Fanfic: DNA - Laliter (ADAPTADA) - Finalizada | Tema: Laliter

Lali

Os dias passaram mais rápidos do que eu queria. Achei 2 fotos da minha irmã no meu guarda roupa e as coloquei em minha escrivaninha (Fotos)

Quando me dei conta, um mês já havia acabado e outro estava iniciando. E não, aquele beijo com Peter não saia da minha cabeça. Eu tentei esquecer, mas era inevitavel. Eu abria os olhos pela manhã, e a primeira coisa que vinha a minha cabeça, era o jeito como ele me olhava ao mesmo tempo que se afastava de meu rosto. Parecia que seu perfume estava impregnado em qualquer canto dessa maldita casa. Se eu ia a cozinha sentia seu perfume, se ia ao banheiro, a sala, ao corredor, a garagem, lavanderia... Não importava para que lugar eu fosse, Peter estava ali, presente.
Tentei esquecer. Sair mais com Maximo , Vico, mas simplesmente não conseguia. Pensei até em sair com outra pessoa além dos dois, mas me dei conta de que Maxi já era chifrudo demais, e não precisava disso.
Confesso que depois do beijo comecei a ignorar Peter. Mas era instinto, não tinha como. Parecia que algo me travava. E por mais que eu quisesse voltar para seus braços e beijá-lo sem parar, sabia que não poderia fazê-lo, por isso que o evitava.

Jaime: Você não percebeu?
Lali: Percebi o que?
Jaime: Pedro.
Lali: O que tem ele?
Jaime: Por Deus, Johanna, ele está louco por você - olhei para Agus, que riu baixo.
Lali: Não, Fernando, claro que não - disse, contendo o riso.
Jason: Claro que... Christian, para com isso, por favor?
Agustín: Desculpa. Juro que não faço de novo.
Mariano: Vamos, Christian, colabore.
Agustín: Desculpe - conteve o riso e olhou para seu livro.

Neste mesmo dia, quando cheguei em casa - já com meu carro - sabia perfeitamente que os dias não seriam tão rotineiros como são. No dia segunte seria o aniversário de Manuela, e minha casa estava um bagunça. Não que a festa fosse ser ali, mas minha mãe nunca a havia deixado naquele estado. 

Depois do que havia acontecido com Peter, algo fazia com que eu fosse mais simpática com Manuela. Um dia a gente tem que aceitar as coisas...

Manuela: Láh, você comprou um presente pra mim? - perguntou com os olhos brilhando.
Lali: Ainda não comprei, Manuela.
Manuela: Por que você me chama de Manuela? O Careca me chama de Manu - fez bico, e eu me sentei no sofá.
Lali: Ok, Manu - sorriu e veio até mim.
Manuela: Posso sentar no seu colo?

Fiquei sem reação. Ela nunca havia pedido isso. A mirei, ainda sem reação. Sorri um pouco, e logo percebi que havia ficado quieta por tempo demais.

Lali: Cl... Claro que sim - ela estendeu os braços e eu a peguei.
Manuela: Eu gosto muito de você, Lá- passou os braços pela minha cintura e colocou seu rosto no meu pescoço.
Lali: Eu... - engoli seco - também, Manu.

Aquela reação inesperada dela me deixou totalmente de queixo no chão. Será que Peter havia mandado-a vir até mim? Óbvio, o que mais seria? Mas a pergunta não era essa. Mas sim, por quê? Por que havia mandado Manuela ser toda doce comigo. O que ia ganhar?

Lali: Manu, eu vou subir.
Manuela: Ok - saiu do meu colo e sorriu - Não esquece do meu presente, tá?
Lali: Tudo bem - eu ri - Escuta, o Careca está em casa?
Manuela: Num tá no quarto?
Lali: Verei - sorri e fui para o quarto de Peter - Pitt...
Entrei no quarto sem bater, e me espantei com o que vi. 
Peter: ESTÁ LOUCA?
Lali: Po... po... - sai do transe e me virei, ficando de costas pra ele - Precisamos conversar. Será que você podia colocar uma cueca?
Peter: Quer falar sobre o que, Mariana?
Lali: Se você colocar uma roupa eu até posso falar.
Peter: Ok.

Mas em pensamento eu dizia: Não, não, por favor não coloque. Esperei um pouco, mas espiava um pouco pelo canto do olho. Meu Deus! O QUE ERA AQUILO? Respirei fundo e me virei para ele. Adeus Lali tarada! Olá Lali séria. Lembre-se o porque de estar ali.

Lali: Você poderia, por favor, parar de pedir pra sua irmã vir até mim e dar uma de boazinha?
Peter: O que? - riu. Ironica!
Lali: Treinou com ela quantas vezes? Eu gosto muito de você, Lah. O que você vai ganhar com isso?
Peter: Do que você está falando?
Lali: Não se faça de sonso, Peter. VOCÊ SABE O QUE FEZ.
Peter: Não ouse aumentar a voz, comigo, Mariana Elizabeth.
Lali: Vai me bater é? - desafiei.
Peter: Se eu bater, você vai correndo contar para a mamãe.
Lali: Nunca fiz isso, Peter. E não é hoje que vou fazer. Sou mulher o suficiente para enfrentar as coisas sozinhas.
Peter: Dormir com qualquer um que aparece não é ser mulher, Mariana.

Senti meu sangue subir, ferver. Apertei minha mão com força para não voar e matar ele. Acho que meus olhos diziam tudo por mim. Não fiz nada. Absolutamente nada. Havia até me esquecido porque estava ali, não importava mais. Me virei, ignorando o que ela havia dito e dei um passo.

Peter: Lali, desculpa - segurou meu braço.
Lali: Não... Você está certo. Uma mulher que beija o própro irmão não é mulher. É uma estúpida... Uma estúpida por se rebaixar ao seu nível.
Peter: Eu não quis dizer isso.
Lali: Você disse, não tem mais jeito. Só para de manipular Manuela para saber algo sobre mim, Peter.
Peter: Mariana... - sai do quarto, fervendo de raiva.

Fui para o meu quarto e resolvi tomar um banho para ver se esfriava a cabeça. Resolvi nem descer para jantar, pois não queria falar, muito menos olhar em sua cara. Coloquei "Antes que termine o dia" no DVD e deitei em minha cama, com a intenção de dormir o mais rápido possível. E sem nem ligar o notebook. Precisava de paz... só eu!Mas claro que era impossível ficar em paz naquela casa. Para mim, parecia mais um hospício do que propriamente uma casa, ai Dani - peguei o porta retrato onde tinha uma foto minha e dela- como eu sinto sua falta minha pirralha... Quando estava na parte mais triste do filme, bateram na porta. Revirei os olhos, pausei o filme e falei para que entrassem.

Peter: Lali - entrou no quarto com uma bandeja.
Lali: Ah, é você - dei play no filme e voltei a atenção a TV.
Peter: Como você não desceu para jantar, resolvi trazer isso pra você - colocou a bandeja no canto da cama.
Lali: Ah, obrigada por se preocupar. Agora que já deixou, já pode ir embora - sem tirar meus olhos da TV.
Peter: É, eu queria te pedir desculpas - se sentando ao meu lado.
Lali: Pode ir - repeti e ela continuou ali - Não tem problema Juan Pedro. Você estava de cabeça quente.
Peter: Sabe o que eu não entendo? O porque de você ter ficado assim. Você nunca se estressa com nada, muito menos do que dizem de você, e pelo que eu disse, você ficou.
Lali: É... Não sei - confessei. Por que de verdade eu não sabia , tudo que fazia era pelo automático . Podia dar a desculpa de que fiquei assim depois que a Dani morreu mais eu sabia que não era isso 
Peter: Outra coisa, o que você quis dizer com Manuela?
Lali: Você sabe o que eu quis dizer. Não é certo ficar mandando a menina vir ser minha amiguinha para descobrir algo.
Peter: Mas eu não a mandei. Lali: Como não?
Peter: Você já pensou que ela a única coisa que ela quer, é uma irmã?

É, isso eu não havia pensado. Durante seus quatro anos de vida, eu nunca fora carinhosa com ela. Sempre era grossa, dava patada e não queria saber dela. E depois que havia ficado com Peter, estava notando uma certa mudança entre mim. Até em relação a Manuela. Me ajoelhei na cama e peguei a bandeja no canto dela, sem falar nada. Peguei um biscoito e mordi, ainda pensando nisso.

Peter: Quem cala concente - se levantou e me olhou.
Lali: O que foi? - tomei um gole de leite.
Peter: Nada - ele sorriu 

De repente foi tudo muito rápido. Ela se aproximou rápidamente do meu rosto, me deu um selinho demorado parou o beijo ficamos com as testas coladas enquanto ele acariciava minhas bochechas , disse quase num sussurro "Boa noite pequena" e saiu do quarto,Após selar seus lábios nos meus, levei minha mão até eles, e sorri. O que ele estava fazendo comigo?
Tentei - em vão - continuar a assistir o filme, mas não consegui. Seu ato fora totalmente... impossivel de explicar. Resolvi tentar dormir, e ver se eu esquecia dele, e de como parecia ser perfeito. Consegui, mas mesmo nos sonhos, ele estava ali. Rochi não sabia a sorte que tinha. Não sabia mesmo.