Fanfics Brasil - Capítulo 4: Mambo Jambo Anjo Negro - Livro 1: A Escolhida (by Angel Black)

Fanfic: Anjo Negro - Livro 1: A Escolhida (by Angel Black) | Tema: Anjos, Demônios, Bruxas, Magia, Guerreiros, Terror, Suspense


Capítulo: Capítulo 4: Mambo Jambo

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Gregória, 2012


 


Angel estacionou o carro na garagem. Tirou uma sacola de compras do porta-malas e abriu a porta da cozinha. Sua irmã, Shary estava em pé no meio do aposento e parecia extremamente irritada.  


- Onde você estava esse tempo todo? – perguntou Shary, com a mão na cintura, como se aos vinte e cinco anos, Angel lhe devesse alguma satisfação.


- No supermercado! – respondeu Angel, tentando encerrar o assunto. Colocou a sacola de compras sobre a mesa.


- Totsy? – perguntou Shary, olhando a marca do supermercado. – Porque você está mentindo pra mim novamente, Angie?


- Não estou entendendo... – disse Angel, desconversando.


- Houve um assassinato em um supermercado! – esbravejou ela. Angel percebeu que as suas narinas se expandiam e comprimiam. Com certeza, ela estava com raiva.


- Foi no Totsy, por acaso? – perguntou Angel, sem conter o tom irônico.


- Eu não sou idiota! Mataram Frank Caluso! CALUSO!!! Incrível ele também estar na sua lista negra, não é? – devolveu ela no mesmo tom – Além disso, você está ficando imprudente! O supermercado tinha sistema de câmeras de segurança. Você foi filmada! Deu na TV!


Angel sabia. Ficou num ponto cego e sabia que a câmera apenas a filmara pelas costas. Como o carro já deveria estar desmanchado a uma hora dessas, não haveria nada que a ligasse ao crime, pois isso, continuou impassível.


- Você é incrível! Depois de tudo... não acredito que ainda continua nessa maldita vingança! – falou Shary, a beira das lágrimas. – Eu não significo nada pra você, não é?


- Drama Queen! – agulhou Angel, entrando pela porta da cozinha na sala de estar. Sob a mesinha de centro, havia um grande livro antigo aberto. – Você me critica, mas continua lendo esse maldito livro! Me condena por eu ser o que eu sou. E se de repente eu te condenasse por ser uma bruxa?


- Eu não mato ninguém! – falou Shary, sentando-se no chão, diante do livro antigo. Ela folheou algumas páginas e alisou as folhas com as pontas dos dedos como se o livro fosse uma jóia preciosa. – Não tem idéia do quanto eu tenho melhorado!


- Se você acredita nesse “Mambo Jambo”! – falou Angel, sentando-se no sofá para admirar o livro – O que não faz de você menos hipócrita. Você adora esse livro e se eu não tivesse matado Christian, você jamais teria colocado as mãos nele.


- Isso foi diferente! – falou ela, irritada.


- Eu queria ter impedido você de matar o pobre homem.


- Pobre homem?


Foi no assassinato de Christian que Shary descobriu que ela era uma assassina. Shary a flagrou matando o idiota e criou o maior caso por conta disso. Na casa de Christian havia uma grande biblioteca muito esquisita. Shary catou alguns livros antes, mas aquele era o que mais gostava. Desde então vinha praticando aquilo que havia nomeado de `magia`, como se tal coisa fosse possível.


- E já que não consegui impedi-la – continuou Shary – Achei que o melhor era salvar o livro. Esse livro poderia ter caído em mãos erradas. Não tem ideia do poder que ele pode manifestar...


- Tá bom! – falou Angel, incrédula.


Shary virou-se para ela, mais irritada do que nunca. Se havia uma coisa que aborrecia Shary mais do que o fato de Angel ser uma assassina, era o fato de Angel não acreditar nas suas teorias sobre magia e bruxaria.


Angel percebeu que o livro se movimentou. Tremeu por alguns segundos, levantou  alguns centímetros e depois retornou à mesa de centro.


- Isso é “Mambo Jambo” pra você? – falou Shary com um sorriso nos lábios.


- Ok, você é Telecinética! - concluiu Angel, sem se impressionar muito -  Quem sabe não foram as experiências que fizeram conosco em Zattica?


- Ninguém fez experiência comigo, Angel. Fizeram com você, não comigo! Se você lesse esse livro, saberia. Eu desenvolvi a minha magia interior. Eu sou uma bruxa do elemento “ar”. Por isso consigo levitar coisas, porque domino o ar. Por que é tão difícil pra você acreditar nisso?


- Deve haver alguma explicação científica... só isso! – devolveu Angel. Não gostava de lembrar de Zattica, nem o que fizeram com ela. Era por isso que ela buscava vingança em primeiro lugar.


- O livro diz que uma bruxa deve buscar parceiros de outros elementos. Se eu encontrar os bruxos de elemento “água”, “terra”, e “fogo”, poderemos criar feitiços poderosíssimos.


- Tudo bem... é melhor isso do que drogas! – falou Angel, sem graça, deixando Shary para retornar a cozinha, mas parou de chofre. A televisão noticiava as candidaturas de dois deputados a governador. Um deles tinha ao lado uma menina de uns dez anos. Uma menina loira como Angel, com olhos azuis como Angel e uma pequena cicatriz no queixo.


- Shar... – disse ela, mas sua voz se perdeu e ela se deixou cair ajoelhada no meio da sala.


- Angel! – Shary levantou-se para amparar a irmã. – O que...


- É ela, Shary... é Nilde! Ela está viva! Minha filha está viva!


 



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Autor(a): angelblack

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