Fanfic: Como chegamos aqui? | Tema: Rebelde

                                - Nós duas sabemos o que você é, bebê.

                                - Dulce, você é uma mala inconveniente.

                                - Nós também sabemos disso. – As duas sorriram.

                Annie caminhou até a geladeira e pegou uma garrafa de água, encheu um copo e se recostou na pia da cozinha.

                                - Será que hoje o herdeiro Uckerman levará uma boa bronca?

                                - Você deve estar sonhando, Anahí.

                                - Eu sonho às vezes. E vocês? Estão ficando?

                                - Ora essa, Anahí, faça-me um favor e seja mais direta.

                                - O que quer dizer com isso?

                                - Diga logo o que quer com essa pergunta.

                                - Curiosidade, Dulce. Você é minha melhor amiga.

                                - Justamente por isso te conheço melhor que ninguém, você deseja Ucker, Anahí.

                                - Cala a boca, garota.

                             ***

                Christian andava desligado pela rua. Ele parecia repensar ideias, momentos e acontecimentos, mas cada vez as coisas faziam menos sentido. De onde veio? Para onde ia? Qual era o motivo para ter nascido assim? Confuso? Louco? Quem poderia responder?

                Esses pensamentos eram recorrentes, porém as crises eram imprevisíveis. Só uma pessoa parecia farejar esses momentos, seu nome era Belinda, sua irmã caçula.

                Apesar de mais nova, Belinda era uma mãe para Christian. Cuidava, protegia, dedicava tempos e parecia estar ao alcance de um grito, era a irmã perfeita.

                O amor entre Belinda e Christian havia sido instantâneo. Assim que irmã nasceu, Chris se encantou por ela e desde então ela se tornou sua bonequinha. Ele trocava qualquer brincadeira com os amigos para estar com ela, agora era ela quem trocava o mundo por ele.

                Agora ele caminhava pela praia. O celular ainda tocava, ela ainda estava tentando encontra-lo. Ele finalmente pareceu reconhecer que aquela música desconhecida era simplesmente o toque de seu telefone.

                               - Alô!

                               - Onde você está, Cariño?

                               - Bel?

                               - Quem mais, maninho?

                               - Eu não sei onde estou, Bel. Não sei quem sou.

                               - Sem dramas, irmãozinho. Olhe a sua volta. Onde você está? Estou de carro, vou te buscar e nós vamos tomar um café.

                               - ... Na praia, Bel... Em frente ao Beach Pop.

                               - Fique aí, amor, eu já estou chegando.