Fanfic: Mamãe Sem Querer *AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Anahí deteve-se à advertência de Alfonso, princi­palmente devido ao tom no uso do nome completo. O ódio que cegava-a, que deturpava-lhe a visão, sumiu de repente. Viu como Alice empalidecera e percebeu o que fizera. Não arriscou olhar para Alfonso, pois o reflexo de seu humor refletia-se no semblante da sogra.

- Sim, suponho que seja o bastante. — Mas, por mais que tentasse, Anahí não podia deixar de acres­centar.

— Não é muito melhor deixar tudo claro? De­testo viver numa mentira.

Com o canto do olho, viu como Alfonso segurava a xícara de café, alertando-a de que sua paciência esgotava-se rapidamente. Agora, assim como o ódio, a co­ragem também se fora e ela não podia mais permanecer na sala.

- Vou deixá-los pensando no assunto! — declarou, indiferente, e levantou-se.

Foi difícil manter a cabeça erguida e as costas retas enquanto dirigia-se para a porta, ciente do par de olhos verdes cravados nela, queimando-lhe a pele. Ia simples­mente retirar-se do ambiente sem dizer nada, mas, de repente, uma idéia surgiu-lhe à mente e voltou-se.

- Se por acaso estiver imaginando se esse filho é realmente de Alfonso, ou seja, acrescentando mais uma às minhas limitações, se estou sendo acusada de in­troduzir um ovo de chupim em sua família, deixe-me assegurá-la de que não há dúvida sobre essa questão. Entenda, eu até hoje só dormi com uma pessoa. Então não importa o quanto gostaria que fosse diferente, o meu filho será definitivamente um Donellan e, por isso, seu neto, em todos os testes de paternidade que venha a fazer.

Certa de que o pouco de compostura que ainda pos­suía não ia durar muito, voltou-se, saiu quase correndo e subiu a escada, dois degraus de cada vez.

Alfonso não estava muito atrás dela. Acabara de recu­perar o fôlego, e um pouco da compostura, quando ele chegou ao quarto, o olhar raivoso, os músculos do rosto tensos, de tal forma que ela se sentiu amedrontada.

- Que raios foi aquilo? — inquiriu ele, recostando-se à porta para que ela não tivesse a opção de fuga, caso fosse tola o bastante para tentar.

- Não sei por que está tão aborrecido! — Anahí tentou desafiar. — Eu só disse a verdade e já era hora de sua mãe saber. Não posso decepcioná-la mais do que isso.

- Decepção não é o termo — vociferou Alfonso.

- Bem, pior então. É o fato de ser eu e não Phillippa!

- Acha que não sei disso? — Alfonso passou as duas mãos pelo cabelo escuro e respirou fundo e irregular­mente. — Você definitivamente não é Phillippa, mas é minha esposa e a mãe do meu filho... não importa como tenha acontecido e, quando minha mãe se acal­mar, também vai aceitá-la dessa forma.

- Ela está muito zangada? — Anahí sentiu a ir­ritação aplacar-se, deixando-a trêmula, como sempre se seguia às explosões de emoção.

- Quer mesmo que lhe responda?

- Oh, ora. — Ela foi até a beira da cama. — Talvez seja melhor eu ir e...

- Não faça mais nada! A minha reputação já está em ruínas.