Fanfic: Uma Princesa de Sonhos - Vondy. (Finalizada)

r3beldesdelmundo, é um prazer de ter aqui.. :P

Notou que não quis satisfazer sua curiosidade. Por que persiste no assunto? Isto, senhorita…

Dulce María. Dulce María Saviñón. Caso pretenda me insultar, ao menos saiba que tenho nome.

Srta. Saviñón, por acaso faz idéia de quanta mágoa sua atividade profissional causa? Não consigo ter uma vida normal porque os paparazzi e repórteres vivem me importunando.

Não há nada de normal na vida de um príncipe.

Não, não há. — Parou ao lado de uma construção que ficava à beira da estrada e leu em voz alta: — "Flamingo Cor-de-rosa. Quartos por dia".

Vamos ver se consigo localizar algum guincho.

Seria mais adequado pedir permissão para usar o telefone — repreendeu-a Chris.

Estou apenas fazendo uma breve ligação local.

Não nesse aparelho, senhorita — um senhor idoso interveio. Usava capa de chuva e chapéu, e entrara pela mesma porta por onde os dois haviam passado.

Farei absoluta questão de pagar, senhor — disse, ainda com o coração aos saltos. — Tudo o que lhe peço é que me permita telefonar para conseguir reboque. Meu carro foi forçado a sair da pista e está atolado na lama.

Vocês dois não ouvem rádio? Estamos em estado de alerta por causa do furacão. Ninguém concordará em sair para ajudá-la com o automóvel agora.

Henry devia estar deixando a Flórida.

Sim, mas se esqueceram de dizer isso a ele.

Em o todo caso, nada perderemos em contatar um posto de serviços — o príncipe opinou. — Eu poderia lhes oferecer um dinheiro extra.

A única maneira de conseguir isto será através de sinais de fumaça, porque o telefone não está funcionando. E a energia elétrica, como podem ver, começa a oscilar. É provável que em breve também fiquemos sem ela. Se tiverem um lugar para ir e for nas proximidades, sugiro que se apressem.

Não temos — Chris declarou, respondendo por ambos. — Precisaremos enfrentar a tormenta na estrada mesmo.

Não é uma boa idéia, senhor. As principais ruas da cidade mais próxima estão alagadas. Levei quarenta minutos para voltar para cá, e a distância é pequena. E uma árvore caiu na pista, obrigando o trânsito a desviar.

Então sugere que aluguemos dois de seus chalés? — Chris indagou, cético.

Mas aquelas taxas são para situações normais. Quando é época de furacões o preço é duzentos.

Aceitamos — disse o príncipe, pegando a carteira e jogando um cartão de crédito sobre o balcão.

Nada de cartões. O pagamento deve ser em dinheiro. — O senhor estampava na face a satisfação pelo raro momento de poder.

Mas esse é um cartão de padrão elevado. E aceito em qualquer parte do mundo — argumentou, indignado.

Mas não em Laverne, Flórida. Não lhe cobrarei impostos, já que a televisão deixará de funcionar em breve — comentou ante mais uma falha na energia elétrica.

Mas quanta generosidade! — ironizou o príncipe enquanto abria a carteira em busca das notas. — Aqui estão. Vinte, trinta, quarenta. Quarenta e três dólares. É tudo o que tenho, e bem mais do que a tabela usual prega.

Uma pena! Lamento por vocês, não por mim. Com tudo o mais fechado, ficarão sem abrigo algum.

Deixe-me ver quanto tenho — Dulce falou, relutante em ceder àquele homem intragável.

Está embaraçado porque uma mulher está pagando? —perguntou a Chris, divertida, num sussurro.

É claro que não.