Fanfic: Como chegamos aqui? | Tema: Rebelde

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                               - Quem era no telefone? – Ucker saiu do banheiro enrolado em uma toalha.

                               - Era o Max...

                               - Max?

                               - É, Max, o modelo.

                               - O que esse cara queria? – Ucker perguntou com cara de poucos amigos e Dulce riu.

                               - Ei! – Ela se aproximou dele. – Está com ciúmes, bonitão?

                               - Claro que não.

                               - Hum... Não me parece convincente, mas você não teria como ter ciúmes.

                               - O que quer dizer?

                               - Ué, não combinamos de ficar sem compromisso? Podemos ficar com outras pessoas, não é isso?

                               - Claro, Dulce! Fique com quem quiser! – Ele pegou sua calça comprida e vestiu. – Aliás, falando nisso, eu tenho um encontro hoje a noite. – Ele agarrou sua camisa e saiu do apartamento batendo a porta.

                               - Idiota! Tomara que broxe com ela.

***

                Depois de ligar para Dulce e explicar todo o acontecido, Max ficou mais tranquilo. Se sentia meio mal por ter procurado o telefone dela nas coisas de Annie, mas sabia que elas eram melhores amigas e ela poderia cuidar da loira enquanto ele estivesse fora.

                               - Ai, Annie! – Ele suspirou enquanto se olhava no espelho. – Como eu fui me apaixonar assim por você?

***

                Anahí estava prestes a contar para Mariana que a tal aluna era irmã dele, mas seu celular tocou na hora, salva por Dulce!

                               - Onde você está?

                               - Estou na revista.

                               - O que está fazendo aí?

                               - Vim apenas acertar algo com Demetria, o que houve?

                               - Passo aí em meia hora, me espere, gatinha.

                               - Ora, você já está sabendo de algo, não está?

                               - Não enche, gatinha, já to chegando aí. – Dulce desligou antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa.

                               - Aff, Dulce é sempre Dulce.

                               - Annie, eu vou indo.

                               - Certo, Lali, eu sinto muito, podemos conversar depois com mais calma...

                               - Tudo bem, não estou mesmo muito bem pra falar assim sobre isso.

                               - Eu entendo.

                Assim que Anahí saiu da revista deu de cara com Dulce.

                               - O que foi, ruiva?

                               - Max me ligou.

                               - Céus! Como Max é intrometido! O que foi que ele te falou?

                               - Tudo. Na boa, Annie, acho que eu preciso ter uma conversa  com a sua adorável irmã.

                               - Pode deixar, Dulce, eu refleti muito sobre isso, quem vai ter uma conversa com a Alli sou eu.

                                - Eu vou com você.

                               - Dul, me desculpe, mas eu preciso fazer isso sozinha.

                               - Não, Annie...

                               - Dul, por favor. Você quer me ajudar? Compre sais de banho de morango com champanhe e muito sorvete, vou precisar quando chegar em casa.

                               - Certo... Como quiser.

                Quando Annie entrou no carro ainda estava chuviscando, ela dirigia meio sem saber o que estava fazendo, se sentia no piloto automático, sua cabeça estava longe. Estando tão distraída ela nem se deu conta de uma poça funda na qual o seu carro afundou.

                               - Que inferno! – Ela debruçou sobre o volante e começou a chorar. – O que mais me falta acontecer?

 Por um momento lhe ocorreu que a ideia mais obvia seria ir a pé, mas assim que ela saiu do carro seus pés afundaram na lama e ela já não sabia mais o que era lágrima e o que era chuva correndo pelo seu rosto.

                - Anahí?

                - Era só o que me faltava!! – Anahí sentia ainda mais vontade de chorar ao se dar conta de que aquela era a voz de Poncho.

                - Você ficou maluca? – Ele disse ríspido, mas se deu conta de que ela chorava muito. – Anahí? O que aconteceu?

                - Me deixa em paz! – Ela gritou. – O que foi agora? Hein! Era assim que você queria me ver? – Ela abriu os braços. – Como a dez anos, chorando, com os olhos pretos de rímel escorrendo, largada, destruída... Pois bem, já apreciou? Agora some da minha frente!

                - Anahí! Meu Deus! – Poncho não poderia descrever como se sentia ao vê-la assim novamente.

Alfonso saiu do carro e foi até ela segurando um guarda-chuva e abraçando Annie de lado para protegê-la.

                - Não toca em mim, Alfonso, não finja que tem qualquer carinho por mim. Sai!

                - Olha, não sei qual o seu problema, mas quer descontar em mim? Desconta, fica a vontade! – Ele abriu os braços se rendendo sem se importar com a chuva que o deixava ensopado.

                - Você é um idiota! – Ela o socava no peito. – Imbecil, eu te odeio, te odeio, nunca mais chegue perto de mim, nunca mais.  – Aos poucos as forças fugiram dos braços de Anahí e ela se deixou cair no peito de Poncho enquanto chorava de soluçar.

Ele a abraçou forte e o guarda-chuva caiu no chão, de repente era como se o mundo não importasse, só os dois, então ela levantou o rosto para olhar Poncho, foi aí que o beijo se tornou inevitável.