Fanfic: DNA - Laliter (ADAPTADA) - Finalizada | Tema: Laliter

Lali

Lali: Você já se sentiu... estranho quanto está perto de uma pessoa?
Agus: Me sinto assim todas as vezes em que estou perto de você.
Lali: Por quê? - estranhei.
Agus: Por que ainda não me conformo como eu sou seu amigo.
Lali: Idiota. Não, mas agora é sério... É como se eu perdesse a fome só de pensar nessa pessoa. E quando a vejo, minhas mãos suam e meu coração acelera. É estranho.
Agus: Nunca sentiu isso?
Lali: Não.
Agus: O que você sente pelo Maxi?
Lali: Por que a pergunta?
Agus: Me responde. Como você se sente e o que você sente quando está com ele.
Lali: Pra ser sincera, quando estou com ele, o que eu mais quero é que o tempo passe rápido para eu chegar em casa. Ficar com ele é tão chato.
Agus: E perto de quem você sente aquelas coisas?
Lali: É... - enrolei - Victorio.
Agus: Já pensou que pode estar apaixonada?
Lali: Hein? - o mirei, e tive um ataque de risos.
Agus: Não ria, Lali. Isso é sério.
Lali: Agus, você já se apaixonou?
Agus: Quem te garante que não?
Lali: Ai Gúh, por Deus, óbvio que não. Nem você, e muito menos eu.
Agus: As vezes eu odeio isso em você, Láh. Você é incapaz de dizer que tem sentimentos.
Lali: Eu tenho sentimentos, Agus.
Agus: Então deixa eles sairem. Não fica pra sempre nesse mundo, Lali, é sério.
Lali: Agustín, cala a sua boca, ok?
Agus: Não, não vou calar a boca. E eu já estou cansado de você, vai embora.
Lali: Ah, obrigada pela sua amizade sincera - me levantei e peguei minha bolsa - Até amanhã, Agustín - sai de seu quarto - Tchau Lori.
Lorena: Já vai, Lali? - perguntou, quando passei pela sala.
Lali: Já sim. Até mais - dei um beijo em seu rosto e saí de lá. 
Ao chegar em casa, para minha sorte, Manuela já estava na cama, e Peter estava deitado no sofá assistindo alguma coisa na TV. Me sentei no braço do sofá e ele me olhou, se sentando. Não disse nada e me sentei ao seu lado. 

Peter: E então? - me olhou.
Lali: O que?
Peter: Por que não subiu? Saiu nervosa? Saiu me xingando?
Lali: Por que eu não quero.
Peter: Bebeu?
Lali: Só um pouco - diz um sinal com os dedos.
Peter: Anahí, você tá bêbada? Mesmo? - assenti.

E não estava mentindo. Eu realmente havia bebido. Só umas... 8 ou 9 doses de tequila.

Lali: Um pouco, já disse.
Peter: E como veio dirigindo pra casa?
Lali: Como sempre faço. Dirigindo, oras.
Peter: Você é louca - revirou os olhos e olhou para a televisão novamente.

Eu abaixei a cabeça e comecei a chorar. Peter ouviu minhas fungadas e começou a me olhar. Quanto mais tentava parar de chorar, mais eu chorava. Peter começou a rir, mas não tirava os olhos de mim. Diabos, por que eu estava chorando?

Peter: Você não vai me comover com essa ceninha não, Lali.
Lali: Eu e o Agustín brigamos - olhei minhas mãos.
Peter: E por que?
Lali: Por que... por que... - o olhei - Não sei por que - fiz um bico triste e ele riu.
Peter: Você até que fica legal bêbada.
Lali: Ele disse que eu estou apaixonada - sequei minhas lágrimas.
Peter: E por quem?
Lali: Eu não estou apaixonada. E se estiver, é pelo meu namorado.
Peter: Qual deles, Lali?
Lali: Sabe que eu não sei? - pensei - Eu tenho mais de um?
Peter: Dois. Que eu saiba, pelo menos.
Lali: Sabe - fiquei de lado -, eu nem gosto tanto assim deles.
Peter: A bebida entra e a verdade sai. E por que está com eles?
Lali: Não sei - pensei novamente.
Peter: Não é melhor você ir dormir?
Lali: Posso assistir televisão com você?
Peter: Só se me responder uma coisa antes.
Lali: Pode falar - sorri.
Peter: Por que Manuela está me tratando com indiferença?

Eu estava bêbada mas não era burra. Se ele estava achando que eu ia responder a ela a verdade, estava muito enganado.

Lali: Não sei.
Peter: Como não sabe, Mariana?
Lali: Eu juro que não sei, Pitt. Ela simplesmente não larga de mim, e lembro dela ter algo sobre você...
Peter: O que ela disse? - perguntou, animado.
Lali: Acho que... - pensei - Ah, não lembro agora. Mas eu juro que não falei nada a ela.
Peter: Ok, sem problemas - pareceu irritado - Pode ficar ai, vou subir - se levantou.
Lali: E meu beijo de boa noite?
Peter: O que? - riu.
Lali: Quero um beijo de boa noite, oras - Que diabos você está falando Mariana? Cale-se. Agora.
Peter: Hum... - se sentou novamente - Lali, você quer um remédio? Eu te juro que não vou te dar um relaxante muscular.
Lali: Não quero um remédio, quero um beijo de boa noite - revirei os olhos.
Peter: Er, Lali, é melhor você ir dormir. Eu te levo até o seu quarto.
Lali: Sério? Que fofo - sorri para ele - Mas quero um beijo.
Peter: Ai por Deus - chegou mais perto de mim.

Quando a vi chegando perto do meu rosto, fechei meus olhos. Roçou seu nariz na minha bochecha, e no mesmo lugar depositou um beijo. Ao abrir meu olhos, virei meu rosto e ficamos cara a cara. Nossos olhos se encontraram perfeitamente. O castanho completava o verde, e o verde completava o castanho. Senti uma enorme vontade de sorrir e o agarrá-lo, mas ele que teria que fazer aquilo naquele momento. Seu nariz encostou no meu, e eu senti seu hálito quente no meu rosto. Fechei meus olhos, mas abri no seguinte segundo em que ela pronunciou as 9 palavras que mais me ofenderam na vida. 
Peter: Se você valesse alguma coisa, eu até te beijaria - se afastando do meu rosto.

A única coisa que vi depois, foi seu rosto com a marca da minha mão. Minha vontade era de enforcá-la e vê-la morrer ali na minha frente.