Fanfic: Puppy Love | Tema: Puppy Love

4º Capítulo 

Eduardo - É... Meus pais irão se mudar e eu não queria ir embora sem dizer a Chris... Bem... Que eu gosto dela.

Celeste - Ela sabe.

Eduardo - Ela ta com raiva.

Chris, com os olhos cheios de lágrimas, ouve a conversa.

Celeste - Eu vou conversar com a Chris, pode ser, meu querido?

E Celeste procura convencer a filha a falar com Eduardo. Com a filha deitada no colo faz cafunés na cabeça dela e sorri.

Celeste - Não pensa o pior, minha filha. A esperança é a última que morre.

Christiane - Por que ele precisa ir embora?

Celeste - Os pais dele podem mudar de ideia.

Christiane - Tomara que mudem.

Celeste e Christiane se sentam na cama. A mãe beija a testa da filha.

Celeste - Não perde seu tempo pensando em besteira não, minha filha. Você é tão menina, tem tudo pela frente, não deveria nem pensar em ficar triste. Por que não vai procurar Eduardo, hein? Vão brincar, se divertir. Vocês são crianças, tem mais é que aproveitar a vida, sonhar... Deixem que os adultos resolvam os problemas...

Christiane sorri para a mãe e a abraça com força.

Christiane - Te amo tanto, mãe.

Celeste - Também te amo, minha filha.

Christiane desce as escadas e vai procurar Eduardo. Não muito longe o encontra. Jogando bola, como sempre. O foco não é exatamente acertar o gol, mas afugentar a dor, os pensamentos desenfreados, a impotência por não ser dono do destino, por estar apaixonado e isso fazer com que se sina tão estranho, tão fora de si, às vezes tão bobo, tão sensível...

Christiane se aproxima de Eduardo. A indiferença era fruto do medo de assumir que não se imaginavam separados e se pudessem, queriam modificar o destino, o que não estava ao alcance deles.

Ao ver Chris, Eduardo abandona a bola no gramado. Mesmo sem qualquer maquiagem a menina está linda, ou melhor, é linda. Por ser criança, por ser o que é, por ser aquela que faz o coração de Edu bater mais rápido. Não nega, o coração de Chris também acelera.

Ao som de The first kiss – The Veronicas. 

As pernas de Chris tremem tanto, não consegue mais controlar, muito menos o que sente e floresce a cada minuto, a cada suspiro, a cada olhar. E ele está ali, também sem saber o que fazer, mas certo de que irá dar o próximo passo e em direção a ela, sorrindo também.

Edu não queria apavorar a amiga a beijando sem aviso. É o primeiro beijo e deve ser um momento inesquecível para os dois. Frente a frente. Agora ou nunca.

O mesmo tempo que contra eles corria, agora é eterno. Palavras não se fazem indispensáveis, os lábios estão mais ocupados experimentando uma nova sensação que os transporta da infância para a adolescência em questão de segundos.

Dedicado a Giovana. *-*