Fanfic: Dulce na Cidade Grande

2ª Parte

Dulce rodou toda a estação, em busca de sua bagagem, sem sucesso, é claro. Todas as suas coisas, seu pouco dinheiro, o telefone e endereço da Tia Celeste, tudo perdido!

            Tomada de desespero, a menina sentou-se num banco, e sem conseguir de conter, começou a chorar, com a cabeça entre as mãos.

            - Tudo bem com você, moça? – Dulce ergueu a cabeça, assustada, dando de cara com um homem negro, alto, bem vestido, meio calvo, com seus 35 anos, olhando para ela.

            Enxugando as lágrimas, Dulce se levantou, enquanto o homem a cumprimentava, estendendo a mão: - Meu nome é Cássio, e o seu é...? Dulce apertou a mão de Cássio, que dava quase duas das dela, e eram fortes e quentes, respondendo: - Eu me chamo Dulce, moço, e não estou muito bem, não.

            Cássio sentou-se ao lado da garota, enquanto ela lhe contava suas desventuras, mas ele ouvia só com meia atenção, mais preocupado em observar aquele corpinho delicioso. Ele havia notado a menina andando pela estação, e notando sua agitação, deduziu que ela estava de alguma maneira perdida. Aproximou-se então, disposto a tirar proveito da situação.

            - E agora eu não sei o que eu faço, Seu Cássio – disse Dulce, ao terminar seu relato. – Eu perdi tudo que eu tinha, e eu nem sei onde a minha Tia Celeste mora! Eu estou desesperada!

            - Calma, minha filha – disse Cássio, numa voz gentil, colocando a mão enorme sobre uma das coxas macias e lisinhas da garota, que não deu nenhum sinal de rejeição. Aquela caipirinha estava no papo!

- Você disse que sua tia chama Celeste, certo?

- Isso mesmo, o senhor conhece ela?! – perguntou Dulce, seu rosto se iluminando de esperança.

- E você disse que sua cidade é...?

- Cachoeirinha – respondeu novamente Dulce, cada vez mais esperançosa.

- Dona Celeste, de Cachoeirinha, claro que eu conheço! – disse Cássio, abrindo um largo sorriso, que aumentou ainda mais quando Dulce saltou em seu pescoço, num abraço apertado de puro alívio.

Cássio retribuiu o abraço, comprimindo o corpinho da ninfeta contra o seu, passando as mãos naquelas formas deliciosas, sentindo as carnes macias e ao mesmo tempo firmes da menina. Mas seu caralho endurecendo o obrigou a abreviar o contato, afinal, não queria acabar com a festa tão cedo!

Cássio levou Dulce até seu carro, um Chevette todo estourado, mas a garota de tão ansiosa nem percebeu o estado precário do automóvel, tudo o que ela queria era encontrar sua tia. Graças a Deus tinha encontrado um homem bom como o Seu Cássio!

- Antes de te levar na casa da sua tia, eu vou dar uma passadinha no meu apartamento, tudo bem? – ele perguntou, um olho no trânsito e o outro nas coxas roliças da moça. – Lógico, Seu Cássio, o senhor não se preocupe comigo – respondeu Dulce, toda educada. Imagine se ela ia se importar, com ele lhe fazendo um favor tão grande?!

Logo, estavam rodando pela cidade. Dulce passou toda a viagem olhando espantada a movimentação nas ruas, pois nunca tinha visto tanta gente num lugar só.

- Pronto, Chegamos – disse Cássio, parando em frente de um prédio velho, numa rua feia e estreita. Dulce ficou meio receosa, mas conseguiu devolver timidamente o largo sorriso que o homem lhe dirigia.

- Desculpe pela bagunça, não vá reparar, hein – Cássio falou, abrindo a porta do apartamento, no quinto andar. Dulce tentava disfarçar, mas não conseguia deixar de notar como o corredor era escuro e sujo. E o apartamento não era muito melhor, um cômodo estreito, com uma cama de lençóis amarfanhados , um armário de porta quebrado, uma televisão portátil encima de um criado mudo.

Na outra extremidade da sala, uma porta dava para um pequeno banheiro, para onde Cássio se dirigiu, dizendo: - Pode ficar a vontade, eu não vou demorar – antes de fechar a porta.

Dulce, meio sem jeito, sentou na cama desarrumada, desejando mais do que nunca encontrar a Tia Celeste. Olhando em volta, ela percebeu a ponta de uma revista aberta aparecendo debaixo da cama, e foi logo pegando, pois adorava folhear revistas novas, já que era tão raro conseguir uma no sítio.

Mas assim que viu a revista, engasgou de surpresa, pois a foto que estampava a página diante de seus olhos era de um tipo que ela nunca vira: uma mulher nua, deitada de costas, com as pernas abertas, escancarando a vagina com os dedos!

Dulce ficou tão chocada com a foto, que só percebeu que Cássio saíra do banheiro, quando ele a chamou, bem do seu lado. A menina levou um susto, enrubescendo toda, envergonhada por ser apanhada vendo aquela sem-vergonhice, mas assustou-se ainda mais, ao virar o rosto para o homem, e dar de cara com um pinto duro, distante alguns centímetros de sua boca!