Fanfic: Como chegamos aqui? | Tema: Rebelde

- Não vai dar pra passar, Annie!
- Como assim não vai dar?
- Annie, calma, ok? Olha lá! O lago está transbordando, a ponte está péssima, seria loucura atravessar assim.
- É, Max, mas também não dá mais pra voltar. A rádio não para de falar em queda de árvores. – Ele olhou pra ela demonstrando não saber o que fazer. – Certo... Tem um hotel aqui perto, melhor passarmos a noite.
- É, acho que você tem razão.
Max estacionou o carro. Ele conduziu Annie a protegendo com um guarda-chuva até a entrada do hotel. Era um lugarzinho simples, porém aconchegante, mas estava cheio de gente subindo as escadas uma total balburdia.
- Boa noite! – Uma senhoria sorridente atendia na recepção.
- Boa noite! Queremos saber se há quartos disponíveis.
- Oh, claro! Deram muita sorte. Há um último quarto para o casal. Vocês vão adorar, é uma pensão muito familiar.
- Não, não, a senhora está enganada.
- Annie... Só um instante, senhora! Não alugue nosso quarto. – Ele sorriu e a senhora retribuiu o sorriso.
Max puxou Annie para um canto.
- Quer passar essa noite no carro?
- Claro que não!
- Então não é obviamente melhor ficar num quarto? Eu durmo no chão, sem problema. – Ela o olhou parecendo pensar. – E é melhor deixar que ela pense que somos um casal, quer encarar os olhos julgadores dessa senhorinha?
- Certo... Você tem razão. Vamos pegar o quarto.
***
- Ai... Comi demais!
- Você não está comendo por dois, está comendo por um time de futebol.
- Para com isso. – Mai deu um tapinha em Christian.
- Vem cá, minha bonequinha esfomeada. Me dá um beijinho com sabor de pizza de atum. – Ele deu um selinho nela e ela riu.
- Você me faz muito bem!
- Vocês me fazem o cara mais feliz do mundo! – Ele acariciou a barriga dela. – E acho que o nome dela vai ser comilona... Ou Magali, né? Magrinha e comilona como a mãe.
- Quem disse que é uma menina? E quem disse que se parece comigo.
- Eu sinto, Bonequinha! Eu sinto...
Ela sorriu encantada e acariciou o braço dele se aconchegando no ombro de Christian.
- Como foi que a minha vida foi do inferno ao céu? – Ela disse suspirando.
- Eu também me pergunto a mesma coisa.