Fanfic: Uma Princesa de Sonhos - Vondy. (Finalizada)

Não costumava ter curiosidade sobre a vida amorosa das mulheres com quem se relacionava. Percebia que eram experientes, mas sempre se preocupava em ser cauteloso e gentil.

Aprovava que elas não mais tivessem de se submeter à exigência medieval de se casarem virgens. Deixar o assunto como uma opção lhes dava mais poder sobre seus corpos e sua vida, o que era bom para ambos os sexos.

Mas Dulce estava virando de cabeça para baixo suas idéias liberais. Teve uma vontade irracional de ser o primeiro a lhe mostrar as maravilhas do sexo. E isso nada tinha a ver com o ato em si, mas com a atração incomum que ela exercia sobre seu corpo e sua alma.

Sempre adorou os preâmbulos do amor. Nesse momento tão especial, nada mais no mundo lhe importava a não ser estar com Dulce. Queria abraçá-la para sempre e guardar na memória o cheiro doce de sua pele fresca de menina.

Seu riso límpido e feminino era-lhe mais agradável que a mais linda das sinfonias, e os lábios, mais encantadores do que o desabrochar de uma rosa.

Deitou-se de lado e pousou a mão na maciez do quadril delicado. Aproximou a cabeça de seus seios e passou a sugar um mamilo, devagar a princípio, e então com mais intensidade. Ela se contorceu e gemeu baixinho.

Chris deslizou a mão para o recanto entre as pernas.

— Você é tão linda! Tão perfeita!

Seu encantamento era tal que não o deixava ficar calado por muito tempo.

Dulce lambeu um mamilo dele, fazendo-o ter espasmos de prazer. Chris a pegou com firmeza e percorreu com a boca o caminho antes feito por seus dedos, cobrindo-a de beijos e mordidas leves, ignorando quando ela tentava se afastar a fim de deixá-la tão louca de desejo quanto ele estava.

— Chris… Chris… por favor…

Dulce rolou para o lado e puxou-o para mais perto, o rosto afogueado, os lábios úmidos e entreabertos, o corpo ardendo e lhe comandando as ações. Enlaçou a cintura máscula com as pernas e o guiou, gritando de prazer e arqueando os quadris em uma dança ensandecida que o excitava cada vez mais.

Nada jamais fora tão bom, tão belo. Cada nervo de seu corpo vibrava com os movimentos rítmicos. Os lábios de Chris, precisos, ávidos e implacáveis incendiavam sua pele branca conforme passavam. Suas respirações foram se tornando mais e mais ofegantes até que Dulce gritou. Logo depois foi a vez de Chris segurá-la com força e gemer alto. O mundo todo girava a uma velocidade alucinante, mas não importava.

Estavam juntos. Eram parte um do outro.

Dulce alcançou um estágio de excitação insuportável, e o queria partilhando a mesma sensação maravilhosa. Mas de súbito Chris deixou seu corpo e a abraçou enquanto chegava ao auge do prazer.

— Eu nem…

Respirando com dificuldade, ele a fez deitar-se sobre seu peito.

— Eu nunca… Assim, nunca.

— Nunca, querida?

— Foi… — Sentia-se tão cansada que temia estar sonhando. — É sempre tão bom assim para os homens?

— Para mim, jamais foi tão maravilhoso.

— Faz todo o passado parecer uma grande perda de tempo.

Dulce fechou os olhos e adormeceu.

Quando acordou, a única luz era a do abajur ao lado da cama. Chris estava a seu lado, observando-a, a face ainda suavizada pela paixão.

— Tudo pode acontecer outra vez? — ela indagou, rouca.

— Centenas, milhares de vezes, minha querida.

— Não resmungou a noite toda.

— Então, tenho o direito de lhe infringir uma penalidade. Cem beijos, pagáveis a partir de agora.

— Você é um tirano!

Dulce sempre pagava suas dívidas. Foi por isso que, ao alvorecer, os dois ainda se perdiam em abraços desvairados e apaixonados.