeza. Diga para sua mãe que ela está bem, não há motivo para preocupações, certo?... Não, ela é uma gracinha. Ster me disse que... Oh, Demi já saiu dos exames... Tudo bem... Até mais. Tchau.

Ah, droga. O que Sterling disse? Tá, ok, não me interessa o que ele oensa de mim, mas, poxa!

Voltamos para o carro e Sterling estava dormindo. Dayla e eu trocamos um olhar travesso.

– Ah, por que você fez isso? - Sterling estava realmente furioso. E eu não conseguia parar de rir. A mãe de Sterling apertou forte e longamente a buzina, fazendo ele acordar com um pulo enorme.

Ao chegar a minha casa, Dayla estacionou o carro e desceu para abrir a porta para que eu pudesse descer.

– Querida, se cuide. Tome todos os remédios certinho e... preste ateção no buraco da próxima vez, está bem?

– SIm, dona Dayla, obrigada. - eu a abracei e me virei para entrar em casa, pulando, pois meu tornozelo ainda não funcionava direito.

– Demi - eu me virei para ver o que a mãe de Sterling queria comigo - espere um minuto. Sterling, por favor, leve a menina até a porta de sua casa. Ajude-a, filho.

Eu permaneci parada no meio do caminho. As primeiras gotas de chuva começavam a cair. Sterling ficou com uma expressão vazia.

– Não. - simples assim... não. Fiquei 5 segundos em choque.

– Ahm. Não precisa. Eu... consigo entrar sozinha - eu saí pulando em direção a minha casa.

– STERLING! - senhora Dayla estava furiosa - Demi, minha querida, espere! - ela vinha em minha direção.

Ouvi Sterling murmurar algo e, logo em seguida, sair do carro. Em menos de segundos, ele estava em meu lado, apoiando-me em seu ombro. O que me assustou foi o sorriso aparentemente sincero demais que apareceu em seu rosto. Depois eu é que sou a bipolar...

– Obrigada... - disse apoiando-me na maçaneta. Estavamos os dois exageradamente enxarcados pela chuva.

Ele abriu um sorriso largo e despediu-se de mim arrumando uma mecha de meu cabelo.

– Ah, posso te pedir um favor? - ele olhava em meus olhos. COmo negar? Acenei com a cabeça que sim, tentando encontrar minha voz.

– Não... conte a ninguém que eu estive aqui ou que eu fiquei a tarde toda com você no hospital ou que... enfim, não conte a ninguém que eu falei com você hoje, ok? E... eu tenho que voltar pro carro, não quero que ninguém me veja aqui contigo.

Uma lágrima caiu sob meu rosto, mas creio que passou despercebida e misturada com a chuva.

– Claro, pode APOSTAR que eu não vou querer contar a ninguém - Entrei e bati a porta com muita força. Pelas cortinas semi-abertas da janela, fiquei observando-o entrar no carro, aparentemente discutindo com sua mãe.