Fanfic: Futuro Prometido | Tema: Poemas, pensamentos, desabafos, etc...

Dedicado a Maysa e Giovana. É bom vê-las por aqui. Giovana, eu reabri Puppy Love com o meu novo nick e já ta no cap 3. Dessa vez é pra valer...*-*

Se quiserem ouvir Lips of an angel - Hinder, fiquem a vontade.

"Ele estava namorando! E não, nada poderia me machucar mais do que ver a foto dele beijando outra menina, a mesma para quem ele jurava amor eterno no nick. Doía saber que eu não era ela, que jamais seria, que poderia ter sido e não era mais. Por isso me odiei por ser tímida. Não chorei porque já tinha chorado todas as lágrimas do mundo por outros motivos. A indiferença me corroeu interiormente. Ao menos ele respondeu a minha mensagem de parabéns. Secamente, um pouco distante, não aquele que eu conhecia e tão logo viria puxar conversa, perguntar como eu estava, como tinha sido meu dia e por que sumi... Nesse 1 mês tanta coisa mudou. Minha foto do orkut ele tirou. No lugar estava uma foto dela. Era hora de encarar os fatos: tarde demais. Tarde demais para sonhar! Se existia alguma esperança, ela morreu e morreu às vésperas do Natal. Não teria como o ano seguinte começar bom. Era difícil sorrir, ser otimista, fazer um saldo bom de um ano em que me ferrei do início ao fim, do ano que comecei com ele e terminaria sozinha, mais, muito mais vazia do que nunca. Mais triste era não conseguir derramar meu pranto, não reagir, nada. Simplesmente não ligar para mais nada. Essa era eu. Já havia tempo que eu não via sentido em mais nada. Eu me afastei de A Governanta, das poesias, de tudo. Eu me afastei de mim, dos sonhos, do amor. Eu escrevi uma carta de despedida e ingeri uma cartela de calmantes para fechar os olhos, dormir para sempre, não ver nem sentir mais nada. Covarde, talvez, com toda a certeza. Naquele momento eu não via saída para mim, não via futuro, nem motivos para sorrir. Não consegui dormir. Acordei com o mundo desabando sobre as minhas costas. Passei aquele ano inteiro melancólica, brigada com o mundo, com a vida, procurando bloquear lembranças que me machucassem, mas era só fingir e um dia, algum dia eu precisaria demonstrar reação, por menor que fosse. Por algum motivo eu não poderia ir. Eu não poderia desistir da vida por causa de um menino. Ele não era qualquer um. A culpa não foi dele. Essa tristeza que eu sentia já vinha de muito antes. Essa decepção só acentuou o desejo, entretanto, Deus me queria aqui, como ainda quer. E assim alguns meses se passaram, eu voltei aos poucos a escrever e nós voltamos a nos falar porque as gêmeas (que estavam adorando me ver na pior) me procuraram e me disseram que ele estava morrendo de saudades de mim e quando nós nos falamos, meu coração acelerou, bateu forte de um jeito que foi difícil não me emocionar. Eu sempre o respeitei, nunca falei nada do relacionamento dele, mesmo não indo com a cara da patricinha metida a gótica... Eles viviam brigando, mais brigados do que juntos... Ele, todo calmo, atencioso, não merecia aquela garota que vivia ameaçando se matar toda vez que eles brigavam. A verdade é que eu queria merecê-lo. Eu me sentia culpada por só pensar nele, por desejar tanto que 2009 voltasse para passarmos mais tempo juntos. Eu sempre pensava nas novidades que iria lhe contar. Tantas se perderam, se perderam junto comigo também, junto com a minha alegria. Aí eu percebia que aquelas vacas não eram amigas porque elas sabiam que ele fazia meu tipo, que eu gostava dele e ele de mim e inventaram fofocas, ficavam se oferecendo. Elas achavam que ele era demais para mim e viviam me empurrando os amigos ogros delas. Sabe aquele tipo de cara machista que sempre dá um jeito de inferiorizar a mulher? Elas viviam me pressionando a falar com uns caras muito escrotos e nesses encontros eu via que não tinha nada em comum com eles, nada. Eles não faziam meu tipo, não eram cavalheiros, só sabiam falar da ex que deu um pé na bunda deles ou ficar falando que Jornalismo não dá futuro e citando que gente que cursou e odiou. PQQ, isso me dá muita raiva. Isso me deixava muito chateada como mulher e elas ficavam de cara porque eu evitava sair pra não ficar segurando vela. Aí em 2011 eu conheci outra pessoa por quem eu tentei me apaixonar, por algum tempo eu achei que estava amando essa pessoa, mas não era amor, só uma carência, só um jeito de tentar esquecer quem eu jamais conseguiria. É difícil esquecer aquilo que te marca e isso que nós nunca nos beijamos. Eu sonhava com isso. Eu sonhava que pudesse existir um futuro pra nós, mas ele vai casar e por mais que hoje eu consiga falar sobre isso sem ficar deprê, ainda fere muito pensar que eu poderia ter namorado alguém que me amava de verdade e por causa de duas recalcadas que não queriam me ver feliz, que podiam ter ajudado, eu o perdi. Porque depois de um tempo, infelizmente, eu preferi me afastar. Porque a noiva dele é extremamente ciumenta, mas eu admito que chorei quando vi a foto dele a pedindo em noivado. Foi uma facada no meu coração. Depois de tanto tempo. Não chorei por não ter mais chance, porque não sou pretensiosa, mas sim porque eu me ponho a imaginar como seríamos se tivéssemos dado certo. É triste conjugar alguns verbos em tempos que arrancam de você toda e qualquer esperança. Eu não desejo isso a ninguém. Espero que outra garota tímida que ame o seu melhor amigo tenha mais chance de fazer a história dar certo, sair da tela do computador e ser real. Lembranças são boas, mas são melhores ainda quando são apenas lembranças e não te fazem parar no tempo. Mas isso não quer dizer que eu não o guarde no meu coração. Eu sempre vou querê-lo muito bem. O que eu vivi, fica comigo. Ninguém tira. Eu prefiro que ele vá e seja feliz com outra porque eu sei que um dia eu também vou encontrar alguém que me faça feliz. Ele já cumpriu a missão dele: se aproximou quando o mundo se afastou, cuidou do meu coração quando eu estava muito mais fraca e sozinha não resistiria, mas hoje, apesar de meu coração estar quebrado por outras razões, eu posso me manter de pé e continuar a vida. E sei que tentando sou mais forte."

Obrigada a quem aguentou ler esses textos até o fim!