Fanfic: DNA - Laliter (ADAPTADA) - Finalizada | Tema: Laliter

Epílogo  

A escritora Marianella e o jornalista Thiago tiveram uma vida longa e feliz. Casaram-se sete anos após se conhecerem, fazendo de Jazmín a madrinha. Tiveram três filhos, dois meninos e uma menina. Reencarnaram diversas vezes para viverem um para o outro, mas não como irmãos. Mariana e Juan Pedro nasceram para descobrir o valor das escolhas. Em vida, resgataram a interrupção que havia ocorrido na vida anterior de Mariana, não tendo que passar pelo mesmo outras vezes. Podiam ter feito escolhas erradas, mas nunca se arrependeram do que fizeram. E sabiam que iam ficar juntos... até a eternidade. 
"Mariana era uma criança insuportável. Aos 4 anos de idade, era a criança mais mimada que eu já havia visto. Seu nariz era tão empinado, que eu tinha uma louca vontade de bater, e eu as vezes duvidava que havíamos tido a mesma criação. Lembro-me de suas íris castanhas banhadas em lágrimas da primeira vez em que havia visto um palhaço. Toda aquela pose de princesinha dela caiu e nunca a vi chorar como aquele dia. Tenho mais lembranças dela como criança do que quando já éramos adultos. Quem sabe por que de certa forma, eu sabia que aquela seria a primeira e última vez que iríamos crescer juntos." Juan Pedro

"A primeira lembrança que tenho de Peter, está tatuada em minha mente. Ambos tínhamos 5 anos e Dani tinha meses, Peter corria pela casa. Naquele mesmo dia, ele caiu e quebrou o braço. Fiquei rindo dele, mas meses depois, paguei pela minha língua. Ao contrário de mim, ele me cuidou. Como qualquer namorado faria por sua amada. Acho que me apaixonei por ele naquele dia. Mas só descobri anos depois, quando tudo estava quase acabando." Mariana 

Mariana chegou em casa e passou reto por Peter, Dani tinha acabado de entrar em seu quarto então nem chegou a ver a irmã. Sua expressão a entregava: estava nervosa. Jogou sua mochila no chão e foi até a cozinha, abrindo a geladeira.

Peter: Ei, onde estava? Te procurei para virmos embora juntos, mas você não estava no colégio.
Lali: Minha sala foi dispensada mais cedo e acabei indo a casa da Calú. Cade a Daniela ?
Peter: Ah sim, mas da próxima vez avise, sim?
Lali: Tentarei.
Peter: Te respondendo, a Dani está no quarto dela ... A mamãe foi ao médico hoje. E me ligou dizendo que é uma menina. O papai tá bobo.
Lali: Que se dane. Essa menina só vai vir para atrapalhar mais nossa vida.
Peter: Não fale assim, Lalita.
Lali: Não me chama de Lalita, seu imbecil. Você e essas suas manias.
Peter: Tá irritadinha, manina? - riu, puxando-a pelo braço.
Lali: Me solta, Juan - puxou seu braço.
Peter: Por que você só me chama de Juan?
Lali: Por que é seu nome, idiota.
Peter: Como você é chata, Lalita - puxou-a com força, abraçando-a. 
 Lali estava com raiva. Estava confusa. Não sabia no que pensar. Querendo ou não, aquela era sua família e não podia condená-la por algo que havia acontecido em vidas passadas. Se havia sido assassinada por amor, ela não sabia o por que, mas sabia que nesta vida, isso a estava afetando. Sabia desde o princípio que não deveria ter aceitado aquelas sessões de regressão. Retribuiu o abraço do irmão, mas pouco depois o empurrou, brincando. . 
Lali: Se estiver carente, vai procurar sua namorada dragãozinha. Por que eu não curo carência de ninguém, principalmente do meu irmão
Peter: Não somos namorados. E outra, não chame-a assim. Ela até que é bonitinha.
Lali: Para quem tem mau gosto, quem sabe.
Peter: Ciumenta - riu, apertando seu nariz e saindo da cozinha.

Ela simplesmente parou, suspirou e ficou olhando-o sair. Aquela foi a última vez que se abraçaram antes de sua mudança. Antes de Bruno nascer ... antes daquele sentimento ser descoberto ... antes daquele amor surreal fluir por muitas e muitas vidas ...
"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos". (Charles Chaplin)




FIM!