Fanfic: You found me. | Tema: The Wanted

O sorriso que estava em meu rosto se desmanchou em segundos, pude perceber tristeza em seu olhar, mas eu me segurei.
Abracei Tom forte, e o mesmo retribuiu
- Amiga, vamos fazer algo pro almoço? – Carol sugeriu
- Claro, vamos lá – sorri
Tentei parecer convincente dessa minha suposta felicidade, queria deixar bem claro a eles que eu tava pouco me importando com o que eles fizeram ou deixam de fazer
Eu, Carol e Sarah fomos pra cozinha e resolvemos fazer algo prático, simples, fácil, porém gostoso: Macarrão
Fui até os armários da cozinha tentando achar o macarrão, só achava lata velha de comida, ai meu Deus, esses meninos não tem jeito
Vi Jay se aproximar de mim sem jeito, o que era ótimo pra que eu começasse a ignorá-lo
- Soph... – ele disse ao se aproximar
Fingi que não era comigo e bufei
- Max! Cadê o macarrão dessa casa? – gritei da cozinha
Jay se assustou ao ver que eu não dei importância pra ele. O mesmo olhou pra Sarah, que logo virou o rosto
Jay saiu da cozinha e eu já queria chorar. Era difícil demais tratar com tanta frieza alguém, mas era necessário. Eu não podia deixar barato o que ele fez com a minha irmã
Max veio até a cozinha e nos ajudou a procurar o macarrão, e pra minha felicidade achamos
Eu, Sarah e Carol preparamos o molho e botamos pra cozinhar o macarrão. As duas foram pra sala jogar vídeo game com o Siva e com o Tom. Eu fiquei na cozinha esperando a massa cozinhar
Eu olhava as panelas distraída quando vi que Nathan me observava da porta
Revirei os olhos e fiquei de costas pra ele
- Sophia, nós precisamos conversar – ele disse próximo a minha orelha
Me virei ficado de frente pra ele. Por mais que eu quisesse ignorá-lo, algo dentro de mim queria por muita coisa pra fora
- O que você quer conversar Nathan? Quer me dar detalhes da sua noitezinha de pop star? – ri irônica – Fica tranqüilo, não to nem um pouco afim de saber
- Eu queria pedir desculpas pelo o que eu fiz, eu sei que não tem perdão pra uma coisas dessa...
- Ainda bem que você sabe – o interrompi
- Mesmo sabendo que não tem perdão, eu queria vim falar com você que a culpa foi da bebida, eu sou fraco pra beber e acabei entrando na onda dos meninos – ele suspirou e percebi sua voz fungar – Eu jamais iria fazer uma coisas dessa contigo...
- Mas fez – falei seca – Não venha querer colocar a culpa na bebida, ok? Seja homem suficiente pra dizer que errou. Bebida não muda ninguém – falei e o encarei feiamente – O que eu disse no Skype, continua valendo. Eu não quero mais saber de você, não quero ver você
- Você não pode fazer isso com a gente – vi uma lagrima cair do seu rosto – Você não pode – ele segurou no meu braço
- Enquanto você estava se agarrando com aquela mulher, VOCÊ PENSOU NA GENTE? – me soltei dele e sai da cozinha
Fui até o banheiro e me tranquei rapidamente. Voltei a chorar desesperadamente, soluços começaram a surgir e eu me controlei pra que ninguém ouvisse
Ao lembrar da imagem de Nathan chorando, senti uma faca enfiar no meu peito. A dor era insuportável
- Soph? – ouvi a voz de Max – Soph você tá ai? – ele bateu na porta
- Já vou Max – gritei e lavei meu rosto
Abri a porta e vi ele me olhar assustado, acho que em poucos minutos meu rosto tinha inchado com tanto choro
- Soph, não acredito que você tá chorando – ele me puxou rápido pra um abraço
- Eu não tenho feito mais nada durante esses dias...
Ele me puxou pra seu quarto e me deu um pouco de água pra que eu me acalmasse
- Olha pequena, eu não sei o que tá acontecendo entre você e o Nath, na verdade eu até sei né? – ele franziu a boca – Ele vacilou fazendo aquilo, mas acredite, ele te ama Soph
- Eu vi o tamanho do amor dele quando ele enfiou a língua na boca daquela mulher
 Ele sabia que não havia mais argumentos pra defender seu amigo
Depois de muito chororô, finalmente almoçamos. Nath ficou a tarde toda trancada no quarto. Jay tentava toda hora falar comigo e com a Sarah e nós apenas o ignorava
Voltei pra casa querendo por meus pensamentos em ordem, mas rapidamente caí no sono
Três dias se passaram, mas a dor ainda era a mesma. A ferida estava mais aberta do que nunca. Ter que ver Nathan todos os dias era a coisa mais dolorosa... Seja na TV ou pessoalmente, não tinha como fugir
Finalmente consegui começar meu tão desejado estágio, uma noticia boa depois de tanto caos
- Sophia Schultz? – uma enfermeira disse
- Eu mesma
- Tem uma ligação pra senhora na recepção
Parei com as anotações que eu fazia em meu caderno e segui pra recepção. O hospital era gigante, e aquelas paredes brancas me incomodavam, dando sinal de hospício
Atendi o telefone e ouvi minha mãe chorar descontroladamente
- Mãe? O que houve? – falei preocupada
- Filha, volta pra casa agora – ela disse seca
- Me fala o que houve, por  favor
- Sua vó... Faleceu
Larguei o telefone e as lagrimas não se pouparam em descer pelo meu rosto. Meu choro era tão forte que eu chegava a gritar
- Sophia, o que houve? – vi o Dr. Phillip me segurou
- Minha vó, minha vó – disse em meio a soluços
- Eu te levo pra casa, vamos
Dr. Phillip, ou melhor, Phillip, era um médico de 24 anos, confesso que ele é quase um galã de novela, seus 24 anos de pura beleza. Ele se formou super cedo, por isso é médico tão novo. Cabelos castanhos arrepiados e seus olhos cor de mel era um abismo pra qualquer garota. É, menos eu.