Fanfic: Uma Princesa de Sonhos - Vondy. (Finalizada)

— Papai tem como passatempo colecionar o que se chama de "arte industrial". Objetos manufaturados desde o final do século XIX até mais ou menos 1940. Algumas peças são muito bonitas. Deixarei que se surpreenda. Afinal, é isso que o você tem feito comigo…

A saia de Dulce foi projetada para situações em que se ficava em pé. Era a primeira vez que se sentava com aquela roupa, e ela nem ousava mexer-se ou mover a pequenina bolsa de noite prateada que pousara estrategicamente sobre o colo. Só então deu-se conta de que o acessório não combinava com suas roupas, mas já era tarde demais para arrependimentos.

Sentia-se encabulada e daria um mês de seu salário para se ver diante de um espelho. Christopher era gentil demais para fazer críticas.

— Sei que sua mãe era Alexandra Marie Christine, Chris. Como a filha de um açougueiro de Chicago veio a casar-se com seu pai?

— Minha tia, a irmã mais velha dela, estava dando uma festa e insistiu para que mamãe comparecesse. Tia Ruthie era notória por sua mania de agir como cupido, por isso mamãe se recusou a ir. Mas acabou indo, durante o dia, à casa de alguns amigos e lá conheceu papai, que estava hospedado ali. Ele ficou tão apaixonado que a convenceu a ir a uma festa em sua companhia naquela mesma noite.

— Deixe-me adivinhar! Levou-a à festa da irmã.

— Isso mesmo.

— Mas que história maravilhosa!

— Eu costumava provocá-la dizendo que o encontro foi mesmo digno de um conto de fadas. E mamãe nunca negou. Ah, chegamos!

Dulce jamais esperaria ver um edifício de aspecto rústico. Parecia mais adequado a uma partida de hockey do que a uma festa sofisticada.

— O lado de fora não é bonito, mas papai insistiu em sediar o museu em um local histórico. Foi construído logo depois do grande incêndio, aquele que dizem ter se iniciado quando a lamparina presa ao pescoço de uma vaca caiu.

— Que deveria pertencer à Sra. O`Leary.

Não ia lhe contar que tinha primos com esse sobrenome. Sua árvore genealógica não deveria interessá-lo muito.

— Começou como uma fábrica de coletes, então converteu-se em fábrica de bebidas na década de vinte, segundo papai. Enfrentou grandes dificuldades quando o comércio de licores passou a ser ilegal, assim como outras atividades comerciais. Papai a comprou e a reformou.

Mais uma lição de história, pensou Dulce, meio desapontada pelo excesso de educação de Chris. Apreciava homens gentis, sem dúvida, mas a distância imposta pelo príncipe a estava incomodando. Ele poderia estar conversando com um grupo de parceiros comerciais.

Dulce queria saber coisas importantes. Chris teria odiado a roupa que vestia? Planejaria voltar a beijá-la?

A recepção que tiveram ao entrarem o prédio foi magnífica, com uma orquestra, o diretor do museu e patronos de posses fazendo as honras. Todos adoraram Chris, mesmo aqueles que o estavam encontrando pela primeira vez.

Seria gratidão pela atitude de seu pai ou aprovação por o príncipe ficar em seu pequeno principado a maior parte do tempo, permitindo que tocassem os negócios à sua maneira?

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Meninas, por enquanto é isso..

Promessa cumprida, não?

Se comentarem bastante, eu posto ainda hoje. Caso não, somente amanhã..

Las Quiero Mucho...

Besos,

Vondyatrevidinha.