Fanfic: DNA - Laliter (ADAPTADA) - Finalizada | Tema: Laliter

Peter: Uau! Eu... estou chocado.
Lali: Fiquei feliz pelos seus amigos, por que até Gastón me tratou bem, apesar das alfinetadas, e por isso resolvi contar. Você merecia saber.
Peter: Isso não te afeta mais?
Lali: Hoje? Há algo no meu coração que é bem maior do que o ódio que senti anos atrás.
Peter: Não sei o que eu tinha na cabeça quando fiz aquilo. Ou se fiz, não sei. Só sei que hoje não serei capaz disso, e nunca vou encostar um dedo em você.
Lali: Eu sei, meu amor. Nós estamos resgatando tudo agora... mas em momento nenhum deixamos de ser felizes, e é isso que importa. Estamos felizes juntos.
Peter: Eu te amo, Mariana Accardi.
Lali: Eu te amo mais que tudo, Juan Pedro Accardi - sorri e me aproxei de seu rosto, beijando-a.

O doce gosto de seus lábios me faziam ir ao paraíso e voltar. Tê-la entregue pelo menos nos beijos, fazia com que eu realmente notasse que ela dizia a verdade sobre tudo. Peguei sua mão e notei-a molhada pelo suor. Medo de qual seria minha reação, supus. Não importava. Ao separar nossos lábios, a abracei e ficamos ali. Eram aqueles momentos os que mais me deixavam satisfeitos pela decisão que nós dois avíamos tomado sobre nossas vidas. 

Lali

Meses. Meses haviam se passado. E passamos nosso primeiro Natal e Ano Novo juntos. Como namorados. Aquele ano de descobertas e decisões havia acabado. E também, os familiares tinham que ser muito idiotas e marcarem um casamento na segunda semana do ano, só para pagar mais barato pelas coisas. Aquele seria o último casamento de família que eu ia. Não ia aguentar mais a pressão. Eu era praticamente a mãe da Manuela. Principalmente depois que decidi que não iria mais trabalhar.

Manuela: Nena?
Lali: Sim, princesa? - olhei-a.
Manuela: Telefone pra você.
Lali: Quem? - me virei para ela.
Manuela: Tia Candela.
Lali: Hm... ok. Tá bonito?
Manuela: Você tá linda, Nena.
Lali: Obrigada amor - sorri, pegando o telefone - A Nena já vai colocar o sapato em você. Alô? - coloquei o telefone na orelha.
Candela: Hey Lali, Victório e Gás estão chamando vocês pra uma noite de poker.
Lali: Só se você tiver de poker com a minha face, né? Ok, não podia perder a piada. Peter não disse que o casamento do meu primo é hoje?
Cande: Ah, é hoje? 

Lali: Se Dulce não contou, eu contei, não se lembra?

Cande: Você deve ter dito algo - suspirou - E amanhã?
Lali: Estarei me recuperando de uma ressaca e a noite vou levar Agus no aeroporto.
Cande: Mas que inferno, Mariana. Semana que vem?
Lali: Acho que estarei livre. Vou passar uma maquiagem preta, o que acha?
Cande: Ah, que se dane. Vamos ter que assistir filme de novo.
Lali: Te prometo que na semana que vem vamos, ok? Se quiser, até durmo lá com vocês.
Cande: Ai já é demais. Não, obrigada.
Lali: Ok, vou desligar. Tenho que me maquiar e terminar de arrumar Manuela.
Cande: Está bem. Bom casamento.
Lali: Pra você também, tchau - desliguei, jogando o telefone em cima da cama - Por que eu disse "pra você também"? Ah, dane-se. 
Depois de quase três horas, consegui me arrumar e arrumar Manuela. Depois de mais duas horas, eu estava quase dormindo em um banco de uma igreja. Mas como casamento era chato, pelo amor de Deus. Peter me cutucava a maioria das vezes para eu acordar, e só consegui acordar mesmo, quando já estávamos na festa. Apesar da festa de casamento ser legal, por que você come e bebe de graça, a pior coisa do mundo era encontrar seus familiares. Aquele bando de povo falso que nunca olha na sua cara e depois quando precisa vem pedir dinheiro. Eram por esses e outros motivos que no passado, odiava minha família.

Lali: A maluca tá vindo.
Peter: Quem?
Lali: A tia. A maluca, Peter - virei o rosto, olhando para Manuela que estava no colo de Dulce.
Tania: Querido - chegou perto de Peter, sorrindo.
Peter: Tia, como está?
Tania: Estou bem - sorriu - Olá querida - sorriu pra mim, que retribuí o sorrido - Vejo que se casou. E tem uma filha, que linda...
Peter: Hã?
Tania: A filha de vocês. Como se chama?
Peter: Tia, essa é Manuela. Minha irmã.
Tania: Ah, desculpe. Imaginei que não tivessem tido filhos.
Lali: Tia, sou eu, Mariana. Sua sobrinha, irmã do Juan Pedro.
Tania: Mariana? Claro, Mariana, querida. Como vai?
Lali: Bem... e você?
Tania: Estou ótima, querida. Mas ora, eu não sabia que Nicolás e Emilia haviam tido outra filha.
Peter: Quem?
Tania: Nicolás e Emilia.
Lali: Tia, nossa mãe se chama Gimena, não Emiçia.
Tania: Gimena, é verdade. Que cabeça minha... - riu - E então querida, aconteceu muita coisa após seu aniversário?
Lali: Faz quase um ano - sorri sem mostrar os dentes - Acho um pouco óbvio.
Tania: E o seu amor?
Anahí: Hã? - mirei-a, tentando me lembrar do que falava. 
Quando cheguei em casa, querendo que o mundo acabasse ali, nada podia ser pior do que aquilo. Um festa surpresa. Acho que tinha gente que nem eu conhecia ali. Olhei ao redor e vi Máximo, Rochi, meus tios. Até aquela minha tia doida que um dia me falou que eu ia me apaixonar por quem eu menos esperava. É, ela tava certa. Não tinha pessoa pior que o Máximo.

Peter: Do que ela está falando? - sussurrou no meu ouvido.
Lali: Ele está bem, tia. Muito bem.
Tania: Mande lembranças a ele, querida. Tchau, meus amores.
Lali: Ei, tia - segurei seu braço - Quem é Emilia?
Tania: Emilia Attias, querida. Sua mãe - e saiu.
Lali: Mas minha mãe se chama Gimena Accardi - cocei minha cabeça - Aliás, minha tia te mandou lembranças.
Peter: Acho que a louca aqui é você - revirou os olhos, me puxando para ir para a mesa.

Enquanto íamos para a mesa fiquei pensando. "Não sabia que Nicolás e Emilia haviam tido outra filha". Sim, outra filha. O que significava que eu... que eu era a adotada. E que sim, eu era adotada. E Peter e eu não éramos irmãos. Por que eu não era filha de Gimena. Mas... mas era filha de Nicolás do mesmo jeito. Talvez sejamos de casamentos diferentes. Sabia que Manuela não podia ser filha de Emilia, mas... mas eu sim. E antes que eu pudesse me sentar, a pergunta disparou dos meus lábios.

Lali: Mamãe, quem é Emilia Attias? 
A pergunta a pegou de surpresa, e Peter me puxou para a cadeira e me deu um beliscão. Eu precisava saber. Eu precisava mais que tudo saber quem era aquela mulher que minha tia disse que era minha mãe. E ainda achou que Peter e eu fossemos casados. Tudo estava se encaixando.

Gime: Por que a pergunta?
Lali: Quem é ela?
Gime: Como sabe dela?
Lali: Perguntei primeiro - revirei os olhos.
Gime: É uma velha amiga da família. Ou melhor, do seu pai. E agora, como sabe quem é ela?
Lali: Ela e meu pai tiveram um filho?
Gime: Como sabe disso?
Lali: Sou eu?
Gime: O que? Mariana, de onde tirou isso?
Lali: Quem é ela? Eles tiveram um filho?
Gime: Emilia e Nicolás se conheceram antes dele e eu termos algo. Tiveram uma filha, porém ela faleceu seis meses após o nascimento.
Peter: Então quer dizer que temos uma irmã? Mais velha do que nós? Eu não sou o primogenito? Estou chocado.
Lali: Calado - sussurrei - A criança sou eu. E ela morreu do que?
Gime: Acho que pegou uma infecção hospitalar, não sei.
Lali: Qual era o nome da criança?
Gime: Carolina se não me engano
Peter: E por que nunca nos contaram dela?
Gime: Não víamos necessidade de contar. Ela já faleceu há muitos anos, Peter. Vocês nem eram nascidos.
Lali: Hm... ok - tentei ocultar um sorriso, e peguei meu celular. 
"Tive uma ideia. É meio doida, mas é boa."
"O que é dessa vez, Lali?"
"Quando chegarmos em casa eu te conto."
"Você é louca, Mariana. Nem vem que não vou topar."
"Você vai. Eu te amo, meu Peter."

Sorri e guardei o celular. Logo acabei esquecendo daquela história e comecei a aproveitar a festa. Por causa de Manuela, não pudemos ficar muito, e acabamos vontando para casa cedo. Após colocar Manuela em seu quarto, e me garantir que meus pais já estavam dormindo, fui ao quarto de Peter, que estava deitado olhando pro nada. 
Peter : Manda a de agora - suspirou.
Lali: Quero fazer um exame de DNA.
Peter: O que? - me olhou, incrédulo - Só se você estiver doida, Mariana. Não faço, não faço e não faço
Lali: Ah, você vai fazer. Peter, está na cara, eu sou adotada.
Peter: Você ainda não desistiu dessa parada? Meu, esquece.
Lali: Peter faz sentido entende?
Peter: Por que você não aceita que somos irmãos e pronto?
Lali: Por que não somos, Peter. Você e eu não somos irmãos.
Peter: Sim, nós somos e já chega disso.
Lali: Topa fazer o exame?
Peter: Não. Eu não vou duvidar dos nossos pais, Mariana.
Lali: E a nossa felicidade, como fica?
Peter: Nossa felicidade é essa Lali. Juntos legalmente ou não, somos felizes.
Lali: Peter, a tia doida lá, me disse uma vez que eu ia me apaixonar por quem eu menos esperava, e olha eu aqui, agora. Por favor, é só um exame.
Peter: Isso é duvidar de uma vida. E se o resultado der negativo? E não formos irmãos?
Lali: Vai ser ótimo. Por qu...
Peter: Como vai ser pra eles, Mariana? Como eles vão se sentir sabendo que descobrimos que eles nos enganaram toda a vida? Isso não, Lali. O que você quiser, menos isso.
Lali: Você está só pensando pelos lados negativos, e os positivos, Pitt? Poderemos ficar juntos. Foda-se a sociedade... juntos.
Peter: E se der positivo? Vamos nos iludir, Lali. E não vale a pena.