Fanfic: Como chegamos aqui? | Tema: Rebelde

                               - Mas, Christian... – Ela disse entre selinhos, até ir parando o beijo.

                               - O que foi, bonequinha?

                               - Não temos como ficar juntos. Eu estou grávida de outro cara, tenho um irmão e pais super ciumentos, uma vida inteira para recomeçar... Meus pais vão surtar quando souberem da gravidez, vão querer saber do pai... Vai ser uma loucura. Você jamais poderia se prender a uma mulher grávida.

                               - Bonequinha, lembra quando você disse que já ama esse bebê? – Maite fez que sim com a cabeça. – Eu também já amo esse bebê, Mai. – Ele colocou a mão na barriga dela. – Cuidar de você e dos enjoos que essa pequena sapeca provocou foi a melhor parte da minha vida. – Maite sorriu. – Eu não posso mais viver sem isso.

                               - Ei, como assim essa pequena? Eu quero um menino pra cuidar de mim!

                               - Mas é uma menina. – Ele fez cara de superior. – E você já tem muito menino para cuidar de você. – Os dois riram. – Eu só queria te pedir uma coisa. – Ela olhou atenta para ele. – E eu te peço muito que aceite, pois é a coisa que mais desejo.

                               - Diz logo, Chris! Tá me deixando nervosa.

                               - Me deixa ser o pai desse bebê.

                               - Ham?

                               - Bonequinha... – Ele acariciou o rosto dela. – Tudo o que eu mais quero é ser seu namorado, mas me faria o homem mais feliz do mundo se, além disso, eu pudesse compartilhar a gravidez como minha. – Ela olhava pra ele sem acreditar. – Eu não sei se você ainda quer ter contato com o pai biológico e se é muita pretensão minha querer...

                               - Ei! – Ela o interrompeu e Christian pôde ver que ela tinha lágrimas nos olhos. – Não tem essa de pai biológico, é uma pessoa que pra mim morreu. Eu só... Não acho justo fazer você assumir uma gravidez que não é sua.

                               - Você não está me fazendo fazer coisa alguma. Mai, você não entende que seria uma grande honra para mim? Eu sempre fui um garoto complicado e louco que tinha grandes problemas com a mãe e vivia apanhando do pai. Eu apanhei tanto dele que nem tive coragem de dizer. – Ela o acariciou. – Minha irmã tem sido meu porto seguro desde sempre e eu me sinto um peso na vida dela. Pela primeira vez eu acho que encontrei meu lugar, eu me sinto necessário para alguém. – Ele disse com um enorme sorriso. – E isso é maravilhoso! Eu quero ser pai, quero estar com você, quero estar aqui e fazer parte dessa história, me sentir vivo, como só você me faz.

                               - Oh, Christian! – Ela o beijou enquanto chorava.

                               - Então você aceita? Aceita ficar comigo e me deixa ser o pai do bebê?

                               - Eu não podia desejar ninguém mais perfeito pra mim!

                               - Eu sei que temos um passado conturbado, Mai, mas nada disso interessa, temos um futuro pela frente agora. – Ela sorriu. – Mas todos devem saber que esse filho é meu. Vou com você conversar com seus pais e tudo... Passaremos por tudo juntos. Para todos os efeitos, fizemos amor na casa de Poncho, logo depois daquele dia na boate.

                               - Na casa de Poncho? Ele vai nos matar! – Os dois riram. – Você é demais!

                               - Você que é.