Fanfic: Puppy Love | Tema: Puppy Love

9º Capítulo

Christiane – Edu, é mesmo você?

Eduardo – Sou eu sim, Chris. Não to aguentando mais de saudade.

Christiane – Por que não se despediu de mim?

Eduardo está vigiando o corredor enquanto tampa o telefone.

Christiane – Claro que eu te perdoo.

Eduardo – Eu vou voltar.

Christiane – Vai mesmo?

Eduardo – O mais rápido possível. Minha carta deve chegar por hoje ou amanhã e nela ta o endereço daqui.

Christiane – Mal vejo a hora que chegue.

Eduardo – Nela ta escrito tudo que eu queria dizer, mas... agora eu preciso desligar...

Como alguns meninos estão passando pelo corredor onde fica o orelhão do colégio, Eduardo desliga o telefone e tenta fingir que está caminhando naturalmente pelo lugar, mas os jovens desconfiam de algo e barram Eduardo.

Interno 1 - Tava chorando pedindo pra mamãezinha vir te tirar daqui.

Interno 2 - Chorão!

Eduardo (se defende) - NÃO SOU CHORÃO.

Internos - Chorão! Chorão!

Interno 1 - A almôndega chorona está com saudades da chupetinha da mamãezinha...

Ao som de Reunited - Peaches & Herb.

Renata não conta a Chris que está super inspirada para escrever uma história de amor entre duas crianças as quais se parecem muito com Christiane e Eduardo. Enquanto isso elas aproveitam o verão brincando, passeando e conversando muito, o que deixa ambas as mães felizes.

Celeste - Fico feliz que nossas filhas estejam se entendendo bem.

Dolores - Renata tem um gênio extremamente difícil de lidar. Estou surpresa que estejam se entendendo tão bem...

Celeste - Christiane precisava muito de uma amiguinha. Renata não veio em melhor hora.

Christiane e Renata estão lendo a carta de Eduardo.

Renata – Ele é muito poético, romântico... Você tem sorte, Chris. Amor assim é um em um milhão.

Christiane – Ele quer que eu fuja com ele...

Renata – Você fugiria?

Christiane – É tão complicado. Eu só tenho a minha mãe e ela só tem a mim...

Renata – E você tem a mim. Eu vou me sentir muito sozinha se você for embora. Sabia que você é minha melhor amiga?

Christiane – Você também é minha melhor amiga.

Eduardo enviou uma carta para Christiane onde conta que o colégio interno é um verdadeiro inferno e Chris vai às lágrimas porque quer ajudá-lo e não sabe como. Renata está sentada ao seu lado na cama e segura sua mão.

Renata - Poxa vida, amiga! Seu amado está numa enrascada muito grande...

Christiane – Bota grande nisso!

Renata – Tem garotos que quando dão pra ser cruéis não poupam esforços...

Christiane (aflita) - Eu quero tanto salvá-lo.

Renata - Escreve pra ele que enquanto isso eu penso em algo para te ajudar. Tudo bem assim?

Christiane – Você faria isso pra mim?

Renata – Eu posso ajudar vocês a se verem. Eu sou da cidade onde fica o colégio interno e eu vou passar o verão lá...

Christiane – Vai mesmo?

Renata – E a gente pode ir juntas. Eu falo com a minha mãe, você com a sua e lá a gente dá um jeito de encontra-lo. Eu sei onde fica esse colégio interno e tenho um amigo que pode ajudar a gente.

Christiane – Isso é garantido?

Renata – Eu não sou de prometer em vão.

Christiane, emocionada, abraça Renata.

O problema é que Jair vê uma folha de caderno na cama de Renata e resolve azucrinar a irmã.

Jair - Cartinha de amor? Cartinha de amor?

Renata – Não se mete, seu idiota.

Jair apanha para ler. Renata se revolta e tenta bater no irmão.

Renata - Devolve isso, seu idiota! Não tem nada aí pra você.

Jair - Cartinha de amor... Hummm... quem é o felizardo? Eduardo? Vou contar pra mãe que você ta namorando esse Eduardo...

Renata (enérgica) - Eu já disse pra você me devolver isso!

Jair – Está namorando o Eduardo e nem me contou.

Renata – Estou sim. Por quê?

Jair – Você tem idade é pra colocar xuxinha no cabelo e brincar de boneca.

Renata – Cala a boca e vê se não se mete onde não é chamado.

Renata peita o irmão.

Renata – Devolve essa carta ou eu conto pra mãe das suas saidinhas à noite.

Renata e o irmão duelam corporalmente. Renata agarra o pescoço de Jair que reage raivosamente tomando a carta de Eduardo do chão e a rasgando em mil pedaços.

Dedicado a Giovana. *-*