Fanfic: Casar? Não. Espera...! | Tema: Vondy

Chegamos em casa, por um milagre, ainda sóbrios.

- Não foi tão ruim assim. - Ele disse me olhando.

- É... - Ri sem vontade. Ele também riu.

- Ok, foi péssimo. - Ele admitiu. - Mas ficou legalzinha no final, né?

- É... - Ele gargalhou.

- Vai trabalhar amanhã? - Eu suspirei.

- Infelizmente sim.

- Você tá meio rouca. - Arregalei meus olhos.

- Tô?

- Uhum.

- Ah não! - Choraminguei.

- Tá doendo a garganta?

- Não, doutor. - Respondi divertida. Ele beijou minha testa.

- Você... Tá muito cansada? 

- Não sei, você... tá?

- Não muito, se você quiser...

- Ok, estou morta. - Eu disse rápido.

- E eu também. Vamos dormir. - Eu sorri, e caminhamos até o quarto. Me aninhei em seu peito e logo adormeci.

Gente, como o tempo passa rápido não? Um dia a gente casa em Julho e quando a gente vai ver acordamos  faltando apenas cinco dias para o natal.

Era quinta-feira de manha, e eu estava arrumando a casa. Christopher "tentava" lavar o banheiro. Cês tavam pensando o quê? Que eu era Amélia? Não mesmo, comigo é assim, até o marido ajuda nas tarefas de casa. Sou tão má. A campainha tocou e eu fui atender.

- Oi Dulce, o Ucker tá ai? 

- Oi Poncho. CHRISTOPHER! VISITA PRA VOCÊ! - Gritei. 

- JÁ VOU! - Gritou de volta.

- PODE ENTRAR. - Sorri pra ele que tirou um de meus fones de ouvido e fez gestos pra eu falar mais baixo. - Ah, desculpa. - Sorri sem graça. Ele se sentou no sofá. Algum tempo depois Christopher apareceu na sala. 

- E aí, cara! - Se cumprimentaram.

- E ai... Que porra e essa de avental? - Poncho perguntou.

- Ele tava limpando a casa também. - Eu disse toda contente e Christopher rolou os olhos.

- Ela me ameaçou. - Christopher comentou sussurrando, achando que eu não estava escutando nada, por conta dos fones.

- Ameaças daquele tipo, cara? - Poncho perguntou no mesmo tom.

- Sim. - Fez cara de cão abandonado.

- Essas paradas de greve, me fazem doer o coração. - O moreno disse compreensivo.

- Eu tô escutando. - Eu meio que cantei, enquanto varria a casa. Christopher bufou.

- Mas e aí cara, por que a visita?

- Ai que grosso! - Comentei.

- Dulce!

- O quê? - Perguntei injuriada.

- Shiu! - Eu rolei os olhos.

- Eu vim te chamar pra ir na casa do Chris.

- Fazer o quê? - Eu perguntei e Christopher me olhou. - Fazer o quê... Fazer o quê.. Fazer o que se... Ela... Não me quer? - Fiz uma música de improviso, desfarçando minha curiosidade.

- O que vai ter lá? - Ucker perguntou.

- Ah nada, só matar o tédio. Tenho nada pra fazer lá em casa. - Bufou.

- Não tem nada pra fazer? - Tirei meus fones. - Eu escutei direito? - Perguntei animada.

- Dulce...! - Ucker me repreendeu.

- Não, pera! - Eu disse.

- Sim, escutou. - Poncho confirmou.

- Cara, então eu tenho uma ótima ideia pra vocês. - Eu disse eufórica.

- Sério? O quê? - Poncho perguntou. E Christopher rolou os olhos, cruzou os braços e já estava esperando a besteira sair da minha boca.

- Vocês podiam vir pra cá... - Eu falava tão animada que parecia contar meu plano de roubar o banco central. - Tipo, vir TODO MUNDO pra cá. - Eu dizia sorrindo e pulando feito criança,  e Poncho estava ficando animado.

- E fazer o quê? - Ele perguntou.

- Levanta. - Fui até a frente dele sorridente. Ele levantou. Entreguei a vassoura na mão dele. - E fazer isso! - Peguei suas mãos e o ensinei a varrer. Ele bufou e rolou os olhos. - Não é divertido? Cara é tipo:... Melhor que video game! - Eu disse eufórica.

- Sério, cara, sério mesmo? - Poncho perguntou e eu assenti sorridente. A campainha tocou e Christopher foi atender. Poncho me empurrou a vassoura de novo e eu fiz bico. Poxa, não foi dessa vez, que consegui. - Ucker, sua mulher é meio neurótica.

- Meio? - Ucker perguntou.

- Aff. - Rolei os olhos.

- Nossa Dulce, tão cedo, já tá pegando sua vassoura pra voar? - Maite entrou toda alegrinha. Puta! Os meninos riram.

- Não linda, eu tava guardando ela, pra quando você chegar. Toma, pode sair pra passear! - A entreguei sorrindo bem cínica. Ucker e Poncho prenderam o riso. - Voe Maite, voe, voe Maite, vooooe...! - Repetia suavemente e ela fechou a cara.

- Talvez eu pegue o cabo dela e soque no seu...

- Maite! - Christopher a repreendeu e ela ferveu de raiva. 

- Linda! - Mandei um beijo pra ela, ainda sorrindo cínica.

Muiiiiito obrigado pelos comentarios, minhas nenas ;*