Fanfic: Um mundo diferente. (FBWB)

William Bonner ficou olhando para Fátima Bernardes de um jeito extraordinariamente fixo. Ele não tirava os olhos dela de jeito nenhum. Analisou ela dos pés a cabeça. Concluiu que ela era muito linda. Tanto de rosto quanto de corpo. Fátima se sentiu um pouco incomodada ao ver que estava sendo analisada. Para dar o troco, analisou-o da mesma maneira. Claro que concluiu que ele era lindo, ou, como diz Alice, um bofe escândalo. Ela se aproximou um pouco dele e disse:

-Muito prazer.-Fátima estendeu a mão para o cumprimento.

William, sem pensar duas vezes, apertou a mão de Fátima e se cumprimentaram. Após o aperto de mãos, Henrique disse:

-Muito bom. Ótimo. Agora, que tal começarem a trabalhar? Temos um prazo a cumprir. Fátima, você já está dispensada. Eu só preciso trocar uns últimos detalhes com William.

-Claro. Com licença.-Fátima falou saindo da sala.

Ela andou por toda a redação sob os olhares de todas as mulheres dali. Sabiam que ela já havia sido apresentada a William Bonner. E o jeito como Fátima estava ajudava as outras a não inventarem outra teoria sobre ele, de que ele tirava o ar das mulheres.

Ela foi até a sua mesa e se sentou. Alice, imediatamente se virou e perguntou:

-E então? Como foi?

-Hã... Normal. Foi tudo normal.-Fátima falou, perdida em pensamentos.

-Jura que foi normal?-Alice perguntou com cara de que estava percebendo algo diferente.

-Sim. Tudo normal.-Falou ela olhando fixamente para o computador.

-Certo. Vou fingir que acredito.-Disse ela se virando novamente para seu trabalho.

Mas Fátima não se importou com o comentário dela. Apenas ficou pensando no jeito fixo que William havia tido com ela.

Não entendia o porquê, ele já devia ter visto ela antes! Também pensou na sua aparência. Ela já tinha visto ele antes, claro, mas agora, de perto, ele era perfeito. Deus, como ele era lindo! Pensou Fátima deixando escapar um suspiro. Alice, claro, percebeu isso, se virou instantaneamente e falou, sorrindo:

-Suspirando por William Bonner?

-Eu? Suspirando por William Bonner? Ora, claro que não!-Fátima falou logo em seguida, percebendo a burrada que tinha feito.

-E o suspiro, hein, hein?

-Bom... o suspiro...-Fátima se atrapalhou para achar uma resposta.-O suspiro é para a quantidade de trabalho que eu tenho. Falando nisso, vamos trabalhar.

-Renesmee....-Começou Vinícius.

-Ah! Deixa-me em paz! Vamos nos concentrar na história.

-Não é isso, é que.... Bom, eu estou me sentindo constrangido ao ver a minha mãe suspirando pelo meu pai.

-Imagina quando eles forem fazer amor...-Renesmee falou para si mesma, mas se esquecendo de abaixar o tom de voz.

-COMO É QUE É?!-Gritou ele, estupefado.-QUANDO ELES FOREM FAZER O QUÊ?!

-Er... Vamos deixar isso pra lá, ok? Vamos continuar a observar, certo?-Renesmee falou arrependida de ter aberto a boca.

William foi apresentado à Alessandra, uma jornalista que iria ajudá-lo a se organizar. Assim, o dia foi correndo normalmente. Isto é, na correria de sempre. Mas para eles aquilo era normal.

Fátima, Alice e Dan estavam na sala em que eles tiravam um tempinho e tomavam café. Eles estavam conversando animadamente sobre um assunto, até que Alice mencionou o fato de mais cedo.

-E então, dona Fátima Bernardes? Por que você deu aquele fundo e demorado suspiro hoje mais cedo?-Fátima abriu a boca para protestar, mas ela foi mais rápida e a interrompeu.-E nem adianta dizer que não deu, tá? Porque eu fui prova viva que isso aconteceu.

-Suspiro?-Dan perguntou confuso.

-Sim. Poucos minutos depois de ser apresentada a William Bonner.

-Sério? Eu hein, você não perde tempo, hein Fá?

-Parem com isso vocês dois! Alguém pode ouvir a gente!-Fátima falou olhando para a redação para ver se tinha alguém perto.-E não, não suspirei por William Bonner.

-Deixa disso, vai? Eu vi.-Alice disse convencida e segura do que estava falando.

-Eu não vou responder a nenhuma pergunta sua, tá? Agora com licença, que eu tenho que me arrumar para apresentar o Jornal.

Fátima saiu da sala, deixando os dois sozinhos.

Era verdade o que Alice tinha falado. Realmente suspirara por William. Mas o que podia fazer?! Ela não tinha coragem de admitir. Ou melhor, Não tinha coragem de admitir para si mesma, que dirá para os outros. Tentou colocar um pouco de juízo e bom senso na sua cabeça. Ela tinha conhecido ele hoje. Não podia ficar admirando um homem que ela tinha conhecido no mesmo dia. Mas ele tinha um rosto tão lindo, um corpo tão perfeito.... ai! Fátima!!! O que deu em você para ficar desse jeito?! Uma voz havia gritado em sua cabeça trazendo-a de volta à realidade. Mas ela a ignorou. Foi até o seu camarim e se sentou na cadeira, onde a maquiadora começou o seu trabalho.

William estava em seu camarim ajeitando o paletó. Apesar de estar com o corpo presente, a sua cabeça estava longe. Ele não parava de pensar em sua colega de trabalho. Tá, já a achava bonita antes mesmo de conhecê-la pessoalmente. Mas agora, ele a achava mais linda pessoalmente. Ele não deixou de dar um suspiro.

-SINTO A VERGONHA ALHEIA BROTANDO EM MIM!!!-Falou Vinícius com as mãos no rosto.

-Ah! Para de bancar o dramático!!! Isso é muito lindo!!!-Renesmee falou, aborrecida.

-Fala só por você, que não é os seus pais os protagonistas desta história.

-CAHAM!! Vamos continuar.-Renesmee se concentrou novamente na cena.

Fátima se aproximou do camarim de William. No início, ela ficou em dúvida se iria ou não até ali. Era incrível! Não podia evitar aquilo. Quando deu por si, estava ali, na porta do camarim dele. Era como se ele fosse um ímã e ela um pedaço de ferro. Ele a atraía de uma forma absurda. Ela se aproximou da porta e bateu três vezes.

William ouviu três batidas na porta. Ele ajeitou o paletó e foi abrir a porta. Ele se surpreendeu ao ver quem era.

-Fátima? Você aqui?-Perguntou ele um pouco surpreso, mas com uma felicidade inexplicável.

-Bom, como a gente tem uns trinta minutos antes de irmos para o estúdio eu pensei... sei lá... que a gente poderia conversar um pouco. Afinal a gente só se viu naquela hora. Nem tivemos tempo de conversar.

-Ótima ideia. Mas você não quer entrar?

-Claro.

William deu espaço e Fátima entrou. Ele fechou a porta e virou para ela.

-Bom, podemos começar com você. De onde você veio?

-Eu fui criada no Méier. E você?

-São Paulo mesmo.

E assim ficaram conversando durante muito tempo. Parecia que eram velhos amigos colocando o papo em dia. Riam e conversavam alegremente.

-Interessante. Não sabia que os seus pais podiam ser divertidos.-Renesmee falou, sorrindo.

-Você tá me zoando? Dentro das câmeras, eles podem ter cara de poucos amigos, mas por fora, eles são gente normal. O papai adora fazer brincadeiras com a gente. Básico.-Vinícius falou, como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo.

-Hey, eu não tenho culpa se eu não sabia disso, ok? Você é que vive com ele!

-Tá. Que seja. Vamos continuar.

Fátima olhou para o relógio e viu que faltavam poucos minutos para irem para o estúdio.

-Falta pouco. Nós temos que ir.

-Tem certeza de que eu vou me sair bem? Porque eu não estou me sentindo seguro....

-Imagina, William! Você não devia se sentir inseguro. Vai dar tudo certo. Você vai ver.

-É, mas... E se eu não tiver mérito o suficiente para isso?

Fátima se aproximou dele, pegou na sua mão e falou firmemente:

-Se você não tivesse o mérito suficiente.... Não te chamariam para substituir o Eliankin.

William olhou para ela com gratidão. Aquelas palavras realmente haviam dado uma força para ele. Levantou-se da cadeira e a abraçou. Ela retribuiu o abraço e ficou alguns segundos sentindo o perfume dele.

Eles se separaram depois de alguns minutos. Fátima, um pouco sem saber o que fazer, disse:

-Nós realmente precisamos ir, William.

-Claro.-Falou ele, um pouco sem saber o que fazer também.

Eles saíram do camarim e foram em direção ao estúdio. Sentaram-se na bancada de apresentação e se concentraram para entrar no ar. Mas parecia que nenhum dos dois haviam se esquecido tão rápido daquele terno e aconchegante abraço. Trocaram um rápido olhar antes do letreiro NO AR se acender e começarem a apresentação.