Fanfic: Riot (+18) | Tema: Amor Doce
Cheguei na escola no horário certo mas estava super cansada, o show da noite anterior tinha acabado comigo, na hora do intervalo eu comprei um refri e pus meus fones de ouvido e fechei os olhos
“Behind those eyes lies the truth and grief
Behind those beautiful smiles, I`ve seen tragedy
The flawless skin hides the secrets within
Silent forces that secretly ignite your sins
Fly Away
Fly Away
From the torch of blame
They hunt you
Lucifer`s Angel” (*)
Alguém me tocou no ombro, era o Nathaniel, eu tirei um dos fones.
- Ermm... Você esta ocupada? – ele perguntou meio sem jeito
- Tô não, que foi?
- Você pode me ajudar a arrumar a sala dos representantes? Eu não estou conseguindo sozinho é muito coisa, queria ajuda...
- Beleza, preciso realmente fazer algo senão eu durmo aqui – eu disse rindo
Fomos arrumar a sala e enquanto eu arrumava muita gente entrava e saía e o Nathaniel deixou o trabalho praticamente todo pra mim, pois toda hora tinha que falar com alguém, mas eu tava de boa, eu tinha que afastar aquele sono, eu tinha dormido muito pouco
- Nath querido, arrumou uma empregadinha nova? – disse a “Barbie” que tinha me enchido o saco no primeiro dia
- Ambre se você não quer nada aqui, sai e faz alguma coisa – Ele parecia irritado
- Então seu nome é Ambre? Bom saber “Barbie”, me enche de novo que você vai deixar de ser uma boneca pra virar sucata, viu? – eu disse encostando ela contra a porta fechada com um sorriso irônico – então fica quietinha e vai retocar sua maquiagem vai? Talvez melhore sua cara - então eu sussurrei pra ela – agora, sai daqui...
Ela saiu correndo como se tivesse visto um fantasma, e eu rachei de rir.
- Você não devia fazer isso... – Disse o Nathaniel
- Desculpa Nathaniel, mas é que eu não suporto o tipo dela, mas fica tranqüilo, eu não sou de briga – eu disse sorrindo - Ela é sua namorada ou algo assim? Ela parecia bem intima a você.
- Infelizmente somos íntimos sim, ela é minha irmã...
- Desculpa... Não sabia...
- Tudo bem, ela não se da bem com muita gente por aqui... Já estou ficando acostumado...
- Bem a sala ta arrumadinha – eu falei pra mudar de assunto – Mais alguma coisa?
- Não... a diretora esta tendo uma reunião com os professores parece que hoje o intervalo vai ser longo, vamos comer alguma coisa.
Nós fomos para o pátio e sentamos debaixo de uma arvore, eu fiquei comendo uns salgadinhos e ele comendo um sanduíche que trouxe de casa. Então senti aquela sensação de alguém me observando de novo, já sabia que isso era sinal do Castiel, olhei pra trás e vi ele parado me olhando.
- Yo! Cabeça de rabanete, vem cá, e trás esse troço aí que você ta bebendo – eu gritei pra ele, mas ele fingiu que não era com ele.
- Peraí Nathaniel, já volto, fica aí – eu disse sorrindo
Andei na direção do Castiel e puxei ele pelo braço
- Eu falei com você, não vem dar uma de desentendido e vem cá!
Ele parecia meio nervoso, mas estranhamente não apresentou resistência, puxei ele até onde eu estava sentada antes e Nathaniel olhou aquilo com uma cara meio estranha e eu me sentei puxando o Castiel pra que ele fizesse o mesmo, ele só ficou encostado na arvore.
- Você é um chato, senta aí pra gente conversar, meu pescoço vai ficar dolorido – eu impliquei, mas ele não se moveu
Nathaniel estava com a cara de “pessoa mais incomodada do mundo” falou que tinha que fazer qualquer coisa e entrou na escola.
- Eu heim... Ele ficou estranho do nada... Que será que deu nele? – eu pensei em voz alta
- Babaquisse – disse o Castiel sentando do meu lado – Ele é idiota assim o tempo todo.
- Sei lá... Achei ele gente boa... – eu disse roubando a bebida que estava na mão do Castiel e bebendo – Você é mesmo um espertinho, refrigerante batizado
- Você bebeu tudo?! – brigou ele
- Não sério? Pensei que só tinha dado um golinho – eu disse rindo ironicamente.
- Fiquei sabendo que você bateu na Barbie-Ambre – disse ele rindo
- Não bati não, só ameacei, eu não bato em quem é mais fraco que eu não.
O Sinal tocou e a Diretora estava na porta de escola chamando os alunos
- Alunos devido a alguns problemas de infestações na escola, vocês vão ter uma semana de folga, a partir de agora...
Foi uma gritaria e uma correria só, todo mundo pegando suas coisas para ir embora o mais rápido possível da escola. Eu fui até sala de aula, peguei minha mochila e estava de saindo quando vi o Nathaniel e o Castiel discutindo no portão, passei por eles acendi um cigarro dei duas baforadas e comecei a bater palmas, os dois pararam e me olharam.
- Vamos, continuem, o espetáculo tava ótimo – eu falei séria
- Isso não é da sua conta! – gritou o Castiel
- Então esta bem, Sr. Castiel, Nath, posso te chamar de Nath? Já que a aula acabou cedo, quer ir ali na esquina tomar qualquer coisa? – eu disse sorrindo
- Claro - disse o Nathaniel saindo de perto do Castiel.
- O Sr. Mal-humor-em-pessoa pode vir junto se quiser – eu disse olhando para o Castiel – eu pago
Fomos os três a uma lanchonete na esquina, eu e o Nathaniel íamos à frente, enquanto o Castiel ia uns passos atrás, meio contrariado. Chegamos e nós sentamos numa mesa ao ar livre, eu pedi uma Tequila, Nathaniel pediu um suco e o Castiel ficou no refri. O silencia estava tenso então comecei a tagarelar sobre mim para ver se alguém falava alguma coisa.
- O Rabanete sabe, mas Nath você sabia que eu toco numa banda?
- Para de me chamar de rabanete! – o Castiel falou entre os dentes
- Quer que eu te chame como? Carrancudo? – minha ironia tava surpreendendo ate a mim
- Pelo meu nome... – ele parecia estar com muita raiva, então deixei quieto
- Mas Virginia, você disse que toca numa banda, qual o nome? – perguntou o Nathaniel querendo quebrar o clima ruim
- Chama Riot, temos musicas próprias, mas também tocamos covers de bandas conhecidas – eu falei sorrindo, agradecida por ele ter falado alguma coisa
- Riot... Hmm... Já ouvi falar da sua banda, não foram vocês que abriram um show recentemente?
- Foi sim, ajudou bastante a divulgar a banda, ate comprei uma guitarra nova, minha antiga tava em frangalhos... O Castiel me viu tocando ontem né? – eu disse tentando colocar ele na conversa
- Uhum – disse ele num grunhido
- Vocês se importam se eu fumar? Sempre que bebo sinto vontade de fumar – eu disse meio sem jeito
- À vontade – os dois falaram ao mesmo tempo, Nathaniel sorrindo e o Castiel com cara de “quem-não-ta-nem-aí”
Peguei um cigarro na minha cigarreira prateada e acendi, enquanto eu fumava eu notei que os dois se olhavam de um jeito que eu achei que iam sair faíscas.
- Castiel, pelo jeito que você pegou na minha guitarra parecia que você saber tocar também, você tem banda?
- Não – disse ele secamente
- Você sabe tocar algum instrumento Nath?
- Sei tocar um pouco de bateria... – disse ele meio jeito
- Já sei, por que a gente não toca um pouco lá em casa? Só pra passar o tempo. Todos os instrumentos da banda tão lá em casa, a gente ensaia lá sempre. Vamos?
- Eu não to afim – o Castiel disse
- Você vem Nath? Eu te levo lá...
- Bem... Se nós não demorarmos muito acho posso ir...
Acabamos de beber e eu pedi a conta, enquanto o garçom fechava a conta e peguei um guardanapo e uma caneta que estava no meu bolso e comecei a escrever. Depois da conta paga nós nos levantamos para ir, mas antes eu enfiei o guardanapo dentro do bolso da jaqueta do Castiel e fui com o Nathaniel até onde minha moto estava, ele foi na garupa e logo eu dei partida.
- O que você estava escrevendo naquele guardanapo?
- Um bilhete
Depois que eles tinham ido Castiel ainda ficou andando um pouco ate que enfiou a mão no bolso da jaqueta e tirou um guardanapo escrito:
“Se você não vier vai perder quero muito que você venha Rabanete, sem você não tem graça Beijos Virginia”
E no final o endereço. Castiel ficou um pouco pensativo.
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(*) The Rasmus - Lucifer`s Angel
Autor(a): RahYuki
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Depois de muitas curvas e “costuradas” no transito eles finalmente chegaram à casa da Virginia, era uma casa enorme de dois andares. - Você mora com seus pais? - Não Nath, eu moro sozinha, meus pais estão sempre viajando... Vamos entrar? A casa estava um brinco o chão até brilhava - Droga a vizinha arrumou a casa de ...
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