Fanfic: Me Matei - E a culpa é sua | Tema: Romance, Reviravoltas

Já era de manhã. Adormeci naquele sofá duro que vivia encostado na parede. Já estava com Santiago há uns 6 anos. 2011, sabe o que é isso? 6 anos de brigas. Não era isso o que eu queria, na verdade não sabia de mais nada. Tá bom, tá na hora de acordar. 

Pensamento Mode On

"Oras... existe algo mais duro? Não né, ao menos que eu me deite no chão"

Pensamentos interrompidos por uma voz grossa e de dar medo. Quem? Santiago. Não pude nem me conter ao falar algo.

- Anda! Se senta, existe gente que quer sentar, você tomou conta do sofá

- E você acha que eu quero isso? Vou me deitar num lugar de verdade, não nessa cama do exorcismo.

- Ok, saia então.

Saio batendo a porta do quarto. Mais a agressividade foi tanta que Santiago se sentiu... puf, bem MAU.

- O que há de errado com você?

- Agora eu tenho algo de errado?

- Sim, pois eu não lembro de ter quebrado a porta

- A porta pertence a casa que eu me lembre é a minha casa, faço o que quiser com ela

- É mais eu ainda moro aqui.

- Por que você quer, se eu fosse você já teria me mudado sei lá, pra calçada! Preferia a mendigar do que conviver com alguém, com quem sempre brigo.

- Tá bom então, eu saio. Mas já volto

Pensamento Mode On

Uff.. aquele "já volto" , ou era pra cantar a vizinha ao lado quem já tinha dormido com o açougueiro ou ir comprar algo. Por que eu tinha que ouvir aquilo?

Talvez as ações dele e tudo que ele diz seja pra me deixar louca.  Pra talvez, matar alguém.

Pensamento Mode Off

Já iam dar 18:00, Santiago conversava com alguém. Não conhecia aquela voz. Mas era uma bela voz. Eu já a ouvia há 2 horas, desde o começo do papo. 

Uma voz doce e rouca. A cada palavra dita e o seu sotaque rouco me deixava encantada. Mais quem seria?

Não sabia mais quem era. Santiago repetia nomes, talvez o nome de todos que moravam no bairro. Um fofoqueiro de plantão.

Assim acabei morrendo de vontade de saber quem era, bom... até Santiago adentrar ao lugar.

- Quem era?

- Uma pessoa nova do Sasha Barro - Nome do bairro - O seu nome é Benjamin Cooper.

Talvez queira conhecerlo mais. Porém sabia que Santiago era o tipó de pessoa que você não pode conhecer ninguém interessante. Não por chatice. Por ciúmes.

Acabei pegando meu iPod, ouvindo músicas lentas e caindo de novo no sono. Talvez durmir alivia. Santiago também tinha durmido de novo. Acordei ouvindo um barulho vindo da cozinha. Mais ou menos um prato se quebrando. Saio toda serelepe querendo matar Santiago. Não tinhamos o suficiente, e quebrar não era o que queríamos. Perder objetos é mais doloroso do que perder um pedaço da unha. Chegando lá, já via Santiago com a pá na mão e com uma cara de cachorrinho abandonado. Mas tinha certeza que era para não gritar. Ele já havia quebrado um vaso e dei um chilique. Não estava a fim de dar um barraco mas senti um soco no estômago. Apenas ajudei. Logo em seguida, ajudei a fazer algo e acabamos comendo. Pelo menos era algo diferente. Santiago não sabia cozinhar, ele sempre fazia sopa. Acabei fazendo uma omelete. Já ia dar 00:00 quando ele repetiu as seguintes palavras:

- Vamos sair pra dançar?

Quem em sã consciência, ia pegar um táxi à 00:00? Já sabia que muitos jovens saíam a essa hora, mas não estava com um pingo de vontade. Entretanto Santiago me convenceu.

- Vamos, por favor... (Imagine uma carinha de cachorro)

- Tá bom.

Estamos indo e decidimos pegar um táxi.

Chegando no lugar queria voltar pra casa, mas acabamos dançando mais do que o normal. Então voltamos pra casa, chapados de tanto beber. Santiago foi tomar um banho e bem, eu?! Fui dormir, com toda a certeza de que estava cansada. Aquilo tinha tipo sido um pedido de desculpas. Por tudo. Não só quebrar e reconstruir. Não tinha me sentindo assim desde 2006 quando nós conhecemos. Foram 2.00-e-6 dores, que não queria sentir mais. Foi um alívio.