Fanfic: Mais que Amantes AyA (Terminada) | Tema: AyA
O pulso de Anahi estava tão acelerado que chegava a ecoar em seus ouvidos. Ela abriu a sua boca e depois a fechou, na esperança de criar saliva suficiente para poder falar.
— Sinto muito — disse ela. — Sei que o senhor não aprova nosso envolvimento, mas...
O velho balançou a cabeça, arqueou as sobrancelhas e tensionou os lábios.
— Não foi o que quis dizer. O que estou tentando explicar é que Alfonso parece mais feliz atualmente, mais à vontade. É evidente que ele a ama muito e que está muito contente com a perspectiva de ser pai.
Ele apontou o ventre de Anahi com a cabeça e ampliou o gesto com uma de suas mãos.
— Você tem feito muito bem a ele. Até mesmo uma mula teimosa como eu pode ver.
Ele pigarreou novamente, e Anahi percebeu que ele estava nervoso. Patrick Herrera, o patriarca de uma das famílias mais ricas e influentes de Nova York não estava à vontade para falar com ela. Ela, uma ex-corista, com um passado humilde, que havia se tornado a amante do seu neto. Deus do céu! Aquilo era quase inacreditável.
— Estou feliz por você estar se integrando à nossa família — disse ele com a voz rouca. — Tenho a impressão de que você vai fazer muito bem a todos nós.
Atónita, Anahi não conseguiu fazer mais do que olhar para ele por um momento. Depois então, forçou-se a dizer um débil e pouco convincente "obrigada" .
— Bem... — Patrick deu um último olhar ao redor do quarto enquanto ele se dirigia à porta. — Na verdade, é tudo o que eu queria lhe dizer. A propósito, você está muito bonita e tenho certeza de que Alfonso está ansioso para dar início à cerimónia, por isso vou deixá-la, para que possa terminar o que estava fazendo.
Ele acenou na sua direção mais uma vez antes de desaparecer pelo mesmo caminho que Maite havia tomado, deixando Anahi boquiaberta. Maite voltou dois segundos depois, olhando desconfiada pela fresta da porta para o seu avô, antes de fechá-la.
— O que ele queria? — perguntou Maite num tom cínico.
Anahi tentou se desfazer do choque causado pela declaração que Patrick havia se esforçado por fazer, mas parecia incapaz de se mover.
O avô de Alfonso não havia se desculpado pelos comentários feitos sobre ela assim que ela se mudou para Nova York, os tais sobre um Herrera não se casar com uma stripper, mas tinha ido falar com ela em particular, sem que houvesse necessidade. A seu modo, ele havia dado as boas-vindas à família.
— É melhor ele não ter dito nada que a aborrecesse — rosnou Maite protetoramente. — Se ele fez isso, eu juro que...
— Não. — Anahi balançou a cabeça, pestanejando várias vezes, numa tentativa de desfazer a névoa que obscurecia o seu cérebro. — Você não vai acreditar, mas...
Um celular tocou ao longe.
— Droga, éomeu!
Maite se precipitou sobre a cama, catando sua bolsa embaixo de uma montanha de roupas jogadas enquanto as madrinhas se trocavam. Ela achou o celular e o abriu.
— Alô?
Anahi observou Maite remexer em sua bolsa à procura de um papel e uma caneta, fazendo anotações enquanto ouvia seu interlocutor.
— Certo. Obrigada.
Ela desligou o celular, jogou-o novamente na bolsa e se virou de volta para Anahi, enfiando alguns fios soltos do seu cabelo sob o arranjo de falsos brilhantes.
— Você não vai acreditar — disse Maite quase sem fôlego. — Acabei de receber uma informação que pode ser uma bomba para a história do livro. Acho que vou ter que ir logo depois da recepção.
Anahi franziu o cenho, preocupada.
— Onde você vai?
— Não quero dizer nada agora, mas prometo ligar assim que chegar lá para dizer que está tudo bem.
Ela deu um passo para trás e sorriu de maneira encorajadora.
— Agora diga-me o que o vovô lhe disse, para que eu possa saber se Alfonso deve se entender com ele ou não.
Autor(a): Enseñame AyA
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Anahi respirou profundamente e compartilhou com a amiga o acontecido. — Ele disse que eu fazia muito bem para Alfonso e que estava feliz por eu estar entrando para a família. — O quê? Sério? — Os olhos de Maite arregalaram-se por um momento para em seguida semicerrarem-se, cheios de suspeita. — Não parece coisa do meu ...
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