Fanfics Brasil - 12 Mais que Amantes AyA (Terminada)

Fanfic: Mais que Amantes AyA (Terminada) | Tema: AyA


Capítulo: 12

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Anahi deslizou pelo sofá e seguiu de joelhos até o tapete bege ao lado de Alfonso. Abraçou uma de suas pernas e pousou os dedos sobre a sua coxa forte.


— É claro que não — respondeu ela em voz baixa. — Não foi que eu quis dizer, Poncho, mas não posso permitir que você continue pagando minhas contas para sempre. Reconheço tudo o que você fez por mim. Deus sabe o que poderia ter me acontecido de­pois da minha lesão no joelho se não fosse sua ajuda. Mas eu lhe disse desde o começo que iria pagar cada centavo que você investisse no prédio. Sem falar no dinheiro que você deposita na minha conta todo mês, já que o estúdio ainda opera no vermelho — disse ela franzindo o cenho.


Aquela mesada a incomodava muito mais do que a implementação do estúdio de dança, pois deixava evidente que ela não era capaz de se sustentar sozinha e que dependia de um homem que pusesse um teto so­bre sua cabeça e comida na sua mesa.


Ela era a amante dele, e, para todos os propósitos, ele era seu benfeitor. Era uma verdade dura de engo­lir.


— Eu já lhe disse que você não tinha que me de­volver esse dinheiro. Não foi um empréstimo, foi um presente.


— Um presente e tanto — murmurou ela. Ela sabia que ele havia investido mais de cem mil dólares para montar o estúdio e mantê-lo funcionando, sem contar a generosa quantia em dinheiro na sua conta bancá­ria, rendendo juros.


— A questão é a seguinte: — continuou ele, enfa­tizando bem as palavras para que ela percebesse que ele estava mudando o rumo da conversa — você não vai poder continuar dando aulas por muito mais tempo. Na verdade, nem deveria mais estar trabalhando, a julgar pelo que aconteceu. E aí?


Ela abriu a boca para falar, mas ele ergueu a mão para detê-la e prosseguiu.


— Sinto muito, Anahi, mas não tenho a menor in­tenção de ser pai à distância.


O coração de Anahi começou a bater acelerado. Seu estômago começou a se revirar como uma roda-gigante.


— O que você quer, então?


Ele respirou fundo e pôs a mão em cima da que ela havia pousado em sua coxa. Seus dedos longos se en­trelaçaram aos dela, bem menores. O calor de sua palma se infiltrou na corrente sanguínea de Anahi, aquecendo todas as partículas do seu corpo.


— Volte para Nova York comigo.


— O quê? — Ela se recostou, perplexa. Aquela era a última coisa que esperava ouvir.


— Volte para Nova York comigo. Você não pode manter o estúdio aberto se começar a cancelar aulas e não pode mais continuar com elas. Eu a conheço, Anahi. Vai enlouquecer de tédio em menos de uma semana sem nada para fazer.


Ele apertou sua mão, enfatizando tudo o que havia acabado de lhe dizer.


— Venha para Nova York comigo. Vai ser bom para o bebê. Você precisa descansar e minha casa é tranquila e confortável. Além disso, vou estar à sua disposição.


Pela primeira vez, durante aquela conversa, ela foi capaz de brincar.


— À disposição, é?


Uma faísca sugestiva iluminou seus olhos. Ele passou os dedos por baixo da mão dela e virou sua palma para cima antes de levá-la até sua boca.


—À sua disposição -— sussurrou ele, depositando um beijo bem no meio da sua mão.


Ele levou a ponta de um dos dedos dela até seus lá­bios. Uma onda de desejo se apoderou dela, fazendo-a tremer.


—Annie? — perguntou ele suavemente. — Você está me ouvindo?


Ela demorou um pouco para atentar ao que ele ha­via dito e outro tanto para recuperar a voz. Tudo o que conseguiu dizer, porém, foi um fraco:


— Hum-hum.


— Outra razão pela qual quero que você volte co­migo para Nova York é que eu quero apresentá-la aos meus pais, já que você vai ser a mãe do neto deles.


A névoa de desejo que estava ofuscando a visão de Anahi começou a se desfazer lentamente. Ele queria que ela conhecesse os pais dele?


Meu Deus, ela já podia imaginar as apresentações. "Mãe, pai, esta é Anahi, a ex-corista que é minha amante e está grávida". Eles iam ficar boquiabertos e de olhos arregalados até recuperarem as suas facul­dades mentais e começarem a hostilizá-la e a ad­moestar Alfonso por misturar o sangue azul dos Herrera com o de uma dançarina de criação questionável e moral obviamente baixa.


Ela preferia mil vezes atravessar a Avenida Las Vegas Boulevard nua.


— Vamos, Annie — disse ele num tom lisonjeiro.


— Você me deve essa. Ela arregalou os olhos.


— É isso o que você espera em troca de tudo que fez por mim? — perguntou ela, incrédula.


— Eu quis dizer que você me deve uma considera­ção por ter mantido a gravidez em segredo nestes quatro meses.


Ele a pegara. Mas... conhecer seus pais? Não era um pouco excessivo?


— Além disso — prosseguiu ele — não precisa ser nada definitivo. Pense nisso como uma espécie de fé­rias. Você pode voltar quando quiser.


Alfonso se ergueu, trazendo-a consigo, ainda de mãos dadas. Ele a puxou para perto e ela se deixou conduzir de bom grado, uma vez que era onde ela se sentia mais segura e mais confortável.


Estar nos braços dele era como mergulhar num ba­nho de espuma quente e perfumada depois de uma longa noite dançando sob holofotes abrasadores em cima de saltos de dez centímetros, usando um adere­ço de cabeça pesado, só que melhor.


— Nunca se sabe — murmurou ele em seu ouvido, enquanto acariciava a parte volumosa de sua cintura.


— Pode ser que conhecer onde moro e ser apresentada à minha família possa mudar sua ideia quanto à minha proposta.


Ela se inclinou para trás, encontrando o olhar es­perançoso de Alfonso e tomou sua decisão. Pelo sim ou pelo não, ela lhe devia por ter mantido a gravidez em segredo por tanto tempo e por tudo o que ele havia feito por ela nos últimos anos, principalmente fazen­do-a se sentir protegida e especial.


—Eu vou com você para Nova York — disse ela,


sendo imediatamente recompensada por um amplo sorriso. — Mas não vou me casar com você — adver­tiu antes que ele se entusiasmasse demais. Ela pôs um dedo em riste sob o nariz dele para enfatizar o que dizia. — Isto não faz parte do acordo.


O comentário não tirou o sorriso dos lábios dele, que, em seguida, cobriram os seus.


— Vamos ver.



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Autor(a): Enseñame AyA

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

Alfonso não tardou em botar mãos à obra. Ele ligou para o piloto do seu jatinho particular para avisá-lo de que partiriam bem cedo na manhã se­guinte e conseguiu uma pessoa para assumir as aulas no estúdio. Depois carregou Anahi até o quarto e a colocou na cama, com as costas apoiadas na cabecei­ra, sobre alguns trave ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • daninha_ponny Postado em 10/09/2014 - 11:49:56

    amei a fic,li em um dia so.....bjsss


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