Fanfics Brasil - Victor por Alfonso Como Cada Día - Cancelada

Fanfic: Como Cada Día - Cancelada


Capítulo: Victor por Alfonso

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       Dirigindo pelas ruas escuras, Alfonso segurava a mão dela e sentia seu dedo deslizar lentamente pela mão dele no silêncio do carro.


       Quando ele estacionou na garagem um pouco antes das 23 horas, Zeu sainda estava na varanda e levantou a cabeça quando Alfonso desligou o carro. Virou-se para olhar para ela.


— Tive uma noite maravilhosa — murmurou. Esperava que ela fosse dizer o mesmo, mas surpreendeu-se com sua resposta.


— Você não vai me convidar para entrar? — sugeriu ela.


— Sim — ele respondeu, simplesmente.


       Alfonso abriu a porta para Anahi, e Zeus sentou-se e só levantou-se quando ela saiu. Começou então a abanar o rabo.


— Oi, Zeus.


— Venha


— Alfonso deu o comando, e o cachorro saiu da varanda e veio correndo até eles. Rodeou os dois, emitindo latidos agudos. A boca meio aberta como se estivesse sorrindo para conseguir a atenção deles.


— Ele sentiu a nossa falta — disse, abaixando-se.


— Sentiu, não é garotão? — quando abaixou, Zeus lambeu seu rosto. Ela se levantou e torceu o nariz antes de limpar o rosto.


— Isso foi nojento.


— Não para ele — disse Alfonso, que apontou para a casa.


— Vamos? Tenho de avisá-la para não esperar muito.


— Tem cerveja na geladeira?


— Tem.


— Então, não tem por que se preocupar.


       Subiram a escada da varanda. Alfonso abriu aporta e acendeu a luz; um abajur com uma única lâmpada proporcionava uma iluminação fraca perto de uma poltrona ao lado da janela. No meio da sala havia uma mesa de centro, decorada apenas com algumas velas; de frente para ela, havia um sofá de tamanho médio. Tanto o sofá quanto a poltrona estavam cobertos com uma capa azul-marinho e, atrás deles, uma estante continha uma pequena coleção de livros. Um porta-revista vazio junto com outro abajur completavam o mobiliário minimalista.


       Mesmo assim, era um lugar limpo. Alfonso já tinha falado sobre isso ump ouco mais cedo, naquela mesma noite. O piso de madeira tinha sido esfregado, as janelas lavadas, e ele tinha tirado o pó de tudo na sala. Não gostava de bagunça e desprezava pó. A poeira sem fim no Iraque só tinha reforçado sua tendência a ter mania de limpeza. Anahi examinou a cena antes de andar pela sala.


— Gostei — disse. — Onde comprou a mobília?


— Faz parte da casa.


— O que explica as capas.


— Exatamente.


— Não tem televisão?


— Não.


— Rádio?


— Não.


— O que você faz quando está aqui?


— Durmo.


— E?


— Leio.


— Romances?


— Não. — disse, depois mudou de ideia.


— Na verdade, alguns. Mas a maioria dos livros que leio são biografias e livros históricos.


— Nada de livros sobre antropologia?


— Tenho um livro de Richard Leakey. Mas não gosto de muitos dos livros da pesada antropologia pós-moderna que parecem dominar o campo a tualmentee, de qualquer forma, não são livros fáceis de ser encontrados em Hampton.


Andou ao redor da mobília, passando a mão na capa do sofá.


— Sobre o que ele escreveu?


— Quem? Leakey?


Ela sorriu


— Sim. Leakey.


Mordeu os lábios, tentando organizar o pensamento.


       — A antropologia tradicional está principalmente interessada em cinco áreas: quando o homem começa a evoluir, quando começa a andar ereto, por que há tantas espécies de hominídeos, por que e como essas espécies evoluíram, e oque tudo isso quer dizer para a evolução da história do homem moderno. O livro de Leakey trata dos quatro últimos, com ênfase especial em como o surgimento das ferramentas e das armas influenciou na evolução do Homo sapiens.


       Ela não conseguia esconder o fato de estar se divertindo, mas dava para perceber que também estava impressionada.


— Já volto. Fique à vontade.


       Voltou com duas garrafas de cerveja e uma caixa de fósforos. Anahi estava sentada no meio do sofá; deu uma garrafa a ela e sentou-se ao seu lado, deixando os fósforos na mesa. Ela imediatamente pegou a caixa de fósforos e acendeu um, observando apequena chama tremeluzindo para a vida. Com agilidade, levou-o até os pavis, acendendo as duas velas, depois apagou o fósforo.


— Espero que não se importe. Adoro o aroma de velas.


— De forma alguma.


       Ele se levantou do sofá e apagou o abajur, a sala estava agora iluminada pelo tímido brilho das velas. Ele sentou-se mais perto dela quando voltou ao sofá, observando-a olhar para a vela. Tomou um gole de cerveja, imaginando no que ela poderia estar pensando.


— Sabe há quanto tempo que não fico sozinha à luz de velas com um homem? — disse, virando o rosto para ele.


— Não. — ele respondeu.


— Foi uma pegadinha, porque a resposta é nunca — ela mesma parecia surpresa com o fato.


— Não é estranho? Já fui casada, tenho um filho, já namorei, e isso nunca tinha acontecido antes — hesitou. — E se você quer saber a verdade, esta é a primeira vez que estou sozinha com um homem, na casa dele, desde que me divorciei — disse, quase envergonhada.


— Me diga uma coisa — disse, com o rosto bem próximo ao dele.


— Você teria me convidado para sair se a iniciativa não tivesse sido minha? Responda com sinceridade. Vou saber se você estiver mentindo.


Rodou a garrafa com as mãos.


— Não sei ao certo.


— Por que não? — pressionou.


— Qual o problema comigo...


— Não tem nada a ver com você — interrompeu.


— Tem mais a ver como que Nana poderia pensar.


— Por que ela é sua chefe?


— Porque ela é sua avó. Porque a respeito. Mas, principalmente, porque respeito você. Me diverti muito hoje à noite. Não consigo imaginar ter passado uma noite melhor na companhia de ninguém mais nos últimos cinco anos.


— E ainda assim você não teria me convidado? — ela parecia confusa.


— Não disse isso. Disse que não tinha certeza.


— O que é o mesmo que não.


— O que significa que estava procurando encontrar uma maneira de convidá-la sem ofendê-la, mas você foi mais rápida. Entretanto, se estiver perguntando se eu queria convidá-la para sair, a resposta é sim, eu queria.


Tocou seu joelho no dela.


— De onde vem tudo isso?


— Digamos que não sou uma mulher de sorte no mundo dos relacionamentos afetivos. Ele sabia que era melhor ficar em silêncio, mas, quando ergueu o braço, sentiu-a aninhando-se debaixo dele.


— No começo, eu não me importava — disse, finalmente.


— Quer dizer, estava tão ocupada com Lucas e a escola, que não prestava muita atenção nisso. Mas depois, quando continuava acontecendo, comecei a pensar mais no assunto. Pensava sobre mim. E me fazia as perguntas mais absurdas possíveis. Será que estava fazendo algo errado? Será que não estava prestando atenção suficiente? Será que tenho um cheiro esquisito? — tentou sorrir, mas não conseguia esconder totalmente a tristeza interior e a dúvida. — Como disse, absurdos. Porque de vez em quando conhecia uma pessoa e achava que estávamos nos dando bem e, de repente, ele deixava de aparecer. Não só parava de telefonar, mas agia como se eu tivesse uma doença contagiosa. Não entendia. Ainda não entendo. E isso me incomodava. Me machucava. Com o tempo, foi ficando cada vez mais difícil culpar os homens, e finalmente cheguei à conclusão de que havia algo errado comigo. Que simplesmente estava destinada a viver minha vida sozinha.


— Não há nada de errado com você — disse, pressionando o braço dela para dar-lhe segurança.


— Se você me der uma chance, pode ter certeza de que vai encontrar alguma coisa.


Alfonso pôde perceber a mágoa por trás da brincadeira.


— Não. Não acho que vou.


— Você é um doce.


— Sou honesto.


Ela sorriu e tomou um gole de cerveja.


— A maior parte do tempo.


— Você não me acha honesto?


Ela deu de ombros.


— Como disse. A maior parte do tempo.


— O que isso quer dizer?


Colocou a garrafa de cerveja na mesa e organizou seus pensamentos.


— Acho que é uma pessoa maravilhosa. E esperto, trabalhador, gentil, e é maravilhoso com Lucas. Isso eu sei, ou pelo menos acho que sei, porque isso eu vi. Mas é o que você não diz que me faz ter dúvidas a seu respeito. Digo a mim mesma que conheço você, mas, quando penso nisso, percebo que não é verdade. Como você era na faculdade? Não sei. O que aconteceu com você depois disso? Não sei. Sei que você esteve no Iraque e sei que veio do Colorado a pé, mas não sei o porquê. Quando pergunto, você diz que Hampton pareceu ser um lugar agradável. Você é uma pessoa inteligente, com nível universitário, mas está feliz em trabalhar por um salário-mínimo. Quando pergunto o porquê, você diz que é porque gosta de cachorros — ela passou as mãos pelos cabelos. — A questão é esta: sinto que você está me falando a verdade, só que você não está me falando toda a verdade. E a parte que está deixando de fora é a parte que me ajudaria a entender quem você é.


       Ouvindo-a, Alfonso tentou não pensar no que não tinha dito a ela. Sabia que não podia contar tudo; nunca contaria tudo a ela. Ela jamais entenderia, mas... Ela queria saber quem ele realmente era. Mais do que tudo, percebeu que queria que ela o aceitasse.


— Não falo sobre o Iraque porque não gosto de me lembrar do tempo que passei lá.



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Autor(a): Bruna Portilla

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Leitores, por hoje é só. Espero que estejam gostando. Próximas cenas é hot. Talvez postarei amanhã, se depender de vocês posto hoje. Quero comentários! Muitos comentários hein. Beijos.     Ela balançou a cabeça. — Você não tem que me falar se não quiser... &md ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 125



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  • isajuje Postado em 18/11/2012 - 11:26:10

    E agora pfv, mais >.<'

  • isajuje Postado em 18/11/2012 - 11:25:38

    oonw, não fique triste, você sabe que eu não te abandono KK' é que eu estou um tanto quanto atarefada em off e por isso não estou comentando. Assim que possível eu comento a fanfic.

  • nataliacphotmail.com Postado em 13/11/2012 - 12:55:36

    Fic inspirada em &quot;Um Homem de Sorte&quot;, amo essa história *--*

  • isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:22:13

    amo sz'

  • isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:21:20

    Como Cada Día &#9829;

  • isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:20:20

    continue, please! :(

  • isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:19:49

    &#9829;

  • isajuje Postado em 06/11/2012 - 22:19:37

    AAAAAAAAA, que coisa boa >.<' KK' agora sim, estou gostando mais ainda da história.

  • isajuje Postado em 02/11/2012 - 11:09:26

    Ah, tudo bem Bruna Portilla, eu entendo. Melhoras pra você, sei como dói ç.ç' já tive infecção na garganta tbm, vê se te cuida, hein?

  • isajuje Postado em 30/10/2012 - 16:50:10

    psé.


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