Fanfic: Como chegamos aqui? | Tema: Rebelde

Annie se despediu da mãe e saiu daquela casa que era capaz de, em tão poucos minutos, trazer uma infinidade de recordações.

                Ainda perdida em seus pensamentos, Anahí quase não ouviu o toque insistente do celular.

                               - Oi, Chris.

                               - Oi, princesa, está tudo bem? Que voz é essa?

                               - Tudo bem, Chris, eu vim até a casa da minha mãe.

                               - Problemas com a Alli, certo?

                               - Para variar.

                               - Que tal abstrair um pouco de tudo isso? A Dul fechou o bar só pra nós.

                               - Acho que pode ser uma boa, eu encontro vocês lá.

                               - Certo. Eu já estou com saudades.

                               - Eu também, querido.

                Anahí desligou o celular, pegou a chave na bolsa e quando se encaminhou para o carro, avistou um moreno belo, alto e muito familiar.

                               - Ora se não é o Doutor Alfonso Herrera.

                               - Anahí Portillo, o que faz aqui? Pelo que sei você é uma editora famosa, não era para estar entre nós, reles mortais.

                               - Vim visitar minha família. E você? Ainda morando com a mamãe?

                               - Não... Também vim visitar a minha família.

                               - E como vai Maite? Ainda morando fora?

                               - Sim, ainda no exterior. Como vai a sua vida, Annie? Faz tanto tempo que não nos...

                Uma presença interrompeu a conversa, de dentro da casa saiam Luana Herrera, mãe de Poncho, e Angelique.

                               - Amor, sua mãe irá me ajudar com a lista de convida... Olá! Eu conheço ela, benzinho. – Angelique se aproximou mais de Anahí. – Oh My God!! Ela é Anahí Portillo, a diva da moda nacional e internacional, eu não saio de casa sem ler a sua coluna.

                                - Ora, muito obrigada, é uma honra.

                               - Vocês se conhecem?

                               - A Annie sempre foi minha vizinha, Angel.

                               - Isso é perfeito! Anahí, eu e o Ponchito vamos nos casar dentro de algumas semanas e seria incrível ter você como minha personal stylist. Sei que é muito ocupada, mas seria uma honra... – Ela começou a vasculhar a bolsa. – E eu saberia recompensá-la. Este é meu cartão, entre em contato, por favor.

                               - Ok... Eu vou indo, felicidades ao casal.

                Annie entrou no carro atordoada, as lágrimas corriam e ela agradeceu a Deus por seus vidros serem escuros. De repente ela sentiu como se suas pernas estivessem paralisadas e ela não fosse capaz de pisar no acelerador. Mas precisava sair dali e depois de respirar fundo, ela conseguiu ligar o carro e partir, sob os olhos atentos, perdidos e confusos de Alfonso Herrera.