Fanfic: Namorada de Mentirinha | Tema: Restart, CW7

– Pronto querida, suas coisas já estão no bagageiro do ônibus. – disse minha vó colocando sua mão em meu ombro e logo depois me abraçando. – Promete não me deixar sem noticias suas e sempre que der vir me visitar? Vou sentir tantas saudades de você.

– Eu também vou sentir saudades vó! Prometo aparecer sempre. – Me despedi dela dando um ultimo abraço e um beijo carinhoso, meus olhos encheram de lagrimas quando percebi que ela já chorava.

Entrei no ônibus e procurei minha poltrona, quando sentei e o ônibus deu a partida, dava para ver minha vó acenando e ficando cada vez mais longe.

Quando o ônibus já tinha saído da cidade, peguei meu MP4, coloquei os fones e comecei a ouvir algumas das musicas que me lembrava de mais tudo que eu já havia vivido aqui. Ou melhor, na minha ex-cidade. Aquilo me fez ficar pior ainda, mas segurei as lagrimas.

Meus pensamentos foram interrompidos assim que chegamos à rodoviária, meu relógio marcava 20h00min e assim que desci do ônibus pude perceber que meu pai, minha irmã e seu namorado me esperavam um pouco distantes de mim. Assim que me viram correram até mim e fui recebida com um abraço.

– Filha, como você cresceu.

– Você esperava o que? Você nunca mais foi me visitar pai! Esqueceu que tinha outra filha, foi?

– Você sabe que...

– “O senhor é muito ocupado” blá blá blá... Isso eu já sei. – Virei e abracei minha irmã e depois seu namorado, Leonardo. – Que estranho, a tropa não veio junto. – Ri.

– Estudar é bom. – Minha irmã disse.

– Estudar? Essa hora?

– Estamos matando aula só para vir buscar você, Jês.

– Minha irmã e o namorado matando aula por mim, que coisa.

– O namorado tem nome e ele se chama Leonardo. – O próprio me corrigiu.

– Tudo bem! – Sorri. – O namorado.

– Então crianças, vamos para casa? – Meu pai nos interrompeu.

Concordamos e fomos para aonde seria minha casa daqui pra frente. Quando chegamos estava tudo apagado e assim que entrei dei de cara com todos ali, mas o que mais me chamou a atenção foi um pedaço de pano todo remendado, branco, colado na parede com a frase: “seja bem vinda de volta Jês”.

– Escola? – Olhei para a Patrícia e para o Leonardo que estavam bem atrás de mim.

– Foi à melhor desculpa que tivemos.

Ignorei-os, deixei minha mala no chão e fui abraçar todos. Incrível como, mesmo que o tempo tenha passado da ultima vez que os vi, continuavam os mesmos.

– Você esta diferente Jês. – Foi o que meu melhor amigo, que eu já fui apaixonada, sussurrou para mim quando o abracei. O nome dele era Pedro, Pedro Gabriel.

– Já você, não mudou nada. Pelo menos a aparência. – Sorri.

– Se você quer saber continuo o mesmo por dentro.

– O mesmo galinha de sempre então.

– Ei! – Ele me olhou e arqueou uma sobrancelha. – Eu nunca fui galinha.

– Estava apenas brincando.

– Ei, o melhor amigo pode emprestar a Jês um pouco? – Disse o Thomas me puxando pelo braço e me abraçando.

– Claro! – Ele respondeu, deu de ombros e se afastou de nós.

– Como você esta pequena? Estava com saudades.

– Estou bem Thomas, e você? Você sumiu.

– Nunca sai daqui Jês! Sempre estive no mesmo lugar!

– Deveria ter ido algumas das vezes me visitar junto da minha irmã.

– Você também poderia ter vindo.

– Ok, nós dois erramos. – Rimos. – Enfim, vou cumprimentar os outros.

– Vai lá.

Quando já havia falado com todos presente ali, fui beber algo e acabei esbarrando no Pedro que olhava para uma garota.

– Quem é ela? – Perguntei enquanto colocava suco no copo.

– Ela? Quem? – Ele respondeu se fazendo de desentendido.

– A garota que você não tira os olhos, que esta conversando com minha irmã. – Meio que apontei para ela.

– Uma amiga.

– Amiga, Pedro? Tem certeza?