Fanfic: Dulce na Cidade Grande

1ª Parte

            Dulce ficou olhando pela janela o ônibus encostar na plataforma da rodoviária, os outros passageiros já estavam se levantando e pegando as malas, doidos para estirar as pernas depois de tantas horas de viagem.      

            Depois, com um suspiro, a menina se levantou com sua bolsinha, indo apanhar sua mala no bagageiro do ônibus, ficando muito espantada com a movimentação no terminal rodoviário. Era sua primeira visita à capital.

            Dulce nascera e se criara em uma cidadezinha do interior, fundada por imigrantes europeus, e habitada hoje em dia por seus descendentes. Na verdade, a moça passara a maior parte de seus dezoito anos de idade no sítio de sua família, indo poucas vezes à cidade, geralmente em dia de festa, acompanhada pelos pais e suas três irmãs e dois irmãos, todos mais novos.

            Uma autêntica filha da zona rural, Dulce encarava aquela mudança em sua vida com um mistura de medo e expectativa. Mas as coisas em casa estavam difíceis, e seus pais tinham decidido mandá-la trabalhar na cidade grande, onde sua tia Celeste, irmã de sua mãe, disse que lhe conseguiria um emprego em casa de família.

            Dulce afastou-se da plataforma, a bolsa e a mala bem apertadas junto ao corpo, olhando entre a multidão, procurando por sua tia. Tal tarefa era difícil, pois havia muita gente, e a garota era baixinha.

            Mas que delícia de baixinha! Apesar de ter apenas 1,60m de altura,Dulce tinha um corpinho de dar água na boca, com seios grandes e firmes, e uma bundinha redondinha, macia e rija ao mesmo tempo. Suas pernas, torneadas e com coxas roliças, terminavam em pezinhos mimosos e pequenos. Pele bem branquinha, cabelos ruivos na altura dos ombros, emoldurando um rosto de boneca, cravejado com lindos olhos castanhos, grandes e expressivos.

            E as roupas da menina só acentuavam a beleza de suas formas. Uma blusa vermelha, de gola larga e mangas bufantes curtas, comprada dois anos antes, apertava seu lindo colo, espremendo os seios volumosos e deixando-os ainda mais evidentes. Um short jeans desfiado cobria seu gostoso traseirinho, tão justo que marcava nitidamente as nádegas e o rego entre elas. Sandálias de couro adornavam os lindos pezinhos.

            Não havia um só homem que não parasse para admirar aquele pequeno pedaço de tesão, mas, por incrível que pareça, o objeto de tanto desejo nada percebia. Dulce recebera uma criação muito religiosa e repressora, nem namorado tivera! Se ela usava aquelas roupas sexis, era apenas por causa do calor, e não por qualquer intenção de seduzir.

            Sentada em um dos bancos da rodoviária, a bolsa e a mala no banco ao lado, Dulce começava a ficar preocupada. Tia Celeste já a deveria estar esperando na plataforma do ônibus, logo que chegasse, às 11 horas da manhã do dia 16, pois tinham avisado a data e o horário por carta. Mas ela já estava esperando fazia meia hora, e nada de sua tia chegar!

            Dulce conferiu de novo o horário no grande relógio digital suspenso no teto do terminal, e só então reparou na data que o mesmo indicava. A princípio, ela não entendeu bem o que via, mas, pouco a pouco a compreensão foi se assentando, acompanhada de uma sensação gelada de espanto e temor. O relógio marcava dia 15!

            Desesperada, Dulce correu até uma lanchonete próxima, e esbaforida perguntou à atendente: - Moça, que dia é hoje? A balconista, espantada com o jeito da menina, respondeu: - Ora, hoje é dia 15, por quê?

            Dulce, a cabeça num turbilhão, nem respondeu, tentando entender o que tinha acontecido, como poderiam ter se confundido com o dia. Na verdade, tal acontecimento não era tão surpreendente assim, já que no sítio nem rádio tinham, e na correria de ajeitar as coisas para a viagem, era muito fácil que um engano assim acontecesse.

            Afinal, Dulce recuperou-se do susto, já que a situação não era tão grave assim, bastava pegar o número do telefone da tia na bolsa e ligar para ela ir buscá-la, nada mais simples. Tudo ia ficar bem!

            Pelo menos, era o que ela pensava, até voltar ao banco onde deixara a bolsa e a mala, apenas para descobrir que haviam sumido!