Fanfic: Me Matei - E a culpa é sua | Tema: Romance, Reviravoltas

Depois do que tinha acontecido com Santiago, nunca tinha pensado que eu ia encontrar alguém. Mas a vida me surpreendeu, não só encontrando alguém pra mim, mas me dando alguém que eu esperei a vida inteira. Benjamin me fazia a pessoa mais feliz do mundo. Ele me tratava como uma princesa, e só ele conseguia me fazer feliz.

E depois do que Santiago fazia comigo, as brigas e os insultos, Benjamin foi como ganhar na mega-sena. E já estava decidida a esquecer Santiago. Afinal, quem é Santiago mesmo?

Se passaram dois meses, e Benjamin e eu éramos "amigos". Não havia nenhum pedido, apesar de eu rezar pra Deus para que ele me pedisse. E eu não era nem um pouco corajosa com essa coisa. Mesmo assim Benjamin ía a minha casa, e ficavamos rindo e conversando por horas. Estava hipnotizada pelo jeito dele.

Acho que falei demais de Benjamin, mas com um homem desses na minha vida é impossível de não se gabar.

O papo vinha, e decidimos ficar em casa. Ele me ajudou com as coisas, arrumando comigo a casa.

Entre uma risada ou outra a gente conversava...

- Então... e o Santiago?

- Nunca mais o vi. Acho que ele se foi mesmo.

- Ah sim. E não passou pela sua cabeça, à voltar a falar com ele?

- Não. Nós já conversamos demais.

Parecia meio estranho. Toda vez que o nome Santiago era pronunciado, Benjamin engolia a seco e fazia uma cara de desprezo. Talvez nem ele mesmo gostasse de Santiago.

Além disso, apesar de Benjamin não ter sabido da vida de Santiago nem ter falado com ele, todas as minhas reclamações dirigidas à aquela pessoa, ele sabia como Santiago era um mau homem com m MAIÚSCULO.

Depois de duas semanas, ainda nós falavamos e já éramos alguma coisa. Só que eu não entendia o que a gente tinha. Era uma amizade sincera, colorida, preta e branca ou uma estranha conexão? Além disso eu gostava da maneira como ele me fazia rir, e quando me deixava me esfregar na sua barba. Meio estranho o que disse, mas ele me fazia bem.

As coisas agora já não eram mais as mesmas. Até a casa onde vivia se tornou de um pedaço de asfalto à um lar de verdade. Benjamin tinha me ajudado com a decoração e o lugar até ficou bonito. Era um ponto de partida mais elaborado que eu já tinha visto. 

Entre uma coisa ou outra, Benjamin e eu saíamos. Davamos umas boas risadas, e faziamos o que era bom.

Talvez até demais. 

Certo dia, fui à uma biblioteca e me dei de cara com um livro. O livro relatava a vida de uma garota que tinha sofrido abusos de um amigo de infância e depois descobriu o verdadeiro significado do amor. Isso de uma forma ou de outra me tocou e me inspirou a começar a escrever.

Então comprei uma espécie de livro em branco, talvez um diário. Então começei a escrever o que eu sentia. Ou talvez aquela coisa que Benjamin me dava.

Logo quando cheguei em casa, nem me arrumei. Apenas joguei a bolsa na minha cama, tirei os sapatos e o casaco e começei a escrever.

Prólogo, 1ª página.

"O que a vida te tira, te dá de volta, e melhor em dobro."

De: Rosa Marone.

Bom, e então "diário", o que se passa?

Talvez seja complicado pra mim escrever certas palavras, mais a minha decisão em escrever seja uma coisa que eu esperava fazer. Não quero criar bobagens ou aquela coisa universal de reclamar. Quero me encontrar em uma vogal ou outra. Agora estou feliz. Há um tempo atrás só havia desgraça na minha vida, e hoje encontrei um motivo pra sorrir. Talvez lembrar do passado pode me dar um desespero, pois não foi o melhor passado da minha vida, mas o que mais me importa é o presente. Ou futuro. Ou um futuro que me presentei com coisas boas. Hoje só agradeço à Deus tudo o que ele me deu. E andei pensando, eu realmente mereço. Talvez aquilo que eu tinha não era necessário. Na verdade, nunca foi bom. Mas foi com as armaguras da vida, que eu aprendi a me defender. Encontrei a minha paz no meio de tanta guerra. E agora só posso viver a minha vida como posso. Talvez sejam amores passados, loucuras desentendidas, mas agora eu sei onde quero estar. Então diário, posso ser feliz um segundo.

De Rosa, onde o Beija-mim, se encontrou na minha flor.