Fanfic: DNA - Laliter (ADAPTADA) - Finalizada | Tema: Laliter

Ao chegar em casa, Peter já estava lá, um pouco mais nervoso do que o normal. E quando entrei pela porta, já começou a berrar comigo.

Peter: E então?
Lali: Não te devo explicações.
Dulce: Você me prejudica, sabia, Mariana?
Lali: ELA PREJUDICOU O MEU CASAMENTO.
Peter: PARE DE SER HIPÓCRITA, MARIANA. VOCÊ NÃO QUERIA ESSE CASAMENTO.
Lali: MAS TAMPOUCO QUERIA QUE ACABASSE.
Peter: ESPANCAR ELA POR QUE ELA CONTOU AO SEU NOIVO? POR FAVOR.
Gime: Meu Deus, o que aconteceu? - chegou a sala.
Lali: ELA MERECEU, PETER. E VOCÊ É NOJENTO. NÃO ACREDITO QUE UM DIA N... - olhei para minha mãe e respirei fundo.
Peter: CALE-SE MARIANA. VOCÊ NÃO SABE DE NADA QUE ACONTECEU.
Lali: VOCÊ É O BOM MOÇO, PETER. BONS MOÇOS NÃO COMEM AS AMIGUINHAS. VOCÊ É SUJO.
Peter: AH - riu, irônica - EU SOU SUJO? ME POUPE MARIANA.
Lali: SE EU TRAÍ O MÁXIMO POR TODO ESSE TEMPO, EU TIVE UM MOTIVO. NUNCA ESCONDI DE NINGUÉM QUE EU SOU QUEM SOU, MAS VOCÊ SE FAZ DE MOCINHO E NA VERDADE NÃO É NADA DISSO.
Peter: EU NUNCA TRANSEI COM A CANDELA, MARIANA. ENTENDA ISSO. QUEM ME DISSE QUE VOCÊ É MELHOR DE CAMA DO QUE ELA, FOI ELE, NÃO EU.
Gime: Do que vocês estão falando? - nos olhos - Como assim você disse, Peter?
LALI: VOCÊ NUNCA FOI PRA CAMA COMIGO PETER. E EU TERIA NOJO DISSO. MESMO VOCÊ SENDO MEU IRMÃO, EU PREFERIA VIVER TODA UMA VIDA COM MAXI DO QUE COM VOCÊ - disfarcei, ao perceber o que ela havia dito.
Peter: Eu nunca fui pra cama com ela, Lali. Nunca traí Rócio, e você sabe muito bem disso - disse, se acalmando.
Lali: Não acredito.
Peter: Candela não tem olhos para ninguém além de Victório. Seria mais fácil eu ir pra cama com Poncho do que com ela, Mariana. E acredite se quiser, essa é a verdade - se virando e indo para a cozinha.

Maldito dia em que ele a havia conhecido. 
Havia se passado mais ou menos um mês depois de todos aqueles acontecimentos. Eu não aguentava mais ficar perto de Peter sem querer ficar com ele, e ter que me saciar com Victório, já não sentindo mais nada. O sexo não era mais tão atraente como era antes. Eu sentia enjôo ao ficar perto de Vico, e me sentia suja após seus beijos. Me sentia totalmente triste e sem vontade de fazer nada quando via Peter e Rochi juntos. Ficava o maior tempo possível fora de casa, mas quando chegava a tristeza me inundava uma vez mais. Não havia mais encostado em Peter, o beijado, feito nada que fizesse com que eu tivesse esperança. A esperança que eu sabia que nunca ia se tornar real. Naquele dia, Manuela já quase dormia em meu colo, e eu fungava baixo enquanto cantava, para que ela não escutasse e nem percebesse que eu estava chorando. De novo.

Lali: Estaba tan cansada, de solo dar pasos atrás, de tratar de olvidarte y no pensarte, lo que me sigue es escapar - cantava, quase em um sussurro - Teníamos tantos sueños, que jamás los vi cumplir. Planeando siempre el mañana...
Peter: Pero ahora estoy sin ti - completou, ao se sentar ao meu lado - Gosto dessa música.
Lali: Ah, você - virei o rosto, secando minhas lágrimas e dando uma última fungada.
Peter: Estava chorando?
Lali: Não - minha voz falhou - Só estava cantando conforme a música.
Peter: Você é uma das únicas mulheres que eu conheço que ficam bonita quando choram - insistiu. Lali: Y voy a subir en este tren, no me importa el destino, quiero estar conmigo, saber que también yo valgo la pena y que mi corazón ha estado tan tibio, por falta de amor - olhei para o lado ao sentir sua mão me abraçando pelo ombro. Coloquei minha cabeça em seu ombro e voltei a cantar - Y en este vagon, vi en los ojos de alguién más a tu corazón.
Peter: Por quem está apaixonada? - me perguntou, fazendo meu coração disparar. Resolvi que não deveria parar de cantar.
Lali: Te vi y decidi ignorarte, la verdad no estoy en posición, de sufrir y decidí bajarme en la primer estación. Pasaron mas de cuatro días, y en mi pensamiento estabas tú...
Peter: Pero mira que bella es la vida, te sorpreende cuando menos crees.
Lali: É minha parte preferida.
Peter: Acho que você errou. Você disse "y en mi pensamiento estabas tú" e o certo é "estaba él".
Lali: Ah sim. Quem se importa? É só uma música.
Peter: Não me respondeu ainda. Por quem está apaixonada?
Lali: Faz uma coisa pra mim?
Peter: Sabia que só os idiotas respondem uma pergunta com outra pergunta? - riu, e eu continuei séria - Ok, pode falar.
Lali: Me abraça e não me solta mais?

No mínimo ele me achou carente. Me abraçou e senti que meu coração estava um pouco mais feliz do que normalmente estava. Meus pais haviam visitado minha avó pela terceira vez no mês, e pela primeira vez, havia resolvido ficar em casa para ficar com Manuela, ao invés de sair e procurar por Agustín, ou alguém que me consolasse. Ficamos minutos em silêncio, e quem nos visse, acharia que nós éramos uma família 
Lali: Já se sentiu tão triste, que nem sexo poderia te animar?
Peter: Não sei se já fiquei triste a esse ponto. Sabe - começando a fazer um cafuné em mim -, de um tempo pra cá, eu não venho tendo um relacionamento tão bom assim com Rócio.
Lali: Como assim?
Peter: Quando a vejo, sinto que ela fica muito tempo grudada em mim, no meu pescoço e isso me irrita. Fico bem quando ela não me liga e melhor ainda quando ela está no hospital, por que se sei que ela está lá, não vai estar boa o bastante pra ficar me enchendo o saco. E quando estamos juntos, não sinto que ela me dá prazer. A verdade é que ela nem me excita mais.
Lali: Bem-vindo ao mundo dos que traem. Por que você acha que eu traia o Máximo? Me sentia exatamente como você se sente.
Peter: Eu sempre gostei tanto dela, sabe? Não sei como isso pode mudar de uma hora para outra.
Lali: Acho que te entendo. Vou colocar Manuela lá em cima. Já venho.
Peter: Ok - me soltando e eu me levantei.

Deixei Manuela em seu quarto e me encostei na parede. Tirei minha blusa e a cheirei. Seu cheiro. Olhei para meu corpo. Eu precisava daquilo. E não me importaria o que ele iria pensar, eu tentaria. Saí do quarto de Manuela e joguei minha blusa no chão. Logo em seguida tirei minha calça e minha sandália. Tirei meu sutiã, ficando só de calcinha. Coloquei meus cabelos em cima dos meus seios e desci as escadas. Ele olhava para a televisão, mudando de canal sem parar, como de costume. Fiquei parada olhando para ele. Fui até ele e beijei seu pescoço, subindo para sua orelha, e em seguida a mordi. Levei minhas mãos até sua blusa e a puxei. Ele se virou, ficando de joelhos no sofá e me olhando.