Fanfics Brasil - Primeiro Encontro (2) Como Cada Día - Cancelada

Fanfic: Como Cada Día - Cancelada


Capítulo: Primeiro Encontro (2)

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          Quarenta minutos depois, Alfonso estacionou na frente de um lugar que parecia ter sido um armazém. Anahi o tinha levado à área industrial do centro da cidade de Wilmington, e eles pararam o carro na frente de um prédio de três andares, com tábuas largas, envelhecidas ao lado. Não tinha muita diferença dos prédios vizinhos, não fosse por um estacionamento com quase 100 carros estacionados e uma pequena passarela de madeira circundando o prédio, iluminada pelas mesmas luzes brancas e baratas, usadas no Natal.


— Como é o nome desse lugar?


— Shaggingfor crabs — Original. Mas estou tendo dificuldades em ver esse local como uma grande atração turística.


— Não é, é restrito às pessoas da região. Uma das minhas amigas da faculdade me deu a indicação, e eu sempre quis vir.


— Você nunca veio aqui?


— Não. Mas sei que é muito divertido. — assim foi em direção à passarela de madeira.


          Bem à frente, o rio brilhava, como se seu interior estivesse iluminado. O som da música ia ficando cada vez mais alto. Quando abriram a porta, a música os atingiu como uma onda, e o aroma dos caranguejos na manteiga envolvia o ar. Alfonso fez uma pausa para se adaptar a tudo aquilo. O enorme interior do edifício era rústico e sem adereços. Á parte da frente estava lotada de várias mesas de piquenique cobertas com toalhas plásticas vermelhas e brancas, que pareciam grampeadas à madeira. As mesas estavam cheias e barulhentas, e Alfonso viu garçonetes servindo baldes de caranguejo sem todas as mesas. Nos centros das mesas havia pequenas vasilhas com manteiga derretida e vasilhas ainda menores à frente. Todos usavam babadores de plástico e pegavam os caranguejos nos baldes gigantes, comendo-os com as mãos. Cerveja parecia ser a bebida eleita. Bem na frente deles, do lado que fazia margem com o rio, havia um bar comprido — se é que aquilo poderia ser chamado de bar. Parecia ser feito de madeira rejeitada, colocada em cima de alguns velhos barris. As pessoas faziam filas triplas para serem servidas. Do lado oposto do edifício, ficava o que parecia ser a cozinha. O que mais lhe chamou a atenção foi o palco montado do outro lado do prédio, onde Alfonso viu uma banda tocando "My girl", dos Temptations. Havia, pelo menos, 100 pessoas dançando na frente do palco, seguindo os passos de uma dança que ele não conhecia.


— Uau — gritou. Uma mulher magra, aparentando uns 40 e poucos anos, ruiva e de avental, aproximou-se deles.


— Olá. Comer ou dançar?


— Os dois — disse Anahi.


— Nomes?


Eles se entreolharam.


— Anahi... — ele disse.


 — E Alfonso — ela concluiu. A mulher anotou os nomes deles em um bloco de papel.


— Agora, a última pergunta: diversão ou família?


Anahi ficou confusa.


— Como?


A mulher estourou o chiclete.


— Vocês nunca vieram aqui antes, vieram?


— Não.


— É assim. Vocês vão ter de dividir a mesa com alguém. É assim que funciona aqui. Todo mundo divide. Agora, vocês podem pedir diversão, o que significa que querem uma mesa cheia de energia, ou podem pedir família, o que é geralmente mais tranquilo. Mas não posso garantir como vai ser a sua mesa. Só faço a pergunta. Então, o que será? Família ou diversão?


Anahi e Alfonso entreolharam-se novamente e chegaram à mesma conclusão.


— Diversão — disseram ao mesmo tempo.


          Acabaram indo parar em uma mesa com seis estudantes da Universidade da Carolina do Norte, em Wilmington. A garçonete os apresentou como Matt, Sarah, Tim, Allison, Megan e Steve, e os estudantes ergueram seus copos e disseram juntos:


— Olá, Anahi! Olá, Alfonso! Nós temos crabs.


          Alfonso segurou o riso diante do trocadilho — a palavra crab era uma gíria para uma espécie de micose adquirida durante relações sexuais, o que era obviamente o que eles queriam dizer — mas ficou confuso quando percebeu que eles estavam inesperadamente encarando-o.


          A garçonete sussurrou: — Vocês devem dizer: queremos crabs, principalmente se vocês passarem para nós. Dessa vez, ele riu, junto com Anahi, antes de dizer o que tinha de dizer, participando do ritual que todo mundo parecia seguir por ali. Sentaram de frente um para o outro. Anahi acabou sentando ao lado de Steve, que não conseguia esconder o fato de tê-la achado extremamente atraente, enquanto Alfonso sentou-se ao lado de Megan, que não mostrou interesse algum por ele, pois estava muito mais interessada em Matt.


Uma garçonete gorducha e cabeluda passou por eles, e mal parou para dizer: — Mais crabs?


— Pode me dar crabs a hora que quiser — os estudantes respondiam em coro.


          À sua volta, Alfonso ouviu a mesma resposta inúmeras vezes. A outra opção que também se ouvia era: “Não acredito que você me passou crabs", quedava a entender que não era para servir mais. Ele se lembrou de uma comédia musical, em que os clientes sabiam todas as respostas oficiais, e os novatos iam aprendendo com eles. A comida era de primeira classe. O cardápio só tinha um único item, preparado de uma única maneira, e todo balde vinha com guardanapos extras e babadores. Restos de caranguejos eram jogados nos centros das mesas — uma tradição — e, de vez em quando, adolescentes usando aventais vinham retirá-los. Como prometido, os estudantes eram barulhentos. Contavam piadas sem parar, muitas indiretas inofensivas para Anahi, e duas cervejas para cada um, o que só aumentava a euforia. Depois do jantar, Alfonso e Anahi foram ao toalete para lavar as mãos. Quando voltaram, ela pegou no braço dele.


— Pronto para dançar shag? — perguntou sugestivamente.


— Não tenho certeza. Como é que se faz?


— Aprender a dançar o shag é como aprender a ser sulista. É aprender a relaxar enquanto você ouve o oceano e sente a música.


— Suponho que já tenha feito isso antes.


— Uma ou duas vezes — disse, com falsa modéstia.


— E você vai me ensinar?


— Serei sua parceira. Mas a aula começa às 21 horas.


— A aula?


— Todo sábado à noite. É por isso que está tão lotado. Eles dão aulas para iniciantes enquanto os frequentadores habituais descansam, e faremos o que eles mandarem. Começa às 21 horas.


— Que horas são?


Ela olhou no relógio.


— É hora de aprender o shag.


          Anahi dançava muito melhor do que havia dado a entender, o que, felizmente, fez com que ele não parecesse tão mal na pista de dança também. Mas o melhor de dançar com ela era a descarga quase elétrica que sentia sempre que tocava ou sentia o cheiro dela quando girava seus braços, uma mistura de calor e perfume. Seu cabelo ficava selvagem com o ar úmido, e sua pele brilhava ao transpirar, deixando-a mais natural e indomada. De vez em quando, olhava para ele ao girar, seus lábios se abriam em um sorriso já conhecido, como se soubesse exatamente o efeito que provocava nele. Quando a banda resolveu fazer um intervalo, seu primeiro instinto foi sair da pista junto com a multidão, mas Anahi o fez parar quando a gravação tocou "Invierno", de Reik. Ela olhou para ele e na mesma hora ele soube o que devia fazer. Sem falar nada, deslizou um braço em suas costas e segurou na mão dela, colocando-se em posição. Ficaram olhando um para o outro enquanto ele a puxava para mais perto de si, e, bem devagar, começaram a se mover ao ritmo da música, girando em suaves círculos. Alfonso mal prestava atenção nos outros casais que se movimentavam na pista. Conforme a música tocava ao fundo, Anahi encostou-se tão próxima a ele que dava para sentir sua respiração lânguida e lenta. Ele fechou os olhos quando ela aninhou sua cabeça no ombro dele e, naquele instante, nada mais parecia ter importância. Nem a música, nem o lugar, nem os outros casais a sua volta. Entregou-se para sentir o corpo dela junto ao seu, girando lentamente pelo chão coberto de serragem, perdido em um mundo que parecia ter sido feito só para os dois.



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Autor(a): Bruna Portilla

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       Dirigindo pelas ruas escuras, Alfonso segurava a mão dela e sentia seu dedo deslizar lentamente pela mão dele no silêncio do carro.        Quando ele estacionou na garagem um pouco antes das 23 horas, Zeu sainda estava na varanda e levantou a cabeça quando Alfonso desligou o carro. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 125



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  • isajuje Postado em 18/11/2012 - 11:26:10

    E agora pfv, mais >.<'

  • isajuje Postado em 18/11/2012 - 11:25:38

    oonw, não fique triste, você sabe que eu não te abandono KK' é que eu estou um tanto quanto atarefada em off e por isso não estou comentando. Assim que possível eu comento a fanfic.

  • nataliacphotmail.com Postado em 13/11/2012 - 12:55:36

    Fic inspirada em &quot;Um Homem de Sorte&quot;, amo essa história *--*

  • isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:22:13

    amo sz'

  • isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:21:20

    Como Cada Día &#9829;

  • isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:20:20

    continue, please! :(

  • isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:19:49

    &#9829;

  • isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:19:37

    AAAAAAAAA, que coisa boa >.<' KK' agora sim, estou gostando mais ainda da história.

  • isajuje Postado em 02/11/2012 - 11:09:26

    Ah, tudo bem Bruna Portilla, eu entendo. Melhoras pra você, sei como dói ç.ç' já tive infecção na garganta tbm, vê se te cuida, hein?

  • isajuje Postado em 30/10/2012 - 16:50:10

    psé.


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