Fanfic: Entre o amor e o futuro | Tema: vondy

Já fazia algumas horas desde que Dulce e Anahí tinham chegado à praia. Poderiam passar o dia todo naquele lugar, pisando na areia fofa, encarando o mar e sentindo a brisa leve no rosto e nos cabelos, se pudessem. Elas simplesmente amavam aquilo.

Anahí: Vou dar um mergulho. – Anahí puxou o fone de ouvido de Dulce para que ela escutasse. – Você vem?

Dulce: Não, não gosto de ficar de vela. – sorriu e Anahí rolou os olhos, fazendo uma careta para a melhor amiga, tentando demonstrar raiva. Poncho estava surfando e Anahí tinha passado o tempo todo fingindo que não tinha visto o ficante. Era difícil definir os dois. Amigos com benefícios? Não, eles eram mais que aquilo. Eles eram complicados e totalmente apaixonados, era a única definição que Dulce poderia dar naquele momento.

Quando finalmente Poncho parou de surfar e chegou até onde as duas estavam para cumprimentá-las, disse que ia descansar um pouco com os amigos e depois dar um mergulho. Poncho as convidou, mas fez olhando para Anahí. Dulce sabia o que aquilo queria dizer e sabia muito bem ler nas entrelinhas.

Anahí: Como se eu fosse mesmo ficar com o Poncho. – a amiga falou antes de sair andando pela areia e Dulce deu de ombros. Já escutara aquilo tantas vezes que nem se impressionava mais quando os dois acabavam ficando todas as vezes que Anahí falava aquilo. Voltou a colocar o fone de ouvido e fechou os olhos. The Kooks, era definitivamente música de praia. Aproveitou a sombra do guarda-sol, já que não queria se queimar e pensou que talvez conseguisse cochilar um pouco. Voltar aos seus sonhos esquisitos com Christopher lhe parecia muito convidativo naquele momento. Já estava quase dormindo quando sentiu algo tocar sua cintura. Abriu os olhos e virou para o lado, encontrando uma bola vermelha de plástico. Era normal, aquilo sempre acontecia, ela era um ímã para objetos ou coisas do tipo. Sentou-se e pegou a bola para devolver ao dono, ergueu os olhos e pensou, que por um momento, tivesse realmente dormido. Seu coração acelerou e o estômago revirou de uma forma estranha, daquelas de quando você está com medo ou muito ansioso para que algo aconteça. Christopher estava em pé, apenas com uma bermuda, os cabelos parecendo mais desalinhados que o normal e o sorriso que ela tanto queria voltar a ver.

Chris: Pensei que você estivesse dormindo. – ele falou e Dulce sorriu. Chridtopher sentiu um arrepio passar pela coluna. – Não quis te acordar.

Dulce: Não acordou, talvez, se tivesse chegado uns cinco minutos mais tarde. – se levantou e devolveu a bola para ele. – Acho que isso é seu.

Chris: Na verdade, não. – ele deu de ombros e riu. – É de um garotinho.

Dulce:  Você roubou a bola de um garotinho? – fez cara de espantada e riu. – Que tipo de pessoa é você, Christopher?

Chris: Não, não roubei. – ele balançou a cabeça. – Tive que comprar um picolé para ele por dez minutos com a bola. Não queria te acordar de mau jeito, se você estivesse dormindo ou algo assim.

Dulce: Muito obrigada! – colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha.

Chris: É bom te ver, sabia? – falou enquanto apertava a bola nervosamente.

Dulce: Também acho. – ela sorriu e encolheu os ombros quando uma brisa bateu leve. – Você meio que sumiu desde aquele dia.

Chris: Na verdade, não. – franziu o cenho e balançou a cabeça. – Você que sumiu… Quer dizer, saí com os meus amigos todos os dias.

Dulce: Também saí com minha amiga todos os dias. – olhou para o mar, em busca da figura da melhor amiga. Queria que Anahí visse que aquele garoto não era só imaginação dela. Christopher era muito melhor que sua imaginação.

Chris: Então, acho que a gente ficou se desencontrando o tempo todo. – ele sorriu de lado e resolveu se aproximar um pouco mais. Não que ele fosse fazer qualquer coisa, só queria estar um pouco mais perto da garota. – Escuta, eu andei pensando e…

Menino:  Minha irmã falou que já passou dez minutos, quero a bola. – um menino com os cabelos cacheados e cerca de cinco anos se intrometeu no meio dos dois e olhou para Chridtopher.

Chris: Ah é, desculpa. – coçou a nuca, envergonhado e Dulce sorriu, achando aquilo fofo e sexy ao mesmo tempo.

Dulce: Ele parecia meio irritado. – falou depois que o menino deu de costas e saiu correndo para onde a irmã estava esperando.

Chris: As crianças não ficam muito felizes quando nós tiramos os brinquedos delas, sei disso melhor do que ninguém. – ele suspirou e Dulce continuou o encarando, para que ele desse uma explicação para aquilo. – Não, não é como se eu tivesse filhos por aí. Tenho uma irmã mais nova.

Dulce: Pensei nisso, mas como você parou de falar do nada, eu pensei… Bom, nada contra quem tem filhos na nossa idade, é só que… Não sei, eu… – Dulce se interrompeu sentindo as bochechas vermelhas. Porque ela tinha que começar com os monólogos confusos dela bem na frente de Christopher?

Chris: Acho que entendo. – ele assentiu. Ela ficava tão bonita quando estava envergonhada. Era outro lado de Dulce que ele estava descobrindo e Christopher definitivamente queria descobrir tudo sobre aquela garota. – Então, como eu estava falando antes de ser interrompido pela criança enfurecida… Vai ter uma festa na casa de um amigo hoje à noite.

Dulce: Legal! – ela assentiu e olhou para o mar. Encarar os olhos dele por muito tempo era prejudicial à sua sanidade. Ele tinha os olhos mais lindos que ela já tinha visto.

Chris: Você quer ir? – ele encolheu os ombros e ela voltou sua atenção para ele, novamente. – Pode levar quem quiser.

Dulce: Vou ver com meu namorado. – ela segurou o sorriso e Christopher assentiu, parecendo extremamente decepcionado. – É brincadeira.

Chris: Ah, que ótimo. – ele falou aliviado e Dulce sentiu um rubor tomar conta de suas bochechas, mordendo o lábio inferior para não sorrir. – Quer dizer, não que seja ótimo você não ter namorado… Esquece. – ele balançou a cabeça e Dulce riu. Não conseguiu segurar. Alguém chamou por Christopher e ele virou o rosto. Um amigo estava o chamando. – Estou de carona com ele, tenho que ir. Me passa seu celular para eu te mandar o endereço da festa? – ela assentiu e passou o número de seu celular, enquanto observava ele gravar na memória do dele. – Te vejo mais tarde. – não era uma pergunta, era uma afirmação. Dulce meio que gostou daquilo. Talvez ela estivesse começando a gostar demais de Christopher. E Christopher definitivamente, estava gostando demais dela.