Fanfics Brasil - 10 Mais que Amantes AyA (Terminada)

Fanfic: Mais que Amantes AyA (Terminada) | Tema: AyA


Capítulo: 10

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Alfonso semicerrou os olhos e tentou descerrar os dentes antes que ficassem em pedaços. Ele estava profundamente aborrecido.


Odiava ouvi-la falar sobre si mesma daquele jeito, transformando a diferença de idade num problema gravíssimo e supondo que toda a sua família iria de­saprová-la simplesmente por ela ter sido corista na Avenida Las Vegas Boulevard.


Quanto a este último item, porém, era provável que ela tivesse razão. Seu avô, especialmente, ficaria lívido se ele aparecesse com uma amante corista e um filho ilegítimo.


Se bem que Patrick Herrera nunca ficava contente com o que quer que fosse. Nada do que qualquer um dos membros da família fazia parecia merecer a apro­vação do velho senhor. Alfonso, de sua parte, já estava cansado de tentar.


— Alguém como você?


Seus dentes ainda estavam tão cerrados que chega­vam a doer. Se Anahi observasse com atenção, sabe­ria que ele estava muito perto de explodir. Ela, po­rém, não pareceu perceber. Continuou simplesmente encarando-o com aqueles olhos verdes brilhantes e amendoados que o atraíam como uma lâmpada a uma mariposa.


— Sabemos que nunca fui mais que um passatem­po para você. — respondeu ela em voz baixa. — Nunca pretendemos transformar nosso relaciona­mento em permanente e não vou querer mudar as re­gras do jogo agora. Um... Dois...


Suas narinas se abriram quando ele tentou respirar fundo.


Três... Quatro... Para dentro. Para fora. Cinco... Seis... Inspira. Expira. Sete... Oito...


Se ele continuasse respirando e contando, talvez conseguisse dissipar a cortina vermelha que se agita­va em frente aos seus olhos e deixasse de sentir aque­la imensa urgência de esmurrar a parede mais próxi­ma.


Nove... Dez...


— Em primeiro lugar — disse ele, forçando-se a manter um tom de voz calmo e tranquilo — você nunca foi apenas um passatempo para mim. Admito que as coisas começaram de um jeito picante e que nos envolvemos principalmente por causa do sexo, mas posso muito bem conseguir sexo perto de casa. Não precisaria voar mil milhas todo mês só por uma boa transa.


Ela se encolheu ao ouvi-lo usar aquela linguagem rude, mas não o interrompeu. Fez bem, porque nem mesmo a dor das suas unhas cravadas nas palmas de suas mãos estava amenizando a fúria que ele sentia.


— Em segundo lugar; independente do que o nos­so relacionamento tenha sido ou deixado de ser, as regras efetivamente mudaram. Você está grávida do meu filho e, quer goste ou não, tudo muda. E, em ter­ceiro lugar; eu amo a minha família e nunca faria algo deliberadamente para magoá-los ou embaraçá-los, mas eles não determinam o rumo da minha vida. Eu tomo as minhas próprias decisões. Ficou claro?


Anahi passou a língua pelos lábios rosados para umedecê-los e ele teve de se conter e sustentar sua raiva para não se enfiar no sofá com ela e beijá-la lou­camente como a sua libido caprichosa queria.


— Ficou claro? — repetiu ele incisivamente, ten­tando se concentrar.


Ela respondeu com um meneio. Não era exatamen-te um gesto cheio de convicção, mas bastava.


— Certo. — Ele abriu os punhos e flexionou os de­dos que já estavam formigando. — Porque já tomei a minha decisão. Não baseada no que a minha família espera ou deixa de esperar de mim e nem em nome da ética ou responsabilidade, mas naquilo que penso e quero para mim.


Ele se deteve por um momento e então disse em alto e bom som:


— Nós vamos nos casar.


Anahi ficou ainda mais pálida do que quando havia sido internada.


Ela arfou e colocou uma mão sobre a garganta.


— Poncho...


— Não — disse ele, interrompendo-a. Ele cami­nhou até a cadeira que havia ocupado antes e se sen­tou bem na pontinha, inclinando-se na sua direção.


— Não discuta comigo, apenas ouça. Eu quero este bebê, Anahi. Ele faz parte de mim tanto quanto de você. Já perdi os primeiros quatro meses da sua gra­videz e não quero perder mais nada. Quero participar de todas as etapas daqui para frente. Quero massa-gear seus pés quando os seus calcanhares incharem, trazer sorvete com picles às três da manhã para você e segurar sua mão durante o parto. Mas, acima de tudo, quero ver o bebê todo dia, e não só nos fins de semana, ou quando eu conseguir voar até Las Vegas, e a melhor maneira é casando com você.


— Poncho...


Ele viu o brilho das lágrimas brotando nos olhos de Anahi. Seu coração vacilou em seu peito e sua boca ficou seca ao esperar pela sua resposta.


Quem poderia imaginar que fazer a coisa certa e reconhecer o próprio filho pudesse mexer tanto com os nervos de alguém?


Ele acompanhou todos os movimentos dos seus lá­bios, mas nada poderia tê-lo preparado para a respos­ta que finalmente veio.


— Sinto muito, Poncho, mas não posso.



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Autor(a): Enseñame AyA

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • daninha_ponny Postado em 10/09/2014 - 11:49:56

    amei a fic,li em um dia so.....bjsss


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