Fanfic: Entre o amor e o futuro | Tema: vondy

As pessoas ainda gritavam e assobiavam de forma engraçada, quando os últimos acordes do cover de Umbrella da Rihanna foram escutados. Ao total, os meninos tinham tocado quatro músicas próprias. Todas excepcionais, na opinião de Dulce. Eles realmente tinham talento. Um talento que ela se perguntava o motivo de terem escondido por todo aquele tempo.

A garota estava encostada no canto esquerdo do pequeno barzinho com Anahí ao lado, reclamando de como Poncho parecia satisfeito com todas aquelas garotas pulando em cima dele. As duas tinham se afastado do palco meio que improvisado quando as pessoas começaram a ficar histéricas e alguns bêbados se aproveitavam para ‘esbarrar’ nelas, sem querer. Dulce balançou a cabeça quando Anahí bufou ao ver Poncho rir de alguma coisa que uma morena tinha acabado de falar para ele.

Dulce: Vamos lá. – pegou a mão da amiga e a puxou pelo meio da pequena multidão que havia se formado em frente ao palco. Dulce ficou na ponta dos pés, procurando por Christopher, mas acabou sendo em vão. Ele não parecia estar em lugar algum. Dessa vez, foi Anahí que puxou a amiga até onde Poncho e Bernardo estavam.

Poncho: Vocês foram ótimos. – abraçou Bernardo, fingindo ignorar a presença de Poncho ali. O garoto a encarou, meio indignado pelo modo como ela se dirigia a um dos melhores amigos e esquecia totalmente dele. Dulce riu e passou uma das mãos pelo braço de Poncho.

Dulce: Você sabe que ela está fazendo de propósito. – Poncho fez uma careta, assentindo. – Você viu o Christopher por aí?

Poncho: Ele foi te procurar. – respondeu, parecendo confuso. Ainda com os olhos presos a Anahí e Bernardo conversando. – Acho que deve ter ido ao bar ou sei lá.

Dulce: Ah, então a gente se desencontrou. – Dulce encolheu os ombros, sorriu e deu um beijo na bochecha dele. – Obrigada, Poncho.

Poncho: Dulce. – virou-se para ela com um sorriso envergonhado tomando conta de seus lábios. – A Anahí, ahn… Tem falado de mim?

Dulce: Não posso te dar esse tipo de informação, ela confia em mim. – balançou a cabeça negativamente e fingiu uma expressão severa. Poncho assentiu decepcionado e a garota riu, piscando para ele. – Todos os dias.

Dulce voltou a ficar na ponta dos pés, tentando localizar onde era o bar. Ela já tinha estado lá por volta de três vezes só naquela noite, mas tinha uma péssima memória para aquele tipo de coisa. Era no lado direito. Voltou a andar pelo meio das pessoas e de algumas mesas que tinham distribuídas pelo local. Distraída, pensando em como Christopher era incrível quando subia em um palco, como os olhos dele brilhavam e ele sabia o que fazer, quase como se pertencesse àquilo tudo. Na verdade, era óbvio que ele pertencia àquilo tudo. Dulce sorriu de lado e de repente, pareceu não conseguir mais andar. Suas pernas ficaram dormentes, sua cabeça parecia dar voltas e parecia que ela poderia vomitar tudo que tinha ingerido durante a semana toda. Christopher estava em um dos cantos do bar, conversando com uma loira alta e do tipo fácil que sai com qualquer garoto que tenha uma banda possivelmente famosa. Na verdade, os dois não estavam conversando. Dulce apenas desejava que eles estivessem conversando. Balançou a cabeça, tentando organizar seus pensamentos, seus sentimentos. Olhou para uma das mãos dele na cintura dela. Os dois braços dela cruzados no pescoço dele, fazendo um carinho quase que indecente na nuca do garoto. Os lábios não estavam juntos e Christopher parecia dizer alguma coisa para ela, mas a mão dele ainda estava na cintura dela. E eles poderiam ter se beijado antes. Mas que porcaria era aquela, afinal? Ela pensava que os dois estavam juntos e não abertos para… Para que ele pegasse qualquer loira oferecida que aparecesse em sua frente, quando ela não estava por perto. Era realmente ótimo, da parte de Christopher. Aliás, era realmente a cara dele, pelo que já tinha escutado das histórias do garoto. O que a levava a pensar que com ela seria diferente?

Dulce: Estúpida. – sussurrou para si mesma e sem pensar duas vezes, foi até a porta do bar, passando na frente de Christopher e da louca que estava com ele. Batendo os pés com força, as sapatilhas fazendo um barulho quase silencioso no meio de toda aquela gritaria das pessoas. Ela queria ir para casa, pouco se importava se teria que andar durante meia hora. Não queria ficar ali e não queria falar com ninguém.