Fanfic: Uma Princesa de Sonhos - Vondy. (Finalizada)

E então dançaram. Chris sem dúvida nascera com asas nos pés. Ficou na borda da pista cerca de dois minutos observando os passos das pessoas a dançar lado a lado. Em seguida, levou Dulce para participar da brincadeira, e riram feito crianças.

Não pararam até que a banda fez um intervalo e tudo se tornou muito silencioso… por trinta segundos. Logo se iniciou música gravada, e os alto-falantes voltaram a provar sua potência.

Havia pessoas de todas as idades, tamanhos e graus de habilidade com a dança. Mais adiante, um caubói dançava com duas moças, um estranho ritual à infidelidade. Um casal flutuava com a graça dos bailarinos, e uma senhora de cabelos cor de neve rodopiava pelo salão com um jovem a quem parecia estar instruindo.

Não era o baile do ouro e da prata, mas Dulce estava se divertindo a mais não poder.

— Amo tudo isso! — disse ela.

— E eu amo você.

Ao menos foi o que Dulce entendeu que ele disse. Mas como lhe pedir que repetisse? Talvez fosse fruto de sua imaginação ou da letra da música.

Era isso. As palavras deviam ter sido pronunciadas pelo vocalista da banda, cujo sotaque assemelhava-se ao de Chris.

Ele abraçava-a com tanta força que seus joelhos se tocavam e as coxas roçavam. O que Chris devia sentir com certeza tinha pouco a ver com amor e muito com desejo.

Dulce dançava com um príncipe, mas invejava todas as mulheres que voltariam para casa com o homem que amavam.

Sabia que a cada dia se aproximava o momento de dizer adeus a Chris para sempre. E não estava certa se seria capaz de suportar viver sem aquele rapaz maravilhoso, cujas batidas do coração sentia pulsar de encontro ao seu.

Dulce estava sem fôlego, os pensamentos fora de foco. E então foi beijada.

Nada estranho para o local. Muitos outros casais faziam o mesmo, trocando afagos românticos.

Pararam no meio da pista e, rodeados por entusiásticos dançarinos, levitaram, trocaram beijos apaixonados, alheios ao mundo. Conforme o carinho ia se intensificando, Dulce se entregava com mais desprendimento, agarrando-se ao pescoço másculo como se fosse sua tábua de salvação em meio à ferocidade do mar revolto.