Fanfics Brasil - Capítulo II Minha Rainha Branca de Neve

Fanfic: Minha Rainha Branca de Neve


Capítulo: Capítulo II

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Capítulo II


 


 


 


Vivemos esperando dias melhores
Dias de Paz
Dias a Mais
Dias que não deixaremos para trás

Vivemos esperando
O dia em que seremos melhores
Melhores no Amor
Melhores na Dor
Melhores em Tudo

Vivemos esperando
O dia em que seremos
para sempre
Vivemos esperando
Dias Melhores pra sempre
Dias Melhores pra sempre


 


 


 


__Volte aqui mocinha - Gritava Frank com uma vassoura na mão. –Sua desgraçada, volte aqui!
Mas Jasmim só ria enquanto acelerava sua bicicleta.
“Tanto drama só por causa de uma florzinha!” - Pensou ela.
Jasmim parou a bicicleta em frente a um mercadinho pequeno e muito organizado. Entrou com a mão no bolso, e retirava umas notas de dinheiro amassado, e algumas moedas.
__Mais que droga!-Disse ela triste.
__O que foi minha menina?
__Não vai dar para comprar a cesta básica desse mês!
__Deixe-me ver quanto tem ai.
Ela pôs o dinheiro no balcão, e deixou o Sr. Adolfo contar.
__E então?-Disse ela nervosa, por achar que passaria fome mais alguns dias.
__Eu vou perdoar os R$4,50 que falta.
__Sério?
__Ora, claro que é sério!
Jasmim rodou o balcão, e pulou no colo de Adolfo beijando sem parar, a face corada dele.
__Obrigada, obrigada, obrigada, obrigada... -Repetia ela realmente grata.
__Ora menina, pare com isso!Assim fico sem jeito.
__Aih... Nem sei como agradecer... De verdade!
Ele a ajudou a prender o saco lacrado na garupa da bicicleta velha e vermelha, e ela saiu feliz. Tinha comida suficiente para ela e Dodh... Seu cachorro!
Andou despreocupadamente pela avenida, até chegar a um bairro mais humilde. Desceu ate encontrar uma rua estreita de terra batida, e parou a bicicleta em frente a uma casa pequena com a fachada branca, onde a tinta estava desmanchando. Destrancou a porta de madeira e entrou empurrando a bicicleta.
__Que sensação esquisita!-Disse ao fechar a porta.
Seu coração estava apertado demais. Sempre que ele ficava assim, é que algo de ruim ou desconhecido estava para acontecer. Preocupou-se com Dodh e seguiu para a cozinha, abrindo a porta de madeira que levava para o pequeno quintal.
__Dodh... fiu fiu..-Assoviou alto. Então o cachorro de um ano e pouco, veio ao seu encontro abanando o rabo, e pulando em seu colo de tanta felicidade. -Que susto meu bebê, pensei que tinha acontecido algo com você.


Sonhava em casar e ter filhos. Acreditava poder estudar e trabalhar, da mesma forma que muitos fazem. E achava desperdício ver meninas de 14,15 anos não dando valor para os estudos. Se elas soubessem que Jasmim daria tudo para estar no lugar delas, talvez lhe emprestasse um dia de sua rotina “chata”, como elas diziam.
Jasmim estava senta no sofá bordando uma toalha de mesa, quando a sensação retornara aos seus sentidos.
__Dodh... Pega ladrão.
O cachorro começou a farejar todo o local,até começar a latir para a porta furiosamente.
__Quem é?-Gritou ela nervosa.
__Meu nome é Henry, eu vim para conversar com a senhorita sobre um emprego disponível no mesmo lugar em que trabalho.
__Emprego?!-Balbuciou incrédula... Ouvira certo?-Que tipo de emprego?-Indagou indecisa.
__De domestica. Se abrir a porta, poderemos conversar melhor.
Jasmim pensou bem, ela não tinha relógio, mas deveria ser umas 19h00min da noite. Resolveu confiar em Deus, e abriu a porta.
__Obrigado. Meu nome é Henry Machado, sou um faz tudo na mansão onde eu moro, e o meu patrão esta a procura de uma ajudante para a empregada de lá. É temporário, mas ganha bem.
__E como soube de mim?-Disse sem abrir um espaço maior para ele entrar em sua casa.
__Muita gente lhe conhece. Foi fácil conhecer suas ex-patroas e boas recomendações.
Jasmim ficou calada, pensou por um momento e, em seguida, abriu a porta um pouco mais para ele entrar. Serviu-lhe um pouco de água, e fez mais algumas perguntas.
__Que coisas eu faria?
__Lavar, passar, limpar... Nada que a senhorita nunca tenha feito.
__Hum... Eu não vou precisar dormir lá não,né?
__Não. A senhorita pode ir de manhã por volta das 07h00min vir para o almoço com duas horas para o mesmo, e sair do expediente as 17h00min.
__Hum... E quanto vocês vão me pagar?
__R$ 750,00 por mês, fora vale transporte e plano de saúde.
Jasmim arregalou os olhos. Em toda a sua vida nunca conseguiu ganhar tanto dinheiro por mês,quanto ele estava oferecendo. Talvez fosse mentira.




__Aih Dodh,estou tão ansiosa!Se eu ganhar aquele grana toda que ele prometeu, vamos viver no luxo!

A segunda-feira chegou ensolarada. Jasmim se levantou apressada, tomou um banho, vestiu a melhor roupa que tinha, e seguiu para o endereço que Henry lhe dera. Ao chegar lá, se deparou com uma mansão. A fachada era exuberante. O muro era de pedra antiga, coberto por plantas trepadeiras. O portão de madeira era alto e mais largo que o normal. Ao lado do portão, havia uma casinha bem pequenina, pelo o menos, foi assim que em pensamentos, Jasmim a nomeou.
__Bom dia senhorita, posso lhe ajudar em alguma coisa?-Disse o porteiro ao vê-la parada em frente ao recinto.
__Vim fazer um teste de trabalho.
__Ah... E. Tem... Tem certeza que não errou o endereço?
__Aqui mora o senhor... Hum... Senhor -Ela pegou um pedacinho de papel, e entregou para ele- Esse senhor ai..
__Não sabe ler?
__Claro que sei. -Disse ofendida, mas estava mentindo, ela nunca lera nem a primeira vogal.
__Bom, sendo assim, vou te anunciar para o mordomo.
__Ta.
Depois de ser anunciada, Jasmim foi conduzida por Henry para dentro da casa.
Mas ela estava maravilhada com o amplo jardim que havia em frente ao local. Era tudo muito verde, de tons variados. Havia vários pontinhos vermelhos, rosas e brancos que era as flores distribuídas alegremente pelo local. Entraram pela porta da área de serviço, que era por onde os empregados tinham acesso ao lado de dentro da casa.
Ao adentrar o recinto, ela vislumbrou uma cozinha ampla do tamanho de sua pequena casa. Mulheres com uniforme branco e preto cozinhavam e arrumavam o local. Era 3 ao todo.
__Estas são Marta,Larissa e Julia.-Disse Henry mostrando cada uma.
Larissa era a que estava grávida. Jovem de no mínimo 26 anos, era bonita e impecável na sua arrumação.
Maria era a mais velha de todas. Tinha 65 anos e estava à frente do fogão.
Julia era a do meio. De no mínimo 42 anos, parecia ser simpática com seus cabelos negros, presos em um coque bem feito.


Depois de ouvir as orientações de Henry, e vestir seu uniforme, Jasmim seguiu Henry mais uma vez para conhecer seu patrão.
Seguiram por um corredor longo com as paredes brancas e sem vida. Estava tudo muito bem limpo, na verdade o chão estava impecável em relação à limpeza.
Entram em um cômodo quase escuro por completo. As cortinas fechadas dava um aspecto sombrio para o local. As estantes cobrindo boa parte das paredes estavam amarrotadas de livros grossos, finos, grandes, pequenos, velhos e novos. Jasmim olhou maravilhada para todos aqueles livros, pois sempre sonhara em saber ler para viajar no mundo da fantasia criada por cérebros criativos. Conhecer cidades que nunca fora ou existiu, através de uma pagina cheia de letrinhas que, para Jasmim, eram indecifráveis.
Mas parou repentinamente, quando viu um ser dominador a assustador sentado na cadeira atrás da escrivaninha. Esta ficava no lado oposto da porta, exatamente em frente. Ele usava roupas escuras, e lia alguns papeis na luz que uma pequena brecha da cortina atrás dele.
“Com um lindo dia lá fora,para que ficar com todas aquelas janelas fechadas?” Pensou Jasmim. “Talvez ele seja um homem triste. Tadinho,tão rico e nessa tristeza toda!”
__Senhor,esta é Jasmim Fernandes,a nova empregada-Disse Henry com um respeito surpreendente.
Arthur levantou a cabeça lentamente,como se estivesse erguendo um fardo pesado demais.
A olhou por completo,avaliando seus trajes e penteado. Jasmim estava como todas as outras empregadas da mansão: Perfeita.
__Aproxime-se Jasmim - Disse Henry tocando-lhe as costas, em um gesto sutil.
Jasmim atravessou o local, resignada. Não sabia o que fazer, ou como agir. Quando estava próximo a mesa, parou.
__Bom dia Senhor!-Disse ela em uma voz baixa, mas respeitosa.
__Bom dia. Sente-se.


A voz que soara era rouca e grave. As palavras que fluíram eram frias, mas objetivas.
Nada alem de acatar aquela ordem, veio na mente de Jasmim.
Ela se sentou submissa, aqueles olhos cor de mel, eram sombrios. Neles havia segredos que Jasmim não queria desvendar.
__Quero que leia este contrato e depois assine-Disse ele dando-lhe duas folhas redigidas.
No instante em que ela pegou os papeis, o pavor tomou-lhe conta. Não sabia ler e, por isso, poderia esta assinando algo de ruim, por pura ignorância.
Quando tinha 12 anos, ainda morava com os pais. Ao lado de sua casa, morava uma professora aposentada, que se indignou com o fato de Jasmim não saber sequer, assinar seu próprio nome. Por longos dias, ela ensinou a menina a escrever seu nome,mas morrera antes de poder lhe ensinar algo mais. Depois dela, não houve mais ninguém capaz de ser caridoso para com ela.
Jasmim fingiu ler o documento, não podia perder uma oportunidade tão boa de emprego. Depois de alguns minutos, pegou a caneta e assinou devagar, para não errar nada. Em toda a sua vida, treinara aquelas únicas palavras, transformando uma caligrafia grotesca,em letras delicadas e redondas. Ao terminar de assinar, sentia que os olhos daquele homem pesavam em cima dela.
__Pronto... Senhor!-Disse ela empurrando educadamente, a folha em cima da mesa.
__Concorda com tudo que esta escrito ai?
__Sim. -Sua voz saiu tremula. Como discordar de algo,se não sabia se falaria coisas desnecessárias?
__Ótimo.
Arthur pegou os papeis e olhou a caligrafia de Jasmim.
__Para quem não sabe ler, escreve bonito.
__Q... Que?!
Arthur levantou os olhos para ela, mas permanecia sério.
Era de seu conhecimento que Jasmim não sabia ler. Descobrira fazia alguns dias, e confirmara a pouco quando ela fingira aflita, que lia o contrato.
__Eu disse que para quem não sabe ler, tem uma letra bonita.
__Va.. .Vai me demitir por... Por isso?
__Não. Mas acho que deveria saber ler. É algo muito importante no mundo de hoje.
__Não tive chance de aprender!


__Henry.
__Sim Senhor. -Henry apareceu ao lado dele como um sopro rápido.
__Deixe-a familiarizada com tudo.
__Certo. Vamos Jasmim.
Jasmim se levantou e seguiu Henry, imitando-o na hora de sair pedindo licença.
O dia seguiu-se longo e cansativo para Jasmim. A mansão era muito grande e, alem de limpar, ela ainda tinha que ouvir as constantes orientações de Henry sobre como ela deveria fazer o quê.


No fim do dia,recebera os vales transporte do mês,e seguiu para sua casa.
__Oi Dodh,ficou com saudades?-Disse ela brincando com o cachorro. -Hoje eu conheci meu patrão. Ele é muito estranho, me dá medo!
No entanto, a primeira semana que se seguiu,Jasmim aprendeu que Arthur não era o tipo de homem que transitava pela casa. Henry resolvia tudo, desde o pagamento das contas, até a limpeza da casa.
No terceiro dia, fora chamada por Arthur em sua biblioteca.
__Me chamou senhor?-Disse ela entrando cautelosamente no recinto.
__Entre.
__Sim senhor.
Jasmim obedeceu observando-o com cautela. Ele parecia não ter mudado de roupa, estava com os trajes escuros e mantinha-se na mesma posição.
__Sente-se. -Mais uma vez, Jasmim obedeceu. -Tenho pensado um pouco sobre você não saber ler. Diga-me, por que não sabe?
__Eu... Eu não gostaria de falar sobre isso... Se... Se eu puder escolher eu...
__Eu não pedi. Eu quero saber.
O rosto de Jasmim fora tomado de uma vermelhidão intensa.
Porem, sua vermelhidão era pura raiva. Nenhum homem, aliás, nenhuma pessoa naquele mundo jamais lhe dera ordens em relação a sua vida pessoal. Mas mantivera a calma, afinal de contas, estava trabalhando para ele,e ganhando bem.


__Meus pais não eram lá pais muito bons... Eles não ligavam se eu ia ser uma burra, ou uma inteligente.
__Pessoa inteligente.
__Como?
__No contexto em que você emprega a palavra, se diz: Pessoa inteligente. Ou seja, Eles não se importavam com o fato de que você se tornaria uma pessoa ignorante, ou uma pessoa inteligente.
__Ah!-Jasmim abaixou a cabeça constrangida. De repente, sentiu-se ofendida. -Eu não sou nenhuma ignorante. Se fosse, já teria te dado uns tapa pra aprender!-Disse irritada.
Arthur respirou fundo, olhou-a por cima das pálpebras e disse:
__Eu não te chamei de pavio curto, ou coisa do tipo. Eu disse no mesmo sentido em que você colocou a palavra: burro!
__Ah... Desculpe!
__Vê a importância de saber ler?Se soubesse ler, entenderia o sentido em que empreguei as palavras.
__Sim...
__Quero te ensinar a ler. -Disse repentinamente.
__Que?
__Quero te ensinar a ler.
__Por quê?
__Porque não tenho nada melhor para fazer. E porque, é importante que você saiba ler. Entenda isso como uma chance.
Jasmim o olhou irritada. “Nada melhor para fazer?”
__Não precisa se incomodar comigo,senhor!
__Engana-se se acha mesmo que me incomodo com você. Estou apenas fazendo uma caridade.
Jasmim arregalou os olhos e, em seguida, ergueu-se furiosa.
__Não preciso que sente pena de pena de mim. Não sou nenhuma coitadinha!
__Eu não disse isso.
__Foi o que eu entendi.
Arthur gargalhou alto, e recostou-se melhor na cadeira de couro na qual estava sentado. Prestou atenção naqueles olhos negros e que cintilava a pura emoção da raiva.
__Do que esta rindo?Ta vendo algum palhaço aqui por acaso?-Disse ela.
__Não.
__Hum...
__Você me entendeu mal. Alem do mais, onde é que acharia uma pessoa para lhe ensinar a ler,nessa altura do campeonato?Acho que em lugar nenhum.


Jasmim sentou-se novamente, mas dessa vez, permaneceu encolhida. Ele estava certo! Ela tinha 23 anos, e não acharia mais ninguém com bondade o suficiente para lhe ensinar qualquer coisa.
Sempre fora muito mal tratada por inúmeros motivos. Alem de ser muito pobre e não saber ler e escrever era órfão e vivia só. Jamais tivera um namorado, e nem um primeiro beijo decente. Era muito inocente sobre diversos pontos, e não se achava a mulher mais linda do mundo.
Seus cabelos desgrenhados, suas unhas sujas e compridas, seu rosto sem qualquer tipo de maquilagem. Tudo junto tornava-se ótimos fatores que contribuíam com a critica e zombaria alheia.
Isso a feria profundamente. Perdera as contas de quantas vezes passara a noite em claro, derramando lagrimas e se perguntando do porquê de ser tão só.


“Mas hoje eu sou forte”



__O senhor ta certo!-Disse ela de cabeça baixa.
__Seu horário funcionará assim: Das 07h30min as 12h00min. Depois das 14h00min as 17h30min. Esse é o seu horário de trabalho. Das 17h30min as 18h30min será o seu horário de aula comigo. Quando der 17h30min você vai vir para cá. Entendido?
__Sim.
__Agora vá. Seu novo horário começa amanhã.



♦♦♦




O dia seguinte fora muito mais puxado que o anterior. Larissa já não estava mais lá para auxiliar em qualquer coisa. Jasmim recebera todas as funções de Larissa, e um pouco mais por ser o dia de folga de uma das outras empregadas.
__Jasmim!-Disse Henry se aproximando dela na cozinha.
__Sim?
__Já são 17h30min.
Jasmim se levantou apressada e seguiu para a biblioteca quase entrando sem bater.
__Com licença senhor, posso entrar?
__Deve.


Jasmim entrou meio eufórico. Era como uma criança quando ia à escola pela primeira vez. Talvez ela fosse mesmo uma criança, pois nunca saíra de sua infância por completo.
Sentou-se em uma das poltronas enquanto observava Arthur fazer o mesmo. Entre as duas poltronas, havia uma pequena mesa arredondada onde jazia alguns livros, um caderno, lápis, borracha e caneta.
__Vamos começar pelo simples.-Arthur pegou o caderno,abriu na primeira folha em branco,e a entregou junto com uma caneta.- Escreva o seu nome com as letras afastadas.
__Ta.
Tendo um pouco de dificuldade,Jasmim obedeceu a primeira ordem de seu “professor”.
Arthur iniciou explicando o pronunciamento de cada letra do nome dela e,em seguida,o pronunciamento de cada silaba.
E desta forma,os dias seguiram-se.
Ela aprendera rápido o ritmo de sua nova rotina, e a realizava sem se queixar. Demonstrava-se muito esforçada, pois tudo que lhe era ensinado, ela repetia sempre para poder tentar aprender o mais rápido possível.
Já não era segredo para mais ninguém, o fato de ser analfabeta. Pois os pequenos encontros após o seu expediente gerava especulações por todo o recinto entre os funcionários.
Jasmim estava agachado no chão da sala tirando a poeira da mesinha de centro. Nesse instante ouviu dois sussurros conversarem, como se fosse um assunto proibido e, apesar da curiosidade crescer cada vez mais, se manteve na mesma posição.
__...Ah!
__Ah nada! Pra mim eles têm sim um caso.
__É suspeito, mas não sei, não!
__O que mais ela estaria fazendo enfiada naquela sala após o expediente?
__É né!
__Alem do mais, não creio que ele estivesse ensinando algo para ela!Ele não é homem disso.
Jasmim entendeu que estavam falando dela e de Arthur.
Surpreendentemente, uma fúria tomou-lhe conta. Estavam criando hipóteses, por não saberem o que falar!
Revoltada, levantou-se largando o material de limpeza no chão. Olhou nos olhos espantados de cada uma das empregadas, e disse com a voz firme:
__O que vocês têm haver com isso? Não tem nada melhor para fazer não? A vida é minha e não de vocês!
__Calma Jasmim!-Disse uma delas - Só estávamos tentando entender o que você tanto faz lá, trancada com ele.
__ISSO NÃO É DA CONTA DOS FOCINHOS DE VOCÊS!JÁ DISSE QUE O QUE FAÇO, OU DEIXO DE FAZER, É PROBLEMA MEU!
As duas empregadas olharam em volta para ter certeza de que o grito de Jasmim não chamara por ninguém. Vendo que fora apenas um susto, uma delas a olhou com desprezo.
__Cale a boca. Quer chamar a atenção da casa inteira? Sua... Sua...
__SUA O QUE?FALA!FICOU COM MEDINHO, FOI?
__Sua biscate. É isso que você é! Não sabe nem ler, e ainda por cima fica usando o próprio corpo para ficar com o emprego.
Aquelas palavras atacaram Jasmim feito pedras atiradas contra o vidro. Seus olhos se encheram de lágrimas, mas não disse nada ao ver Arthur parado de braços cruzados,atrás das agressoras.
__Se isso estiver acontecendo mesmo -Disse ele com calma, fazendo com que as mulheres se virassem para olhá-lo - não interessa a ninguém,a não ser a mim e srta.Fernandes. Não é mesmo?
__Sim senhor!-Disse a acompanhante da agressora.
__E se isso não lhes cabe, não deveriam esta discutindo o assunto. Não é verdade?
__Sim senhor!
__Jasmim? -Mas não houve resposta- Jasmim olhe para mim quando falo com você.
Apesar de estas palavras terem sido ditas com rispidez de forma assustadora, Jasmim manteve-se abis baixa.
__Eu... Eu não gosto que me tratem desse jeito - Disse ela entre lágrimas. - Eu não... Não tenho culpa se não deu nada certo na minha vida. Sempre tive sonhos, e meu maior sonho não vai ser esquecido. Pessoas horríveis como vocês- Erguendo a cabeça, soltou as suas palavras com a raiva contida- não vão ser capazes de me derrubar de novo. Eu vou realizar os meus sonhos!Mesmo que eu tenha que cuspir em baratas iguais a vocês duas.
Jasmim saiu correndo, deixando o silêncio para trás.


 


 


 


 


 


 



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Autor(a): Escr.Taty

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Capítulo III Preciso acordar e não me notar, preciso vencer sem sequer ganhar,preciso precisar sem sequer ter. Eu quero ser e não perceber vou te amar e não te ter, entender sem estudar. Me ensina a tirar essas marcas e encontrar ... o meu verdadeiro ... me ensina. Vou te olhar de frente então, enfrentar a contradição, sem ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 3



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  • tatyane Postado em 23/10/2012 - 08:36:47

    jujucalcvu A base, características e essa coisa toda, é sim! É Uckerroni! A pesar dos nomes serem Arthur e Joana, são Christopher e Maite

  • jujucalcvu Postado em 23/10/2012 - 06:34:08

    É Uckerroni essa WN? *--* Se for pode contar comigo! Já tem uma leitora!

  • jujucalcvu Postado em 23/10/2012 - 06:34:02

    É Uckerroni essa WN? *--* Se for pode contar comigo! Já tem uma leitora!


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