Fanfics Brasil - O convite Como Cada Día - Cancelada

Fanfic: Como Cada Día - Cancelada


Capítulo: O convite

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      Luigi veio correndo da cozinha. Como sempre, seu avental estava coberto de farinha, esticado na imensa cintura. Como ele ainda fazia as pizzas, e o restaurante estava sempre cheio, não tinha tempo para dar-lhes muito mais que um aceno.


— É bom ver vocês. Obrigado por terem vindo.


Maria colocou a mão carinhosa no ombro de Lucas.


— Você está ficando muito alto, Lucas! Já é um rapazinho. E você está linda como a primavera, Anny.


— Obrigada, Maria. Como vai você?


— A mesma de sempre. Sempre ocupada. E você? Ainda dando aulas, certo?


— Ainda dando aulas — Anny confirmou. Um pouco depois, a expressão de Maria ficou séria, e Anny previu a próxima pergunta. Em cidades pequenas, nada é segredo.


— E como vai Nana?


— Melhorando. Já está "pra lá e pra cá".


— Sim, ouvi falar que ela foi visitar a irmã.


— Como você sabe disso? — Anny não conseguiu esconder a surpresa.


— Quem sabe? — deu de ombros. — As pessoas falam, eu ouço. — Maria pareceu notar a presença de Alfonso pela primeira vez.


— E quem é esse?


— Esse é meu amigo Alfonso — disse Anny, tentando não corar.


— Você é novo? Nunca o vi antes.


— Maria o olhava de cima a baixo com franca curiosidade.


— Acabei de me mudar para a cidade.


— Bem, você está com dois dos meus clientes prediletos. Venham. Vou arrumar um lugar para vocês em uma das cabines. Maria indicou o caminho e colocou os cardápios nas mesas enquanto eles se sentaram.


— Chá para todos?


— Seria ótimo, Maria — disse Anny. Assim que Maria foi para a cozinha, olhou para Alfonso.


— Ela faz o melhor chá da região. Espero que não se importe.


— Por mim, tudo bem.


— Você pode me dar algumas moedas? — pediu Lucas. — Quero jogar vídeo game.


— Já imaginava — disse Anny, pegando a bolsa.


— Peguei um pouco do pote de moedas antes de sairmos. Divirta-se. E não dê atenção a estranhos.


— Tenho 10 anos — disse, irritado. — Não 5.


Olhou Lucas ir ao salão de jogos, divertida com sua resposta. Às vezes, ele falava como se estivesse no ensino médio.


— Esse lugar tem muita personalidade — comentou Alfonso.


— E a comida também é fantástica. Eles fazem pizzas no estilo de Chicago que não são desse mundo. Qual recheio você gosta? Ele cocou o queixo.


— Hummm... muito alho, uma porção extra de anchovas. Ela torceu o nariz.


— Sério?


— Estou só brincando. Peça o que você normalmente pede. Gosto de qualquer coisa.


— Lucas gosta de pepperoni.


— Então, vamos pedir pepperoni. Lançou lhe um olhar brincalhão.


— Alguém já lhe disse alguma vez que você é muito fácil de conviver?


— Ultimamente, não. Mas, também, não tive muitas pessoas com quem conversar enquanto caminhava.


— Você se sentiu sozinho?


— Não, por causa de Zeus. Ele é um bom ouvinte.


— Mas não pode participar da conversa.


— Não. Mas não ficou choramingando durante a caminhada, também. A maioria das pessoas teria feito isso. 


— Eu não teria feito isso.


Alfonso não disse nada.


— Estou falando sério — protestou.


— Poderia facilmente ter atravessado o país a pé.


Alfonso não disse nada.


— Tudo bem, você está certo. Choraria uma ou duas vezes. Ele sorriu antes de dar uma olhada geral no restaurante.


— Quantas pessoas daqui você conhece? Olhando ao redor, Anny pensou:


— Vi a maioria por aí no decorrer dos anos, mas quem realmente conheço? Talvez umas 30 pessoas?


Ele calculou que seriam mais da metade dos clientes.


— Como é isso?


— Você está falando de todo mundo saber de tudo? Acho que depende do número de erros que você comete, já que é disso que a maioria acaba falando. Namoros, demissões, abuso de drogas ou álcool, acidentes de carro. Mas, por outro lado, se você for como eu, alguém puro como a neve que vagueia pelo vento, não é tão difícil. Ele sorriu.


— Deve ser ótimo ser você.


— E é mesmo. Digamos que você tem sorte de estar sentado na minha mesa.


— Disso não tenho dúvida.


      Maria trouxe as bebidas. Ao sair, ergueu as sobrancelhas o suficiente para que Anny soubesse que tinha gostado da aparência de Alfonso e esperava que, mais cedo ou mais tarde, ficasse sabendo que eram mais do que amigos. Anny tomou um pouco do chá e Alfonso também.


— O que achou?


— É doce, com certeza. Mas é saboroso.


Anny concordou e limpou a borda do copo com o guardanapo. Amassou-o e colocou-o de lado.


— Quanto tempo pretende ficar em Hampton?


— O que você quer dizer com isso? —


Você não é daqui, tem formação universitária, um emprego que a maioria das pessoas detestaria e ganha mal por isso. Acho que minha pergunta é justa.


— Não penso em pedir demissão.


— Não foi isso que eu perguntei. Perguntei quanto tempo pretende ficarem Hampton. De verdade.


Seu tom não permitia evasivas, e Alfonso facilmente a imaginou colocando ordem em uma sala de aula indisciplinada.


— De verdade? Não sei. E digo isso porque aprendi nos últimos cinco anos a nunca dar nada como certo.


— Isso pode até ser verdade, mas, uma vez mais, não responde à pergunta.


Percebeu o desapontamento na voz dela e tentou encontrar a resposta certa.


— Que tal assim? Até agora, gosto daqui. Gosto do meu trabalho, acho Nana maravilhosa, gosto de ficar com Lucas, e no momento não tenho intenção alguma de sair de Hampton em um futuro próximo. Isso responde à sua questão?


Sentiu uma onda de ansiedade ao ouvir suas palavras e perceber seu olhar enquanto falava. Inclinou-se para frente e disse:


— Percebi que você deixou algo importante de fora na lista de coisas deque gosta.


— Deixei?


— Sim. Eu — procurou ver uma reação em seu rosto ao esboçar um sorriso provocativo.


— Talvez tenha esquecido — respondeu com um sorrisinho.


— Tente de novo.


Ele balançou a cabeça.


— Não consigo pensar em mais nada. Ela piscou para ele.


— Vou te dar uma chance de pensar no assunto e talvez ter algo a me dizer. Então, podemos falar sobre isso novamente outra hora.


— Parece justo. Quando?


Envolveu o copo com as mãos, sentindo-se estranhamente nervosa com oque ia dizer em seguida.


— Você está livre sábado à noite?



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Autor(a): Bruna Portilla

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Se ele ficou surpreso com a pergunta, não deu para notar. — Então, será sábado à noite — ergueu o copo e tomou um longo gole, sem tirar os olhos dela. Nenhum dos dois percebeu que Lucas tinha voltado à mesa. — Já pediram a pizza?              Deitada na c ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 125



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  • isajuje Postado em 18/11/2012 - 11:26:10

    E agora pfv, mais >.<'

  • isajuje Postado em 18/11/2012 - 11:25:38

    oonw, não fique triste, você sabe que eu não te abandono KK' é que eu estou um tanto quanto atarefada em off e por isso não estou comentando. Assim que possível eu comento a fanfic.

  • nataliacphotmail.com Postado em 13/11/2012 - 12:55:36

    Fic inspirada em &quot;Um Homem de Sorte&quot;, amo essa história *--*

  • isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:22:13

    amo sz'

  • isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:21:20

    Como Cada Día &#9829;

  • isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:20:20

    continue, please! :(

  • isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:19:49

    &#9829;

  • isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:19:37

    AAAAAAAAA, que coisa boa >.<' KK' agora sim, estou gostando mais ainda da história.

  • isajuje Postado em 02/11/2012 - 11:09:26

    Ah, tudo bem Bruna Portilla, eu entendo. Melhoras pra você, sei como dói ç.ç' já tive infecção na garganta tbm, vê se te cuida, hein?

  • isajuje Postado em 30/10/2012 - 16:50:10

    psé.


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