Fanfic: DNA - Laliter (ADAPTADA) - Finalizada | Tema: Laliter

Joguei minha mala pela janela e Peter a pegou. Fez um pouco de barulho, mas nada que fizesse com que meus pais acordassem. Enquanto Peter colocava a mala no carro, eu desci. Chegando fora de casa, ele me esperava já com a porta do carro aberta. Porém, quando fui fechar a porta de casa, a mesma escorregou da minha mão suada, fazendo um barulho alto. Quando olhamos pela janela, a luz que iluminada à escada estava acesa. Droga! Não havia mais tempo. Peter correu para o banco do motorista e eu entrei no carro rapidamente. Ele colocou a chave no contato, mas o carro não queria ligar. Mas que inferno! Ouvimos passos vindo em direção à porta e ela tentou novamente ligar o carro. Dessa vez havia dado certo. Ligou o carro e acelerou rápido. Quando olhei para trás, vi minha mãe e ouvi seu grito chamando ao meu pai. Peter acelerou mais ainda e saímos disparadas de casa. A ultima coisa que vi antes de sair de casa, foi meu pai ligando o carro e nos seguindo.

Lali: Pitt, eles vão nos alcançar.
Peter: Não, não vão - acelerou mais. 
Quando percebi, já estávamos fora da cidade, e já pegávamos a estrada. Olhei para trás uma vez mais, e não vi nada. Olhei no velocímetro e Peter dirigia a 180 km/h. Logo foi diminuindo, e percebi que se concentrava mais no que estava fazendo. Não tínhamos a menor idéia para onde iríamos, mas somente pensamos em começar uma nova vida, em um lugar onde ninguém nos conhecesse. Mas quando pensei que tivesse acabado, vimos uma viatura fazendo sinal para que parássemos o carro. Nossa mãe havia ligado para o polícia. Peter acelerou novamente, achando que seria possível escapar deles. 

Lali: Pitt, é melhor a gente desistir. Não vai dar.
Peter: Calma, Lali. Eu vou dar um jeito - olhou para trás, pensando no que poderia fazer.
Lali: Peter - cutuquei-a - PETER. OLHA O CARRO.

Mas quando ele olhou, já era tarde demais. 

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Manuela

Minha mãe esteve em uma situação que não sabia o que fazia. Se chorava pela morte do meu irmão Peter ou se chorava pelo coma da minha irmã Lali . Acho que o que mais a havia chocado, era o fato de haver perdido Peter, por que sabia que ele não ia voltar. E Lali... bom, Lali estava em uma cama. Mas continuava viva. E de repente aquela era eu. Manuela, aos cinco anos, no velório do meu irmão. Pessoas que eu não conhecia, ou que até conhecia, mas não lembrava do rosto, estavam ali. Familiares, amigos, conhecidos... naquele momento todos estavam ali. A cena de vê-lo ali, eu tinha certeza que nunca ia esquecer. A única pessoa que se atreveu a vir perto de mim, foi Candela. Todos pensavam: "Pobre Manuela, nem deve saber o que está acontecendo", mas eu sabia... como eu sabia. Eu sabia exatamente o que estava acontecendo. E nem todos entendiam aquilo. No momento em que me senti mais sozinha, Candela me pegou no colo, e eu pude ver meu irmão, minha herói ,meu Careca pela última vez

Manuela: E quando eu crescer?
Peter: Ai sim você vai poder ter um coelho.
Manuela: E promete pra mim que você vai estar comigo pra cuidar dele?
Peter: Claro que sim. Eu sempre vou estar com você.
Manuela: Sempre?

Manuela: Você prometeu que nunca ia me abandonar - sussurrei, sentindo as lágrimas caindo.

Senti que depois daquilo, Candela não agüentou mais me segurar. Aquilo estava doendo muito nela também.

No dia seguinte, minha mãe não permitiu que eu fosse no enterro. Acho que ela não estava nem em condições de cuidar dela mesma, imagina de uma criança. Mas ao termino do enterro, me pegou na casa da mãe de Candela e fomos direto para o hospital, e chegando lá, tivemos noticias sobre a minha irmã.

Gime: E então? - olhou Lali.

Eram os aparelhos que a mantinham viva. Tinham aparelhos para o coração, para respiração, soro nos pulsos, um tubo na garganta que a alimentava, uma sonda. Horrível. Agora que eu nunca desejaria a ninguém, muito menos a minha irmã. 
Médico: Ela está bem, mas o bebê ainda luta pra ficar vivo e corre riscos
Blanca: O quê? - sussurrou.
Médico: Sua filha estava grávida. De sete meses , por inseminação .
Gime: Grávida?
Médico: Sm senhora. Sem previsão para ela sair do coma. Pode ser amanhã, daqui a uma semana... ou quem sabe daqui a anos. Talvez ela acorde com danos, ou sem, tudo depende de como o cérebro vai reagir, o bebê é questão de tempo pra ver se ele sobrevive ou não
Manuela: Ela vai viver, né moço?
Médico: Vai sim, querida - sorriu, passando a mão no meu rosto - Essa moça teve sorte. Conceber um bebê aos sete meses é muito complicado. O bebê bebe ainda não está pronto pra nascer... seria morte para os dois.
Gime: Mas ela está quase morta.
Médico: Não seja pessimista, senhora. Ela está viva. A senhora perdeu um... ou melhor, dois não ? - minha mãe assentiu - mas ainda tem duas vivas e que precisam de você. Tenha fé - sorriu e saiu do quarto.

Oito meses depois, já havíamos perdido toda essa fé da qual ele falava. O bebê ? sobreviveu e estava muito bem, tinham dado o nome que Lali sempre quis que seu filho se chamasse ... Bruno, Agustín que cuidava dele ja que meus pais não estavam muito confortáveis com essa "situação" 

Lali

Gime: É normal abrir os olhos? - perguntou ao médico pela milésima vez, abraçada a um porta retrato com uma foto minha, do Peter, da Daniela e de Manuela, que foi tirada alguns meses depois que Manuela nasceu.

Médico: Sim, é. Apesar do estado dela ser bem complicado, é normal.
Gime: Ela parece tão pálida com esses tubos. E essa coisa na garganta?
Nico: Ela precisa comer, Gimena.
Médico: Bom, com licença. Os senhores têm mais dez minutos.
Nico: Obrigado doutor.
Gime: Lali, acorda meu amor, o Bruninho precisa de você - passou a mão no meu rosto, abri os olhos e a vi chorando.
Manuela: Nena - a senti pegando minha mão, mas meu pescoço não obedecia aos meus comandos.
Gime: Ela sente sua falta, meu anjo. Acorda, por ela e pelo Bruno, acorda.
Nico: Precisamos ir.
Gime: Está certo. Eu te amo, minha filha - deu um beijo em minha testa e saiu do quarto logo em seguida.
Nico: Fica com Deus, meu amor - me olhou e pegou Manuela no colo.
Manuela: Quero falar com ela rapidinho, papai.
Nico: Certo - colocou-ao chão e ela veio até mim.
Manuela: Tchau Nena - deu um beijo na minha bochecha e saiu atrás do meu pai. 
Lali: Pitt, Dani não consigo falar.
Dani: Não adianta nem tentar, Lali, você não vai conseguir.
Lali: Ela estava chorando de novo. Isso tá me angustiando.
Peter: Calma Lali, que impaciência, eu hein?
Lali: Vai demorar muito para voltar ao normal?
Peter: Mais ou menos. Você vai ter que ser paciente.
Lali:  Como está o Bruno Pitt ?

Peter : Está ótimo nosso filhote, Agus está cuidando muito bem dele relaxe e não pertube

Lali : Até mortos vocês não param de encher meu saco.
Daniela: Hoje você vai receber uma visita - me ignorou.
Lali: E de quem?
Daniela: De uma pessoa. Pare de ser curiosa.
Lali: E você chata.