Fanfic: Entre o amor e o futuro | Tema: vondy

Dulce se olhou no espelho de corpo inteiro que tinha no quarto e depois rodou o corpo. Fez uma careta e pediu mentalmente que Anahí chegasse logo, ela precisava da melhor amiga. O vestido azul parecia bem no seu corpo, o laço estava amarrado corretamente, do jeito que ela gostava das coisas. As sapatilhas pretas de veludo estavam nos pés e pareciam combinar com o resto da roupa. O cabelo preso pela metade dava um ar leve a suas bochechas avermelhadas pelo sol. Pelo menos, Christopher não perceberia se ela ficasse com vergonha. Sorriu de leve e balançou a cabeça. Todo o problema com a roupa era ridículo, ela nunca tinha se vestido para impressionar nenhum garoto. Apenas para si mesma. Mas dessa vez parecia ser diferente. A expectativa quanto aquilo a estava deixando louca, tinha certeza. Passou a mão pelo rosto e suspirou, meio irritada. Sentou-se na cama e pegou o celular que estava largado em cima do colchão. Qual era o problema com Anahí? Ela quase nunca se atrasava. Deitou atravessada na cama e encarou o teto do quarto, em silêncio. Ficou algum tempo refletindo sobre todos aqueles sentimentos confusos que já tomavam conta dela. Quer dizer, ela nem conhecia Christopher direito, como poderia estar toda encantada por ele? Como poderia só pensar nele desde a noite do luau? Rolou os olhos e resmungou, virando-se de lado. Escutou batidas na porta do quarto e gritou para quem quer que fosse, que entrasse.

Anahí: Desculpa, desculpa. – escutou a voz da amiga e se levantou. – Desculpa, mas o Poncho passou a tarde lá em casa e eu acabei perdendo o horário de me arrumar.

Dulce: Poncho passou a tarde na sua casa? – arqueou as sobrancelhas e Anahí rolou os olhos, balançando a cabeça.

Anahí: Vendo filme, Dulce. – ela se encarou no espelho de corpo todo, como Dulce tinha feito minutos atrás. – Ah, você não vai acreditar.

Dulce: Em quê? – pegou a bolsa que estava em cima da poltrona perto da escrivaninha e se virou para Anahí. Ela parecia empolgada e receosa, ao mesmo tempo.

Anahí: Poncho conhece o Christopher. Eles são muito amigos, pelo que ele falou. – Anahí sorriu, mas logo depois fez uma careta. – Só tem um problema, quer dizer, ele disse que o Christopher não para quieto com ninguém.

Dulce: Resumindo, ele pega todas. – ela encolheu os ombros. – Não é como se eu fosse ter alguma coisa com ele.

Anahí: Não é como se você fosse ter alguma coisa com ele. – Anahí repetiu, balançando a cabeça. – Claro que não, tirando o fato de que você só pensa e fala nele, ultimamente.

Dulce: Muito engraçado, Anahí. – deu língua para ela e a empurrou porta afora. A amiga resmungou, enquanto saía do quarto. – A gente já se atrasou o suficiente, para de reclamar.

Anahí estacionou o carro em frente à casa do endereço que Christopher tinha passado mais cedo por mensagem. Era a casa de um tal de Bernardo, que Poncho parecia conhecer também. Qual o problema com ele, afinal? Tinha todos aqueles amigos e nunca apresentara ninguém. Dulce desconectou o ipod do rádio do carro e o guardou na bolsa. As duas andaram até a porta da casa que estava aberta, revelando um monte de pessoas espalhadas pela sala da casa. Alguns bebendo, cantando alto a música do All Time Low que saía das duas caixas de som enormes que deviam ter sido colocadas ali mais cedo. Um grupo estava jogando pôquer no balcão da cozinha. Dulce se empolgou, ela adorava pôquer. Anahí a puxou pela mão para que andasse mais rápido e Dulce foi atrás da amiga até uma porta de vidro enorme para os lados, que dava em um quintal enorme, com piscina e rede de vôlei. O tal de Bernardo parecia realmente ter dinheiro. Algumas pessoas estavam gritando dentro da piscina e as meninas riram, fazendo careta uma para outra.

Anahí: Ali. – apontou para uma mesa que tinha perto da churrasqueira e o coração de Dulce acelerou automaticamente quando ela viu Christopher gargalhar de alguma coisa que os amigos dele tinham acabado de falar. Entre eles, estava Poncho. Sentiu a amiga puxá-la com mais força e mais rápido. Ela sempre andava mais rápido quando via Poncho e eles pareciam estar bem, então, ela não reclamou. – Oi.

Poncho: Anahí. – Poncho foi o primeiro a se levantar e dar um selinho demorado na garota, em meio a um abraço de urso. Todos riram. – Pessoal, essa é a Anahí e essa é a Dulce. – Poncho deu um beijo no rosto da outra e ela sorriu, acenando para todo mundo. – Mas parece que o Christopher já conhece, já que ele não parava de perguntar quando vocês iam chegar.

Chris: Obrigado, Herrera. – Christopher sorriu sem graça e Dulce agradeceu mentalmente pela vermelhidão que o sol da tarde tinha dado a sua bochecha. Se bem que, talvez fosse possível ela ter ficado mais vermelha quando Christopher se levantou e lhe deu um beijo na bochecha. – Oi.

Dulce: Oi. – ela sorriu de leve e escutou um grito vindo da piscina. Todos se viraram para ver o que estava acontecendo e era apenas uma escandalosa, tentando chamar atenção de algum garoto.