Fanfic: Um mundo diferente. (FBWB)

William chegou em casa, tomou banho e se deitou na cama. Ficou encarando o teto e dormiu pensando em uma certa colega de trabalho.

Fátima, Dan e Alice estavam no restaurante habitual. Eles sempre foram ali porque aquele lugar era muito marcante para o trio. Após jantarem e Dan pedir a conta, Alice disse:

-É, Dan. Parece que a Fatinha se apaixonou.

-Se apaixonou? Por quem?-Perguntou ele.

-Deixa isso pra lá, Dan. A Alice não tem batido muito bem da cabeça ultimamente...-Disse Fátima tentando encerrar o assunto.

-Fatinha está apaixonada por William Bonner, ponto.-Disse ela.

-Por ele? Nossa, tipo, você não perde tempo, né?-Falou ele olhando para ela.

-Isso tudo é coisa da cabeça da Alice.-Falou ela olhando com raiva para a amiga.-Eu não estou apaixonada por ninguém.

-Jura? E tudo aquilo que você me falou sobre ele?

-Tudo isso o quê?-Perguntou Dan cada vez mais confuso.

-Ela disse que o que havia mais chamado a atenção dela foi o jeito de ser dele. Além de outras coisas, como todo o... Digamos, físico dele.-Falou Alice.

-Isso é que dá eu ter uma amiga fofoqueira.-Falou Fátima.

-Você disse tudo isso mesmo?-Perguntou Dan com um ar engraçado.

-Tá... Eu admito que sim. Ele realmente chamou a minha atenção. Mas foi porque ele se demonstrou uma pessoa rara. Ele foi gentil, carinhoso, verdadeiro.

-Hum... Certo. E o que mais?-Perguntou Dan.

-Mais nada, tá? Eu só o admiro como profissional!

-Profissional e pessoalmente.-Corrigiu Alice.

-Alice!-Fátima havia chamado à atenção dela. Ela já estava bastante estressada com aquele assunto.

-Tudo bem. Não tá mais aqui quem falou.-Alice falou, rindo da situação.

O garçom chegou com a conta e Dan pagou. Já que das outras vezes foram às meninas que haviam pagado. Após o garçom retornar com o troco, eles se levantaram da mesa e foram para a saída do restaurante. Entraram no carro e foram embora.

-Ai, que sono. Mal posso esperar para chegar em casa e cair na minha cama.-Disse Dan bocejando.

-É, hoje foi um dia exaustivo.-Concordou Fátima.

-Amores, creio que eu fui a única que trabalhou mais aqui. Eu tive que avaliar reportagens, editar, participar da reunião e elaborar os relatórios para guiar a reunião de caixa.-Alice falou, erguendo os dedos para os outros dois.-Minhas mãos estão dormentes de tanto digitar.

-Tá, admito que você tenha trabalhado mais do que todos aqui...-Falou Dan.-Mas a gente também ralou pra caramba!

-Não importa quem trabalhou mais, mas o que importa é que todos nós estamos cansados e queremos dormir.-Falou Fátima.

-Ok. Estamos quase chegando no seu edifício.-Falou Dan.

Passou alguns minutos até ele chegar no prédio de Fátima. Até lá, eles ficaram jogando conversa fora. Após ele chegar e Fátima sair do carro depois de ter se despedido dos dois, Alice falou, rindo:

-E tenta não sonhar com o William, tá amiga?

-Ora Alice...-Fátima riu.

Dan riu também e foi embora. Fátima entrou no prédio e andou pelo térreo. Entrou no elevador e subiu até o seu andar. Durante todo o trajeto, ela ficou pensando em William. Tentou tirá-lo da sua cabeça mas não conseguiu.

Pensou no seu perfume. Era um perfume bom, parecia alfazema. Chegou em seu apê e foi logo pro banheiro. Tomou um banho, arrumou-se e  foi dormir. Mas não antes sem pensar em William novamente.

-Renesmee... Acabei de me lembrar de uma coisa.-Falou Vinícius.

-O que é?-Perguntou ela.

-Já que aqui é noite... Lá na nossa dimensão também é! E tarde!! Ai droga, mamãe vai me matar!-Disse ele temeroso.

-Ah, não!-Renesmee riu.-Aqui, pode se passar dias. Mas lá na nossa dimensão passa só uma hora.

-HÃ?!

-É, eu também fiquei bolada quando descobri isso. Nha... Mas eu me acostumei.-Disse ela dando de ombros.

-Eu estou com tudo embalharado na cabeça... O apê tá girando?-Disse Vinícius se sentando no sofá.

-Quer parar de drama?-Falou Renesmee.

-EU NÃO CONSIGO, TÁ LEGAL?-Falou ele, abismado.-EU PRECISO ME ACOSTUMAR! NÃO É TODO DIA QUE EU VIAJO PELO UNIVERSO E VIRO UM MORTO-VIVO, SABIA?!

-Tá. Eu posso compreender isso...-Falou ela se sentando também.

Eles ficaram calados por uns minutos.

-Já que você sabe o que vai acontecer, pode me dizer o que vai rolar nos próximos dias?-Perguntou ele.

-Muita coisa que eu não posso falar.

-Por quê?

-Porque você saberia de tudo e estragaria a surpresa.

Silêncio.

-Prometo que eu não vou falar.-Disse Vinícius.

-Não, Vinícius. Não insiste.

-AFF!-Falou ele se virando para frente e olhando a janela.

A noite estava estrelada e bonita. Ele se perdeu durante alguns minutos naquela vista. Havia puxado ao pai. Gostava das estrelas desde criança.

-Aconteceu alguma coisa?-Perguntou ela, percebendo o olhar perdido do amigo.

-Não... Não aconteceu nada.-Disse ele com os olhos ainda colados na janela.

Durante uma hora, eles ficaram sentados, quietos, esperando o dia amanhecer. Vinícius, que continuava a olhar para o céu, perdera a noção do tempo e ficou quieto durante todo o tempo. Já Renesmee meditava no sofá. Vinícius só acordou do seu transe quando um raio de sol atingiu o seu rosto, fazendo-o perceber que o céu não tinha mais estrelas.

-Hã? Mas já amanheceu? Ai caramba...-Disse ele massageando as costas, pois percebera que ter ficado tanto tempo na mesma posição havia deixado-a doída.

Ele se virou e viu uma Renesmee de olhos fechados. Se aproximou um pouco dela e disse:

-Rê, ei, acorda, sai do transe, a gente precisa sair do sofá.

Só que ele não obteve resposta.

-Renesmee....-Disse ele, não obtendo resposta novamente, ele gritou.-RENESMEEE!!!

O grito a assustou e fez ela cair do sofá. Vinícius se acabava de rir enquanto ela dizia, com raiva:

-Há! Muito engraçado, Vinícius!! Da próxima vez vê se traz uma buzina a gás para complementar o susto!

-Nha... Deixa de ser dramática. Afinal, você não acordava do seu transe.

-Sei, vamos se levantar.

Eles se levantaram.

-Eu estou ouvindo um barulho de porta se abrindo.-Vinícius falou olhando para o corredor.

-Deve ser ela, vamos.

Eles foram em direção ao corredor.

Fátima abriu a porta do banheiro e tirou a roupa de dormir. Tomou banho e escovou os dentes. Assim que terminou, foi se vestir. Estava ansiosa, queria chegar logo no trabalho.

Depois de estar pronta, ela pegou as chaves do apartamento, a bolsa e saiu.

Foi até o estacionamento, entrou no seu carro e saiu dali. Sabia que estava um pouco cedo ainda, mas não se importava.

Ela não queria chegar logo para começar o trabalho. Ela queria chegar logo para ver um certo colega de trabalho.

Ao que tudo indicava... Fátima parecia caidinha por William.

William também queria chegar logo no trabalho. Estava ansioso, queria logo vê-la. Tanto que ele acelerou um pouco mais o carro. Fazendo ele chegar na Globo mais rápido. Ele entrou no estacionamento da emissora e estacionou o carro. Saiu ao mesmo tempo que Fátima também saía do carro dela. Eles viram-se de frente um pro outro.

Passou alguns segundos de puro silêncio. Os dois não sabiam o que falar. William foi que tomou a iniciativa e falou:

-Você chegou cedo.

-É.-Disse ela.

-Hã... Tá. Quer que eu te acompanhe?-William estava torcendo para que ela aceitasse.

-Sim, pode me acompanhar.

Eles seguiram em direção à redação em silêncio.

-William, como era a sua vida em São Paulo? Era boa?-Perguntou ela, depois de um tempo.

-Era. Muito boa. Foi difícil deixar uma vida estabilizada lá para vir morar em um lugar que você não conhece ninguém.

-É... Não deve ser fácil.

Eles chegaram à redação poucos minutos depois. Cada um foi pra sua mesa e começou o seu trabalho.  Porém, de vez em quando, lançavam olhares para o outro. Claro que tomando o cuidado para não serem vistos pelo outro.

Dois meses depois...

-EITA!!! Já passaram dois meses?-Perguntou Vinícius, assustado.

-Hã.. Isso não estava no meu roteiro.-Falou Renesmee do mesmo jeito que o amigo.

Fátima estava se arrumando para a apresentação do jornal. Estava dando os últimos retoques da roupa quando William bateu na porta.

-Pode entrar.-Disse ela.

William entrou e fechou a porta, se virou e falou:

-Você está linda.

-Obrigada.-Falou ela um pouco sem graça.

-Fátima eu...-Disse William aproximando-se dela.- Eu tenho que te falar uma coisa. Uma coisa que eu esperei dois meses pra alar.

-O que é? Por favor, fale.-Insistiu ela.

-Acho que gestos valem mais do que palavras.

William pegou Fátima pela cintura e aproximou seus corpos. Ela apenas ficou olhando para ele, sem reação. Foi quando ele a beijou que uma onde de arrepio percorreu todo o seu corpo.

-AI MEU DEUS DO CÉU!!!-Falou Vinícius.

-O seu pai é espontâneo, não é?-Perguntou Renesmee, com os olhos arregalados.

Vinícius apenas olhou para ela com cara de “Como você acha que o meu pai conquistou a minha mãe na dimensão em que a gente vive?”