Fanfic: Uma Princesa de Sonhos - Vondy. (Finalizada)

Era absurdo, mas fazia sentido. Se Cinderela não pudesse ir ao baile, as outras pretendentes teriam alguma chance.

— Só nos contos de fadas — Dulce disse, ligando para a recepção para descobrir o número do quarto de Natasha.

Relutaram em ceder até que mencionou-lhes que a modelo poderia ter pegado a mala errada por engano. Mencionar o príncipe também ajudou bastante.

Dulce ligou, mas ninguém atendeu. Deixou o quarto e foi até a porta dos aposentos de Natasha, mas também suas batidas não foram atendidas.

Teve uma premonição: veria Natasha de novo antes do final da noite. Perturbava-a considerar que talvez Chris a tivesse convidado para vir a Chicago. Talvez ela não estivesse entre as mulheres das quais ele desejava se distanciar.

Dulce não tinha interesse na vida amorosa do príncipe. Não era de sua conta se gostava de uma mulher cuja alma se assemelhava a uma caixa registradora.

Entrevistar Natasha, que na verdade chamava-se Debbie Krump, fora mais que desagradável. Devia ter recebido o prêmio de escritora de ficção do ano por ter feito a moça parecer-se com um ser humano.

Mas ficar louca de raiva não solucionaria seu problema. A que horas as lojas fechavam em Chicago? Começou a descer para o saguão e só então deu-se conta de estar sem sua bolsa. No momento em que chegou ao quarto, tudo já parecia estar perdido. Mesmo que conseguisse encontrar uma loja fina aberta, ficaria endividada por meses se comprasse um traje à altura dos adquiridos por Chris.

Ligou outra vez para a recepção e pediu para falar com o gerente. O homem se desmanchou em desculpas, mas disse que a mala ainda não fora encontrada.

Tudo o que lhe restava fazer era tomar banho, arrumar os cabelos, maquiar-se e cruzar os dedos.

Meia hora antes do horário marcado para estar pronta, telefonou para o gerente mais uma vez, mas falou com o responsável pelo período noturno. Teve de repetir toda a história, apesar de ter certeza de que todos conheciam o problema da mulher histérica que perdera parte da bagagem.

Não havia mais esperanças. Teria de cancelar o compromisso. Mas então, na certa, nunca mais veria Christopher.