Fanfic: Entre o amor e o futuro | Tema: vondy

Uma bola de neve acertou as costas de Christian e Christopher gargalhou alto, sendo seguido pelos outros, assim que o amigo virou o rosto para Dulce, fingindo indignação. Ela deu de ombros e se escondeu atrás de Christopher, mordendo o lábio inferior quando Christian se abaixou para juntar neve suficiente para uma bola tamanho gigante.

Chris: Desculpa, linda, mas eu não tenho nada a ver com isso. – saiu da frente dela, rindo, enquanto Christian sorria de lado, a encarando de forma maníaca.

Dulce: São em momentos como esses que eu me pergunto o porquê de namorar com você. – balançou a cabeça e fechou os olhos com força, esperando o ataque de Christian, mas tudo que escutou foram gritos de Anahí. Ela abriu os olhos assustada e viu a amiga e Poncho caídos no chão, de forma desajeitada. Qual era o problema com eles, afinal? Sentiu algo bater em seu braço esquerdo e se virou para Christian que arqueou uma sobrancelha, sorriu levemente, correu até ela e a abraçou pelos ombros.

Dulce rolou os olhos e observou Anahí brigar com Poncho, que tentava não rir.

O que era para ser uma tarde calma com o namorado, tinha acabado naquilo. Todos tinham almoçado juntos e ido para o deque, observar a praia coberta pelo tapete branco que a neve tinha formado. Era o meio da tarde, quando os garotos decidiram fazer uma guerra de bolas de neve para espantar o frio, sendo acompanhados por Dulce e Anahí minutos depois. Dulce virou o rosto para onde Christopher estava conversando com Bernardo. Os dois gargalhavam e ela sentiu seu estômago dar voltas, ela amava a gargalhada de Christopher. Como os olhos dele brilhavam de uma forma especial, como ele balançava a cabeça logo depois e terminava com um sorriso leve. Por falar em amor, bom… Ela meio que estava agradecida por não ter tido a oportunidade de ficar totalmente sozinha com ele, já que o fato de quase ter dito as três palavras a assustavam de uma forma aterrorizante. Não era como se ela não quisesse falar, era mais como não soubesse como ou a resposta que teria.

Christ: Sabe, eu gosto de você. – falou depois de algum tempo, ainda abraçado a ela. Dulce riu e balançou a cabeça.

Dulce: Eu também gosto de você, Christian.

Christ: Quer dizer, eu nunca vi o Chris desse jeito. – sorriu levemente. – Ele nunca gostou realmente de alguém e tudo, sempre foi meio cachorro com as garotas, nunca se importou realmente em cuidar de ninguém e… Se ele souber dessa conversa, ele me mata, mas, Dulce, você faz dele um cara melhor.

Dulce: Ele me faz uma pessoa melhor também. – assentiu e voltou sua atenção para Christopher. – Ele me fez descobrir coisas a meu respeito, me fez… Não sei se posso explicar.

Christ: Você sabe que deve aproveitar, não é? – a soltou do abraço, virando-se para ela. – Sei que esse negócio todo de Cambridge preocupa os dois, mas vocês não podem ficar pensando no que vai acontecer daqui a sete meses ainda.

Dulce: Por mais que seja preciso? – ergueu as sobrancelhas, refletindo a respeito das palavras do amigo. Refletindo a respeito dos próprios medos, das próprias inseguranças, da própria dor que sofria antecipadamente toda vez que se pegava pensando naquela situação.

Christ: Uma hora vai ser preciso. – deu de ombros. – Mas não é agora.

Chris: Estou com ciúme. – falou, enquanto caminhava até os dois de braços cruzados e com uma expressão fingida de raiva.

Dulce e Christian gargalharam.

Dulce: Pode deixar, lindo, se for para te trair, não vai ser com um dos seus melhores amigos. – sorriu de lado, abraçando o namorado pela cintura. – E não vou te deixar sabendo também.

Christ: Ai. – gargalhou alto e Christopher arqueou uma sobrancelha, segurando o sorriso. – Você encontrou alguém a altura, cara.

Chris: É, eu sei. – assentiu e passou o braço pelos ombros de Dulce, apertando-a contra si. A garota riu, dando um selinho demorado nele, notando Christopher sorrir contra seus lábios. Mais uma vez, ela quase sentiu as três palavras lutarem desesperadamente para sair de sua boca.

Christopher segurou o rosto dela entre as mãos e os dois ficaram se encarando, esquecendo de onde estavam, as pessoas que estavam ao seu redor, qualquer coisa que pudesse existir além dos dois. Já era quase automático, como um daqueles vícios que não têm cura, por mais que se lute contra ele, por mais que se tente achar uma alternativa em substituição. Nada era como a sensação que tomava conta dos dois sempre que se olhavam e sabiam, de uma forma quase silenciosa, que um era do outro, não importando o que acontecesse.