Fanfic: Como Cada Día - Cancelada
Christopher queria que Lucas fosse um atleta; em vez disso, o filho decide aprender a tocar violino. Queria alguém que saísse com ele para caçar; mas seu filho prefere ler. Queria que seu filho jogasse beisebol ou basquete, mas seu filho é desajeitado e tem a visão deficiente. Ele nunca falou nada sobre isso com ela ou Lucas, mas não era preciso. Estava muito evidente no desprezo com que assistia a Lucas jogando futebol, na maneira como havia se recusado a cumprimentar o filho por ter vencido seu último torneio de xadrez e na forma como forçava Lucas a ser alguém que ele não era. Isso deixava Anahi louca e, ao mesmo tempo, partia seu coração, mas era muito pior para Lucas. Ele havia tentado agradar ao pai por anos, mas isso só serviu para deixá-lo exausto. Ter aulas de beisebol. Nenhum problema, certo? Lucas pode até acabar gostando e quem sabe fazer parte da Liga Infantil.
Quando Christopher sugeriu fazia todo sentido e Lucas até se entusiasmou com a ideia, mas passou a odiar depois de um tempo. Quando conseguia pegar três bolas seguidas, seu pai queria que tivesse pegado quatro. Quando melhorava, seu pai queria que fizesse mais ainda, que pegasse todas as bolas. E, depois, tinha de pegá-las correndo para frente. Depois correndo para trás. Deslizando. Mergulhando. Pegar a bola lançada pelo pai com toda sua força. E se deixasse cair? O mundo acabava. Seu pai não era do tipo que dizia: "Valeu, campeão, ou boa tentativa". Não. Era do tipo que gritava: "Vai, anda logo, para de fazer manha". Ah, ela tentou falar com ele sobre isso. Falou até sentir-se enjoada. É claro que entrou por um ouvido e saiu pelo outro para ele. A velha história de sempre. Apesar da sua imaturidade — ou por causa dela — Christopher era teimoso e o dono da verdade em muitos assuntos, entre eles na maneira como Lucas deveria ser criado. Queria um determinado tipo de filho, e, se Deus permitisse, um dia teria. Como era previsto, Lucas começou a reagir conforme sua própria maneira passivo-agressiva. Começou a deixar cair todas as bolas lançadas pelo pai, mesmo as mais altas e mais fáceis, ao mesmo tempo em que fingia ignorar a frustração visivelmente crescente de seu pai, até que ele tirasse as luvas e as jogasse no chão, entrasse em casa e ficasse o resto da tarde de mau humor. Lucas fingia nem perceber. Sentava-se debaixo de uma árvore e ficava lendo, até a mãe vir buscá-lo, horas mais tarde. As brigas de Anahi e seu ex não eram somente em elação a Lucas; eles eram fogo e gelo. Ele era fogo, e ela gelo. Christopher ainda sentia atração por ela, o que a deixava ainda mais irritada. Ele tinha a maldita ideia de que ela ia querer alguma coisa com ele, mas isso eslava além de sua vontade, entretanto isso não impedia suas tentativas. Na maior parte do tempo, não conseguia nem mesmo se lembrar dos motivos que um dia a levaram a se sentir atraída por ele. Conseguia se lembrar das razões por ter optado pelo casamento: ser jovem e estúpida era as principais, além do detalhe de estar grávida e quase parindo, mas agora, ao olhar bem para ele, seus músculos se contraíam por dentro. Ele não fazia seu tipo. Na verdade, nunca tinha feito. Se toda a sua vida fosse uma fita de vídeo, seu casamento seria um dos momentos que apagaria com prazer. Com exceção de Lucas, claro.
Gostaria que Drake, seu irmão mais novo, estivesse ali, e sentia a dor que sempre sentia ao pensar nele. — Sempre que vinha, Lucas o seguia como os cães seguiam Nana. Juntos, podiam passear para caçar borboletas ou passar horas na casa da árvore que seu avô havia feito à qual só se tinha acesso por uma ponte capenga passando por cima de dois riachos da propriedade. Diferente de seu ex, Drake aceitava seu sobrinho como ele era, o que, em muitos aspectos, fazia dele mais pai de Lucas do que o próprio pai tinha sido um dia. Lucas o adorava e Anahi amava Drake pela forma serena com que ele alimentava a autoconfiança de Lucas. Lembrava-se de ter-lhe agradecido um dia, e tudo o que ele fez foi dar de ombros. "Eu gosto de estar com ele", disse, sem acrescentar detalhes. Sabia que tinha de ver como Nana estava. Levantou-se e viu a luz no escritório, mas duvidou que Nana estivesse cuidando da papelada. Era mais provável que estivesse andando pelo canil, por isso foi nessa direção. Esperava que Nana não tivesse enfiado na cabeça que tinha de levar um grupo de cães para passear. Ela não tinha como manter o equilíbrio, ou até mesmo segurar os animais se eles esticassem as coleiras, mas essa sempre fora a sua atividade predileta.
Autor(a): Bruna Portilla
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Queridos leitores, sei que estou sendo cruel com Christopher, lhe dando um papel horrível de pai. Não é o que costumamos ver, mas isso é uma novela?! Né? risos, mas enfim. Eu gosto dele sim, mas estou cansada das mesmas histórias de sempre. Apreciem essa leitura, vale muito à pena. Beijos. ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 125
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isajuje Postado em 18/11/2012 - 11:26:10
E agora pfv, mais >.<'
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isajuje Postado em 18/11/2012 - 11:25:38
oonw, não fique triste, você sabe que eu não te abandono KK' é que eu estou um tanto quanto atarefada em off e por isso não estou comentando. Assim que possível eu comento a fanfic.
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nataliacphotmail.com Postado em 13/11/2012 - 12:55:36
Fic inspirada em "Um Homem de Sorte", amo essa história *--*
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isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:22:13
amo sz'
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isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:21:20
Como Cada Día ♥
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isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:20:20
continue, please! :(
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isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:19:49
♥
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isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:19:37
AAAAAAAAA, que coisa boa >.<' KK' agora sim, estou gostando mais ainda da história.
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isajuje Postado em 02/11/2012 - 11:09:26
Ah, tudo bem Bruna Portilla, eu entendo. Melhoras pra você, sei como dói ç.ç' já tive infecção na garganta tbm, vê se te cuida, hein?
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isajuje Postado em 30/10/2012 - 16:50:10
psé.