Fanfic: DNA - Laliter (ADAPTADA) - Finalizada | Tema: Laliter

Peter: MARIANA.
Lali: JÁ ESTOU DESCENDO - gritou de seu quarto.
Peter: Aham - revirei os olhos.

Minutos depois ela desceu, com minha câmera na mão. Sorriu para mim e eu me levantei, indo até ela.

Peter: E então?
Lali: Quero uma foto com roupa agora - riu, me entregando.
Peter: De corpo inteiro?
Lali: Não, vem aqui - me abraçou - Hum... é melhor você tirar.
Peter: Ok - peguei a câmera.
Lali: Ficou lindo, meu amor. Você ficou tão Fofo.
Peter: O que? - comecei a rir.
Lali: Olha que lindo - me mostrou.
Peter: Nem inventa Lali, nem fiquei.
Lali: Ficou sim - sorriu, me dando um selinho. 


Peter: Ok, eu fiquei, mas um pouco só.
Lali: Ficou lindo. Agora vamos que eu preciso alimentar sua filha.
Peter: Minha o que?
Lali: Sua sobrinha - riu - É brincadeira, seu bobo. Vamos - colocando a câmera em cima do sofá e me puxando porta à fora.

Aquele foi o final de semana mais feliz que passei com Lali. Pudemos ser nós mesmos sem nos esconder de absolutamente ninguém, pudemos nos amar sem pudor, sem medo de nada. Por que o que Lali e eu tínhamos ia muito além do sexo, até muito além do próprio amor. Foi extremamente delicioso acordar na manhã de domingo com ela abraçada a mim, tão frágil, tão inocente, como eu nunca havia visto. Por alguns minutos, fiquei só admirando-a dormir por algum tempo, e depois, cuidadosamente a tirei de cima de mim, e como não me admirou, ela somente se virou para o outro lado e dormiu. Fui até o banheiro e entrei direto no banho. Lali me deixava esgotado. Fiquei ali relaxando por algum tempo, e após voltar ao quarto, ela continuava dormindo, como sempre. Me troquei e resolvi fazer algo para comer. Ela merecia. Fui até ela, dei um beijo em sua testa e sorri. Eu não tinha a mínima idéia como, mas íamos ficar juntos para sempre. 

Lali

Parecia que depois do nosso final de semana, tudo começou a correr mais rápido. Bem mais rápido do que o normal. O aniversário de Peter chegou, e pela primeira vez pude disfrutar daquele dia com ele. Manuela, ele e eu estávamos mais unidas do que nunca, e não era de se admirar que pensassem que era nossa filha, pois a tratávamos como. Meus pais continuavam cegos e surdos e graças ao bom Deus, nem percebiam que entre mim e Peter havia algo a mais do que uma relação de irmãos. A exibição da peça estava acabando, e a cada dia, o aperto no meu coração aumentava mais e mais. O dia de dizer a Peter que eu iria sair de casa estava chegando, e por mais que eu quisesse crescer profissionalmente, eu também não queria perder minha família justamente agora que eu o havia conquistado. Tentava me controlar na frente dele, não começar a chorar, mas as vezes era impossível. Eu já havia contado a ele que ia sair de casa, mas não estávamos juntos e... fazia tanto tempo. Já não aguentava aquela angustia, aquela dor. Agustín, como sempre, me aconselhou diversas vezes para que falasse com ele, esclarecesse a verdade, mas eu não me sentia em condições para chegar nele e dizer: "Eu sei que você largou a sua namorada, a sua vida pra ficar comigo. Sinto muito, mas estou indo embora de casa". Era egoísmo fazer aquilo, e tampouco sabia se ele iria entender. Com o final de Setembro mais próximo que nunca, acabei recebendo uma ligação não tão agradável. E ele, acabou sabendo da pior forma o que estava por acontecer. 
Lali: Boa noite - passei por meu pai e por Manuela.
Manuela: Oi Lali - sorriu.
Lali: Oi - dei um sorriso fraco e fui em direção a escada.
Nicolás: Boa noite - me cumprimentou, sem tirar os olhos da tv.
Lali: Amor,o Careca já chegou? - perguntei a Manuela.
Manuela: Ainda não.
Lali: Obrigada - subi as escadas e fui para meu quarto.

Ao entrar em meu quarto, me espantei. O quarto que estava todo bagunçado, como eu havia deixado de manhã, agora estava todo arrumado, e em cima da minha cama tinha uma rosa azul e um bilhete. "Achei que podeira te animar um pouco. ♥ Peter ". Sorri, cheirando a rosa e me deitei na cama. O que eu ia fazer? Qual seria a reação dele quando eu dissesse que a gente simplesmente ia ter que deixar tudo para trás e seguir nossas vidas em frente? Eu, com um ou mais homens ou mulheres , e ele, quem sabe, com Rócio, ou outra mulher. Eu realmente queria que aquilo durasse para sempre. Ou quem sabe, queria que aquilo nunca tivesse existido. 
Que eu simplesmente não tivesse me apaixonado por ele. Assim nos iria poupar muito sofrimento. Olhei para o porta-retrato que Victório havia me dado de presente e olhei atentamente as fotos. Eu havia retirado uma minha e de Agus que tinha, para dar lugar a uma que havia somente Peter e eu. Aquela que eu havia achado que ela estava fofinho. Meus pensamentos foram interrompidos pela minha menininha que entrou no quarto correndo, e dizendo que o jantar já estava pronto. Acho que minha tristeza estava muito notável, que não pude esconder nem dela.

Manuela: O que foi, Nena? - passou a mão nos meu cabelo, fazendo carinho.
Lali: Eu estou triste - tentei conter o choro.
Manuela: Por quê, Nena?
Lali: Por que eu não quero deixar você... e nem o Pitt.
Manuela: Espera ai - saiu correndo do quarto.

Fiquei sem entender o que ela ia fazer, mas minutos depois ela apareceu ao meu quarto agarrada a uma boneca de pano que me lembro ter ganhado de Peter no Natal... ou do Papai Noel, como ela achava. Me sentei na cama e ela ficou em pé, ainda abraçada a boneca. 
Lali: Que linda a sua boneca - sorri.
Manuela: O Papai Noel que me deu de presente.
Lali: Aham, eu me lembro. E você gosta muito dela, não é?
Manuela: Gosto - assentiu - Sabe por que ele me deu ela?
Lali: Por que era Natal não era?
Manuela: o Careca me ajudou a escrever uma carta pra o Papai Noel.
Lali: E o que você escreveu nela?
Manuela: Que de presente eu queria ganhar um abraço seu.

Me segurei o máximo que pude, mas antes que eu pudesse evitar, as lágrimas já caiam dos meus olhos e eu olhava para cima, para tentar me conter. Respirei fundo e a olhei. 
Lali: É? - perguntei, quase sem voz.
Manuela: Aham. E o Papai Noel disse pro Careca que toda vez que eu quisesse te abraçar, era pra abraçar a boneca e ai você ia sentir meu abraço. Só que eu não preciso mais dela - estendeu a boneca a mim e eu a peguei.

Olhei atentamente a boneca, mas a coloquei de lado em seguida. Abracei Manuela e comecei a chorar mais do que já estava chorando e não conseguia me conter. Tentei parar, mas quanto mais tentava, mais impossível ficava. Eu não tinha o que dizer, não tinha o que fazer. Como um dia eu pude ser capaz de fazer aquilo com uma menina de 3 anos?

Lali: Me desculpa... me desculpa - repetia quase sem voz.

Vê-la falar aquilo me fez ficar tão frágil. E principalmente vê-la frágil. Depois de alguns minutos, parei de chorar, limpei minhas lágrimas e peguei a boneca, sorrindo.

Manuela: Agora ela é sua. E toda vez que você ficar triste, você pode abraçar ela.
Lali: Obrigada.
Manuela: Vamos jantar, Lali? Eu estou com fome.
Lali: Vamos - me levantei - Pode ir lá, que eu só vou lavar meu rosto e já vou, ok?
Manuela: Tá bom. Te espero. Ah, e o Careca já chegou, tá?
Lali: Tá bom, minha linda. Eu já desço - sorri, deixei a boneca em cima da cama e fui para o banheiro.

Lavei meu rosto e passei um colírio nos olhos, para ver se diminuia o vermelho. Tentei colocar um sorriso no rosto mas foi em vão. Estranhei Peter não ter ido até meu quarto, mas desci sem passar perto dele, mesmo por que, quando cheguei a cozinha ele estava lá.