Fanfics Brasil - Capitulo 60 Últimos capitulos Entre o amor e o futuro

Fanfic: Entre o amor e o futuro | Tema: vondy


Capítulo: Capitulo 60 Últimos capitulos

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Dulce encarou as estrelas coladas no teto de seu quarto e balançou os pés no ritmo da música desconhecida que saía das caixas de som de seu rádio. Era um costume dos finais de tarde de sábado, sintonizava o velho aparelho que fora de seu pai quando ainda era jovem como ela, talvez até mais do que ela, em uma estação qualquer e esperava o inesperado, os acordes incomuns aos seus ouvidos, as sensações novas que cada letra diferente lhe trazia e a sensação de conhecer profundamente o que lhe era desconhecido. Talvez fosse um dos únicos momentos em sua rotina restrita e complexa que se deixava realmente relaxar, sem planejar, sem criar expectativas, sem sentir-se ansiosa… Era somente ela e a surpresa que poderia ser tanto agradável como totalmente desagradável. Sorriu de si mesma, sentindo-se idiotamente excêntrica, buscando motivos para chegar exatamente naquele momento em que a harmonia da música fazia com que seu coração batesse descompassadamente em seu peito, como se seguisse o ritmo que tomava conta de todo o seu quarto de forma contagiosa. Passou a mão pelo rosto, afastando a franja para trás e virou o corpo para criado-mudo que tinha ao lado de sua cama, abrindo a gaveta e pegando a agenda na qual anotava seus compromissos, trabalhos, avaliações… Tudo muito impessoal e pouco íntimo, não lembrava em nada a agenda de uma adolescente, parecendo algo de um adulto ocupado. Mas algo ali se diferenciava das folhas marcadas de caneta azul com lembretes em cores diversificadas, uma página em especial era rabiscada de forma diferente, com uma aquarela mais viva e uma foto que ela não se lembrava de ter sido tirada: ela e Christopher abraçados no deque, sorrindo um para o outro como se fossem os únicos habitantes em um raio de quilômetros, milhas, o que fosse. Dulce tinha a sensação daquele momento presente em sua memória. O último momento de calmaria, o último momento que antecedeu a tempestade ou qualquer metáfora que quisesse ou pudesse empregar para o que havia acontecido semanas antes de receber a carta de Cambridge. Sorriu para a foto, para a memória, para o momento e para si mesma… Já haviam se passado dois meses desde o encontro que tivera com Christopher no parque de diversões abandonado e eles pareciam estar levando a situação toda de forma muito correta e civilizada. Quer dizer, não é como se tivessem se tornado os melhores amigos do mundo ou se telefonassem todos os dias e a presença um do outro tão próximo ainda não doesse tão intensamente que seus corpos pareciam em brasas, mas já podiam sair juntos com os amigos sem causar nenhum tipo de constrangimento, conversar e se divertir… Entretanto, seria demais pedir que os dois ficassem totalmente sozinhos em um cômodo sem que se sentissem desconfortáveis e incomodados pelo silêncio cheio de significados infinitos que talvez nem eles entendessem ou talvez preferissem não entender.


Dulce voltou a guardar a agenda em seu lugar e levantou-se, indo até o canto do quarto onde sua mala feita estava no chão, rodeada por algumas caixas de papelão em que guardara coisas pessoais que lhe fariam falta, que precisariam estar no alojamento de Cambridge para que sentisse, pelo menos, uma sensação de que estava em casa, que estava segura e de que conseguiria passar por aquilo, viver seu sonho sem nenhuma limitação. Abriu as cortinas e olhou para o relógio de pulso, Anahí já estava atrasada. Tinha combinado com a melhor amiga de ver seu último pôr-do-sol em Brighton antes da viagem definitiva para o campus da Universidade e logo depois, iriam para a casa de Bernardo, comemorar, despedir-se, o que quer que fosse… A única coisa da qual a garota tinha certeza desde que abrira os olhos naquela manhã era a de que queria estar ao lado dele. Mesmo que não pudesse ou conseguisse tocar, mesmo que estivesse rodeada de várias outras pessoas e ainda assim, sentisse uma solidão que ela sequer era capaz de explicar. Mesmo que lhe doesse a alma, o corpo, tudo. Ela precisava escutar a voz dele, a risada quando algum dos amigos fizesse algo bizarro, já que a sensação da música desconhecida era libertadora, mas o som do conhecido que vinha por meio dele era confortável, necessário, essencial.


Escutou o barulho de um carro estacionando em frente a sua casa e abriu a porta de vidro que dava para a pequena varanda de seu quarto, podendo ter a visão completa de toda a sua rua e de uma pequena parte do oceano que se escondia por trás das casas da vizinhança. Observou a melhor amiga saindo do carro e caminhando lentamente até o portão da frente, enquanto procurava o celular na bolsa de forma distraída. Dulce contou até três mentalmente e sorriu quando Anahí bateu em sua testa, chamando-se de imbecil e voltou ao carro quando lembrou que tinha deixado o aparelho lá, era tão previsível que ela sabia exatamente que ia acontecer no momento em que o carro da amiga apareceu… Ela sentiria falta do previsível, de rir dos esquecimentos da melhor amiga, de sair com ela nos finais de tardes para conversar a respeito dos pequenos dramas nos quais se metiam ou simplesmente esperar a noite tomar conta do céu, enquanto tomavam chá gelado no copo engraçado da lanchonete preferida que tinha na praia. Ela sentiria falta do pequeno e do grande, do previsível e do imprevisível, da vida com a qual estava acostumada e perfeitamente satisfeita desde que se entendia por gente. Sentou-se na cama e esperou a amiga atravessar a porta de seu quarto com um sorriso triste, quase que forçado, como se não quisesse preocupar ninguém com seus próprios sentimentos. Anahí tinha essa mania, achava que não merecia a preocupação de ninguém.


 


Anahí: Oi! – ela falou em um fio de voz e Dulce se levantou para abraçá-la. – Não é como se você fosse morrer né?


Dulce: Nem você. – respondeu sentindo um nó na garganta e sorriu quando se afastou da garota.


Anahí: Então, está tudo arrumado. – falou mais para si mesma ao ver as coisas da amiga organizadamente colocadas no chão de seu quarto. – Isso é esquisito.


Dulce: O quê?


Anahí: Tudo. – ela falou de forma quase sussurrada e sentou-se ao lado de Dulce. – Não sei se tenho permissão para falar isso, mas… O Poncho me disse que o Christopher não quer ir à casa do Bernardo hoje.


Dulce: Eu meio que já esperava por isso. – sorriu de leve e encolheu os ombros, sentindo as pontas de seus dedos adormecerem estranhamente. – Não é como se fosse fácil.


Anahí: Sei que não, mas ele não precisa agir como um babaca. – falou irritada, fazendo com que Dulce risse e voltasse a abraçá-la. Não importava o que acontecesse, a amiga sempre a protegia.


Dulce: Ele não está, você sabe. – ela falou de forma delicada e se levantou, pegando a bolsa em cima de sua poltrona. – É difícil ficar até no mesmo lugar sem não… É até difícil de explicar.


Anahí: Não é como se você realmente estivesse tão bem como demonstra. – afirmou, enquanto Dulce se afastava para pegar sua bolsa em cima da poltrona em frente a sua mesa de estudos. – Não é como se você estivesse pronta para ir embora amanhã, não é?


Dulce: Não é como se eu tivesse esperado muita coisa na minha vida. – ela respondeu tristemente e segurou a mão da amiga, puxando-a para que se levantasse. – E não é como se quisesse conversar a respeito disso agora em vez de comprar chá gelado e ver meu último pôr-do-sol na praia em tempos, então, pode ser?


Anahí: Preferia que você falasse o que está sentindo, mas posso fingir que não estou preocupada. – fez uma careta e Dulce riu, balançando a cabeça e saindo de seu quarto.


Dulce: Você sabe que vou acabar falando de qualquer maneira, por isso vai fingir por uma hora e eu vou acabar colocando as palavras para fora sem nem sequer perceber. – sentiu os olhos arderem pelas lágrimas que estava segurando o dia todo. – Vou sentir mais saudade de você do que é possível explicar.


Anahí: Nós sempre temos trens e ônibus, telefones e meios que não são suficientes, mas que ajudam. – empurrou a melhor amiga de leve e as duas sorriram uma para a outra, selando a promessa silenciosa de que as coisas ficariam bem enquanto tivessem a certeza do apoio, do pilar, da base da amizade mais pura e intensa não importasse qual fosse a situação.


 




 


Bom gente se tiver muitossssssssssssssssss comentários amanhã posto os últimos capitulos desta fanfic.


 


COMENTEM MUITOOOOOOOOOOO


 


BEIJOSSSSSSBeijo


SOPHIAVONDY



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Autor(a): sophiavondy

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  • souzalorrany Postado em 12/12/2012 - 09:09:27

    E o medo de comentar e você postar os últimos capitulos?! Mais ao mesmo tempo vem a curiosidade de saber como vai ficar as coisas entre eles. Ah, nem acredito, essa web é uma das melhores que eu já li..

  • souzalorrany Postado em 12/12/2012 - 09:09:27

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  • souzalorrany Postado em 12/12/2012 - 09:09:26

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