Fanfic: Como chegamos aqui? | Tema: Rebelde

- Olha... Até que é um quarto aconchegante. – Max sentou em uma poltrona.

                               - Eu só espero que esse pesadelo acabe logo, eu preciso chegar em casa. – Anahí se sentou na beira da cama.

                               - Você não quer mesmo me contar o que houve?

                               - Eu... Eu não sei...

                               - Vamos lá, Annie, desabafar faria bem. – Ele levantou e se sentou ao lado dela. – O que aconteceu na sua casa.

                               - Foi minha irmã... – Os olhos de Annie se encheram de água. – Ela está sempre aprontando algo Max.

                               - E você sempre tem que reparar os danos. – Ele completou e ela fez que sim com a cabeça.

                               - Só que dessa vez ela foi pega com o professor em uma sala na escola, vai ser um caso complicado, talvez haja polícia e muita confusão e eu nem tenho certeza do nível de inocência da Allison.

                               - Nossa, Annie! – Ele a abraçou.

                               - Sabe, Max, às vezes é cansativo cuidar de tudo.

                               - Eu sei, princesa. – Ele beijou o topo da cabeça dela. – Vamos fazer o seguinte... Meu irmão é advogado. Eu vou ligar pra ele e pedir que ele fique por dentro do caso, ele é experiente em assuntos desse tipo e vai saber avaliar a situação, identificar o que realmente aconteceu. Posso pedir a ele que encaminhe uma psicóloga para conversar com a sua mãe e acalmar a situação até a sua chegada. O que acha da minha ideia? Isso te deixaria mais tranquila?

                                - Sim, acho que eu veria as coisas se encaminhando. – Ela olhou pra ele agradecida.

                               - Fica calma. Você não tá sozinha.

                Ela acariciou o rosto dele e se aproximou dele lentamente começando um beijo. Max sabia o quanto desejava aquele beijo e o quanto aquilo era maravilhoso, mas interrompeu.

                               - Annie... – Ele beijou a testa dela. – Não vamos fazer nada assim, você está fragilizada. – Ela o olhou surpresa. – Acredite, nunca fiz nada tão difícil quanto parar esse beijo, mas você precisa descansar.

                Ele observou ela tirar a sandália e se deitar na cama e então ele a cobriu e deu um beijo no topo de sua cabeça.

                               - Até as heroínas merecem descanso, Loirinha. Não se cobra tanto assim.

                Anahí segurou a mão dele e a beijou. Max sorriu pra ela e foi para o banheiro.

                Quando o dia amanheceu eles seguiram viagem, o sol nasceu e a viagem seguiu tranquila. Quando eles chegaram, a mãe de Anahí já estava mais calma, por conta da conversa com a psicóloga.

                Max teve que voltar para acabar as fotos da campanha. Anahí passou na empresa para explicar sua ausência. Estava subindo para o escritório de Demi quando esbarrou em Mariana.

                               - Mari... O que houve? Está distraída? – Ela olhou para a fotógrafa e viu que ela estava com os olhos vermelhos e inchados. – Ei! – Ela abraçou a amiga. – O que foi? Fica calma... Vem cá... – Ela levou Mari até o banheiro. – O que aconteceu?

                               - Meu noivo, Annie... O Peter. Ele é professor de literatura... Eu acabei de saber que ele foi pego com uma aluna, eu estou tão confusa, humilhada, perdida...

                Anahí foi ouvindo a história e pensando que tudo aquilo era um pesadelo. Não era possível! De todos os homens do mundo, o professor tinha que ser justamente o noivo da fotógrafa gente boa que trabalhava com ela?