Fanfics Brasil - CAPITULO DOIS Mais que Amantes AyA (Terminada)

Fanfic: Mais que Amantes AyA (Terminada) | Tema: AyA


Capítulo: CAPITULO DOIS

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Quatro meses depois meados de abril


Anahi estava sentindo a música do aparelho de som reverberar em sua cabeça junto com a batida dos pés de seus alunos sobre o chão de madeira do estúdio de dança. Ela mal conseguia se manter de pé.


Ela já vinha lutando há quatro meses contra a ver­tigem, os enjoos e uma outra série interminável de sintomas associados aos primeiros estágios da gravi­dez. Pensara que começaria a se sentir melhor depois do primeiro trimestre, mas as coisas só fizeram piorar desde então.


O dia já tinha começado mal. Ela quase não havia conseguido sair da cama por conta da forte sensação de desorientação e da necessidade de descansar.


Mas ela tinha aulas para dar e não podia se deixar abater, caso contrário não conseguiria levar adiante seu plano de se tornar auto-suficiente e se sustentar com o estúdio de dança.


Alfonso havia comprado e reformado aquele prédio para ela três anos atrás. A parte de baixo havia sido transformada num estúdio suficientemente grande


para que ela pudesse dar aulas para adultos e crian­ças.


Por mais que odiasse aquela situação, a condição do seu joelho na época não lhe havia deixado escolha. Era aceitar a generosidade de Alfonso ou se arriscar a virar uma sem-teto em poucas semanas.


Ela havia prometido a ele (e a si mesma) que lhe pagaria cada centavo depois que o estúdio começasse a dar lucro.


O que, infelizmente, ainda não havia acontecido. O dinheiro das aulas dava para as despesas menores como alimentação e eletricidade, mas era Alfonso quem ainda garantia a manutenção do prédio e do es­túdio.


Ela detestava situação. Detestava ser sustentada por um homem. Detestava se sentir a amante de um homem rico, embora fosse exatamente o que ela era.


Não era o fato de eles terem um caso que a inco­modava, mas sim a questão financeira. Era como se ele lhe deixasse sempre um dinheirinho no criado-mudo pelos serviços prestados.


A única maneira de se livrar da dívida com Alfonso era transformar o estúdio num sucesso, o que, com um bebê a caminho, havia se tornado mais importan­te do que nunca. Ainda mais porque Alfonso não tinha ideia de que seria pai em cinco meses.


Anahi pousou uma mão sobre seu abdómen leve­mente aumentado. Tentou dominar a vertigem que parecia acompanhá-la vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, sem falar no sentimento de cul­pa por esconder a gravidez de Alfonso. Era melhor as­sim, lembrou ela a si mesma. Alfonso iria querer assu­mir toda a responsabilidade e insistiria para que eles se casassem, apesar de ser a última coisa que ele que­ria na vida.


Ele havia sido criado para honrar seus compromis­sos e proteger o nome da família. Seu avô havia insis­tido para que seu pai se casasse com a sua mãe quan­do ela engravidou, de modo a dar um nome à criança e evitar que a reputação ilibada da família sofresse al­gum abalo.


Anahi não queria colocá-lo na mesma situação. Não queria forçá-lo a tomar uma atitude cujas conse­quências o fariam odiá-la mais tarde e culpá-la pela sua infelicidade.


Não, era melhor assim. Ela o estava evitando havia meses, desde que o teste caseiro e, depois, o exame de sangue, haviam confirmado as suas suspeitas.


Se ela conseguisse evitá-lo por mais algum tempo, até que o estúdio começasse a se pagar, tudo ficaria em ordem. Ela poderia começar a devolver o dinheiro que Alfonso havia investido nela e ele acabaria con­cluindo finalmente que o fato de ela não atender as suas ligações e nem retornar os seus recados signifi­cava simplesmente que ela não queria mais vê-lo.


Anahi odiava ter de romper com ele daquela ma­neira abrupta, mas acreditava que seria o melhor para todo mundo.


Ele havia sido bom para ela. Melhor, pensava ela frequentemente, do que uma mulher como ela mere­cia. Por isto mesmo e por gostar realmente dele é que se recusava a fazê-lo prender-se a um filho que ele provavelmente não desejava e que jamais havia pla­nejado ter.


A música e o som dos passos dos alunos foram de­saparecendo. Anahi se afastou da parede espelhada onde havia se apoiado até então. Ela não estava muito atenta à turma, mas sabia que a sequência tinha trans­corrido quase sem erros. Os adultos pegavam os pas­sos mais rapidamente que as crianças.


— Bom trabalho, gente — disse ela, batendo pal­mas. — Vamos repetir e, desta vez, quero que vocês acrescentem...


Suas palavras foram desaparecendo e a sala come­çou a rodar. Ela havia dado apenas um passo na dire-ção das mulheres que aguardavam suas instruções, mas seu coração estava batendo como se tivesse cor­rido uma maratona. Sua boca ficou repentinamente seca e sua cabeça parecia que ia explodir.


Sua visão se estreitou até que tudo ficou preto.


* * *


Alfonso estava no Une Nuit, o restaurante de seu ir­mão, na mesa particular da família Herrera. O lugar era o orgulho de Alejandro. Localizado na Nona Avenida en­tre as Ruas Oitenta e Seis e Oitenta e Sete da cidade de Nova York, o estabelecimento era o mais novo point da cidade, famoso pela fusão das cozinhas fran­cesa e asiática, frequentemente elogiada em resenhas e artigos de publicações especializadas em culinária. A iluminação vermelha e fraca dava um ar sedutor ao ambiente decorado com móveis de cobre estofados de camurça preta.


Alfonso estava experimentando uma mistura de café com outras iguarias que Alejandro estava testando naquela semana, enquanto esperava Christopher Uckermann  para o almoço.


Eles eram amigos de longa data. Depois de perder para Christopher no golfe, no último sábado, por 13 humi­lhantes tacadas, Alfonso achou que poderia se abrir com o amigo e falar a respeito dos problemas que es­tava tendo com Anahi.


O silêncio de Anahi o estava deixando com os ner­vos à flor da pele. Um conselho de amigo poderia ser bem providencial.


Se não fosse pela maldita competição que o seu avô havia estabelecido entre os próprios filhos para decidir quem assumiria a presidência da Editora Herrera depois da sua aposentadoria, ele provavelmente já teria ido vê-la há muito tempo. Mas estava sendo tão requisitado no trabalho que mal havia tido chance sequer de sair do escritório nos últimos quatro meses, quanto mais de pegar um avião até Lás Vegas.


— Posso me juntar a vocês?


Ele se voltou na direção da voz e se surpreendeu ao encontrar a sua prima Dulce ao lado de sua mesa. Ela estava vestindo um de seus costumeiros trajes exuberantes. As cores vibrantes e o design arrojado combinavam muito bem com sua personalidade.


— Estou esperando...


— Por mim.


Christopher apareceu, quase que por encanto, e Alfonso não pôde deixar de notar o evidente nervosismo que tomou conta de sua prima.


— Serão três para o almoço? — perguntou Marcos, o gerente do restaurante, no seu alegre sotaque fran­cês.


— Não — disse Dulce, dando um passo para trás. Ela tropeçou em Christopher e ele a segurou pelos cotove­los, permanecendo assim por um tempo um pouco maior do que aquilo que Alfonso julgaria adequado para meros conhecidos.


Antes que Alfonso pudesse perguntar ou especular sobre o que estava acontecendo entre os dois, seu ce­lular tocou. Ele olhou para o identificador de chama­das e sentiu um aperto no peito com o número na tela.


Era Anahi, chamando do estúdio de dança.


Ele estava tentando encontrá-la havia meses. Já deixara dúzias de mensagens, sem nenhum retorno.


Aquilo era só um caso. Um caso que ele já tinha a intenção de romper havia anos. O fato de Anahi tê-lo evitado, fazendo-o suspeitar de que ela estava que­rendo romper com ele, porém, o havia abalado.


Ele atendeu o celular antes que ele tocasse nova­mente.


— Alô?


— Senhor Herrera? — indagou uma voz hesitante do outro lado da linha.


— Sim — respondeu ele, franzindo a testa.


— Ahh...


A mulher pareceu ainda mais nervosa do que an­tes.


— Meu nome é Sônia. Sou aluna de dança de Anahi.


— Sim? — disse ele novamente, ainda confuso.


— Bem, ahh... Anahi passou mal e como o seu nú­mero foi o primeiro que localizei nas ligações recen­tes do celular dela... Nós não sabíamos para quem li­gar.


— O que aconteceu? — perguntou Alfonso, elevan­do a voz e se apoiando na mesa.


— Ela desmaiou durante a aula e...


— Como ela está?


— Não sei ao certo. Chamamos uma ambulância, mas...


— Para onde a levaram?


— Hospital St. Rose Dominican.


— Eu estou indo para lá agora. Se tiver mais algu­ma notícia, ligue-me imediatamente neste número, compreendeu?


Alfonso se despediu da mulher e desligou o celular, deixando a mesa apressadamente.



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Autor(a): Enseñame AyA

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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— Tenho que ir. — O que aconteceu? — perguntou Dulce. — Quem se machucou? — Ninguém que você conheça. Voltou-se então para Christopher, a fim de se desculpar por tê-lo feito perder seu tempo. — Sinto muito. Fiquei muito feliz que tenha vin­do, mas vou ter que ir a Las Vegas. — Sem problemas. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • daninha_ponny Postado em 10/09/2014 - 11:49:56

    amei a fic,li em um dia so.....bjsss


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