Fanfic: Mais que Amantes AyA (Terminada) | Tema: AyA

Ela estava tão distraída com tudo à sua volta que nem pensou em comer, mas Alfonso se aproximou e lhe falou sobre os aperitivos e entradas do restaurante quais os que ele já havia experimentado, quais os seus favoritos, quais as especialidades da casa... Tudo lhe pareceu maravilhoso.

Depois de fazerem os pedidos, Alfonso chegou mais perto dela e passou o braço em torno dos om­bros de Anahi.

— O que acha? — perguntou ele, apontando o cen­tro da área de jantar com a cabeça.

— Se a comida for tão maravilhosa quanto a at­mosfera, seu irmão deve ser um génio. Este lugar é maravilhoso.

— Parece que você finalmente conseguiu agarrar uma mulher inteligente, irmãozinho!

Anahi teve um sobressalto com a intromissão, mas Alfonso apenas sorriu para o homem que se infiltrara por trás deles.

Então aquele era Alejandro, pensou ela, enquanto ele dava a volta e se sentava à frente deles. Ele era alto e tinha o mesmo cabelo negro e os mesmos olhos esverdeados do irmão e do pai. A semelhança era tão grande que até mesmo alguém que não soubesse que eles perten­ciam à família Herrera saberia imediatamente que eram parentes.

— Annie — disse Alfonso —, quero que conheça meu irmão Alejandro. Ele é o proprietário deste belo es­tabelecimento e um chato de galocha.

—Que engraçado — notou Alejandro —, era exatamente o que eu dizia de você quando éramos me­nores.

Anahi não pôde deixar de sorrir.

Alejandro estendeu a mão por sobte a decoração central da mesa, um belo recipiente de vidro repleto de água, com três velas cor de marfim, no formato de flores exóticas, boiando acesas sobre a água.

Anahi retribuiu o cumprimento.

— É um prazer conhecê-la, Anahi. Meu irmão a está tratando bem?

— Eu a estou tratando muito bem, certo? — res­pondeu Alfonso. — Ao contrário de certos homens, sei como tratar uma mulher.

— Não deixe que ele a engane — disse Alejandro, pis­cando divertidamente para ela. — Ele aprendeu tudo o que sabe com o irmão mais velho aqui.

Alfonso fez uma careta e Anahi não pôde deixar de sorrir.

— Como foi o dia de vocês? — perguntou Alejandro, já mais sério, olhando especificamente para Anahi. — Já recebeu as calorosas boas-vindas da família?

Ela brincou com a borda do seu copo, ficando re­pentinamente nervosa, como sempre ficava quando o assunto vinha à tona.

— Oh, sim, todos foram muito gentis.

— Até o vovô? — Seus olhos esverdeados seguiram dire-tamente na direção do irmão desta vez.

— Ele vai acabar mudando de ideia — respondeu Alfonso sucintamente.

Algo chamou a atenção de Alejandro.

— Desculpem, estão me chamando. O trabalho de um restaurante nunca acaba. Annie, adorei conhecê-la. Estou ansioso por me tornar seu cunhado. Peçam o que quiserem. É por conta da casa.

— Isso não é necessário — disse Alfonso.

— Claro que é. Considere como o meu presente de noivado.

Ele acenou uma última vez antes de desaparecer em meio ao movimento do Une Nuit.

— Nosso noivado? — repetiu Anahi, arqueando as sobrancelhas com interesse enquanto tomava o seu coquetel não-alcoólico.

Alfonso pigarreou.

— Devo ter mencionado algo do tipo quando avi­sei que vinha j antar aqui.

— Mas não estamos noivos — pontuou ela.

— Estaríamos, se você aceitasse um dos meus inú­meros pedidos de casamento.

Ela conteve o sorriso que queria irromper em seu rosto. Ele havia dito aquilo como se ela o estivesse impedindo de ter algo que ele realmente queria mui­to. Era muito lisonjeiro e a aqueceu em lugares pro­fundos que somente Alfonso parecia ser capaz de al­cançar.

Ela, porém, não tinha a intenção de brincar com aquele assunto, nem de fazê-lo acreditar que acabaria aceitando o seu pedido, independente do quanto de­sejasse fazê-lo.